Ocorrências Aeronáuticas na Aviação Civil Brasileira - Apresentação - Thiago Marques
Apresentação do desafio
Identificar padrões nos acidentes e incidentes graves na aviação civil Brasileira por meio dos dados do CENIPA(Centro de investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Horizonte temporal da base de dados em ocorrências: 2006 a 2015
Explicação do processo utilizado
- Vamos realizar uma análise exploratória de dados passando pela etapa de leitura da base de dados, transformação de variáveis, união de tabelas, limpeza e visualização dos dados a fim de extrair hipóteses que poderão ser refutadas ou não em um estudo mais detalhado e profundo se utilizando de Inferência Estatística
Hipóteses levantadas
Há um padrão crescente ou descrescente no aumento do número de ocorrências aeronáuticas e do número de aeronaves envolvidas em acidentes de 2006 a 2015?
Quais são os tipos de classificação, níveis de dano e equipamento de ocorrências mais comuns?
Quais são os Status de investigação existentes?
Em quais estados as ocorrências são mais frequentes?
Quais são os Problemas mais comuns que levam aos acidentes e incidentes graves?
O peso máximo da decolagem parece influenciar no acontecimento do acidente?
Análise exploratória - Respondendo as hipóteses elaboradas
Quais são os tipos de classificação, níveis de dano e equipamento de ocorrências mais comuns?
- A quantidade de acidentes e incidentes graves aparenta ter uma
tendência crescente de 2006 a 2012 e decresce a partir de 2013 a 2015,
tendo seu pico em 2012, chegando a 287 acidentes, o que correponde a
14,15 % do total de acidentes no período estudado.
- Segue o mesmo padrão do número de ocorrências de acidentes, sendo seu
pico também em 2012, com 290 casos, correspondendo a 13,94% do total de
aeronaves acidentadas no período estudado.
- A grande maior parte (72,8%) das ocorrências foi considerada acidente
e não incidente grave.
- Os níveis de danos mais comuns foram consideradas,
respectivamente:
- Substancial(60,4%);
- Destruída (17,8%);
- Leve (13,2%);
- Nenhum (8,51%);
- Os acidentes e incidentes graves mais comuns aconteceram com os
respectivos equipamentos aéreos:
- Avião (79,4%);
- Helicóptero (13,1%);
- Ultraleve (7,48%);
Quais são os Status de investigação existentes?
- O Status da investigação das ocorrências foram:
- Finalizada (58,1%);
- Ativa (41,9%);
- Reaberta (0,0545%)
Em quais estados as ocorrências são mais frequentes?
- As top 10 Unidades de Federação em acidentes e incidentes foram
respectivamente:
- SP,RS,MT,PR,MG,GO,RJ,PA,BA,AM (Totalizando 79,24% do total em acidentes e incidentes graves de 2006 a 2015);
Quais são os Problemas mais comuns que levam aos acidentes e incidentes graves?
- Dentre os tipos de ocorrência por tipo de problema, estão:
- Falha do motor em vôo;
- Perda de controle no solo;
- Perda de controle em vôo;
- Colisão em vôo com obstáculo;
- Com trem de Pouso;
O peso máximo da decolagem parece influenciar no acontecimento do acidente?
- Foi plotada a série de pesos máximos na decolagem por ano, junto aos
limites 3 sigma e vemos que existem ocorrências em que esse peso é
ultrapassado fortemente. Vamos ver essa distribuição ao longo dos
quartis no próximo gráfico de pizza.
- Foram gerados labels de divisões por quartis para facilitar a
visualização dos dados.
- Pelo box-plot podemos ver que só ficamos com informações acima do terceiro quartil e ainda sim temos observações que podem ser outliers no nosso processo, demandando uma maior atenção para entender o motivo dos mesmos.
- Pelo print acima podemos notar que:
Das 28 observações, 17 foram consideradas incidentes graves (60,71%) ;
foram investigadas 26 das 28 (92,86%) ;
A maior parte em SP, RJ, DF e duas fora do país (PERU E COLÔMBIA);
Os horários de ocorrência parecem ter um padrão de acontecer pela noite e madrugada;
Investigado por três Comandos investigadores:
- (CENIPA) (22);
- SERIPA-4 (4);
- SERIPA-3 (1);
Conclusões e insights gerados
Dessa forma, foram analisadas informações dos acidentes e incidentes graves na aviação brasileira nos anos de 2006 a 2015 com o objetivo de fomentar discussões e levantar hipóteses a serem refutadas ou não em um estudo inferencial mais aprofundado, posteriormente. Mas já nesse estudo exploratório utilizando a abordagem 3 sigma, foram identificadas 28 ocorrências a serem analisadas com mais atenção, das quais 26 delas demandaram investigação de fato.