O presente estudo consiste em um estudo ecológico exploratório temporal,e portanto trata de dados de um grupo de pessoas e não de indivíduos ao longo de um período estabelecido. Os estudos ecológicos apresentam a vantagem de tratar com variáveis globais de fácil extração, obtidas de alguma maneira regular, como bases de dados, monitoramentos, censos, registros etc. Enquanto estudo ecológico, há a necessidade de se definir uma área geográfica, e para este fim a área definida constitui a cidade de Marangá no estado do Paraná e as informações são oriundas da base de dados da secretaria municipal de saúde de Maringá.
Dessa maneira, o nível de inferência desse estudo se detém sobre a população de Maringá-PR, onde será feita a análise de desigualdades como dispensações e consumo de psicofármacos por gênero, dispensações e consumo de psifármacos por período pré e pós pandemia e por fim por tipo de medicamento. Para esse propósito, esse estudo buscará entender como o consumo de psicofármacos se dá entre homens e mulheres, a dinâmica das dispensações antes e após a pandemia, e o perfil de dispensação dos diferentes psicofármacos em relação à DDD preconizada pela OMS. Portanto, esse estudo se caracteriza como um estudo ecológico misto que considera o tempo e lugar, buscando entender a dinâmica temporal do consumo de psicofármacos entre pacientes que retiraram medicamentos sujeitos a controle especial do componente básico da assistência farmacêutica no município de Maringá e comparar o perfil de consumo com a DDD da OMS e os dados correspondentes na cidade de Ribeirão Preto.
Este estudo toma como referência metodológica estudos ecológicos relacionados ao uso de psicofármacos na cidade de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo (Ferreira 2016; Oliveira et al. 2021). A metodologia e os recortes seguem o delineamento dos estudos relacionados à unidade de estudo de Ribeirão Preto.
Estudos ecológicos permitem testar plasibilidades de hipóteses ou mesmo gerar novas hipóteses, e ainda permitem avaliar a eficácia de intervenções. Via de regra tais achados dever ser avaliados através de estudos confirmatórios mais específicos.
Para fins de analize e normalização dos dados foram calculadas as Doses Diárias Precritas (DDP) e a Dose por Habitantes Dia (DHD). A DDP (Eqção 1) fornece uma medida teórica da dose prescrita ára cada usuário como uma medida de aproximação das Doses Diárias Definidas (DDD) preconizadas pela OMS. Por meio da DDP é possível estimar se o consumo de psicofármacos na área geográfica analisada supera ou não os valores preconizados pela OMS, o que no contexto desse trabalho implica em identificar se o padrão de dispensações na cidade de Maringá obtido por meio da DDP excede ou não a DDD estabelecida pela OMS. Embora o estudo realizado em Rebeirão Preto (Ferreira 2016) trate a DDP como dose efetivamente prescrita, o presente estudo trata essa métrica como uma estimatiza uma vez que tanto o estudo original como este não dispõem da informação dos dias de uso dos psicofármacos por paciente. Essa ênfase se justifica na medida em que se busca evitar o viés ecológico de tentar refletir sobre os indivíduos o computo populacional, pois entende-se qe em fenômenos populacionais a explessão coletiva do fenômeno pode diferir da soma das partes que compõem o fenômeno em questão (Lima-Costa and Sandhi Maria Barreto 2003).
\[DDP = \frac{Total\,de\,miligramas\,consumidas\,por\,ano}{365*população}*100 \,\,\,\,\,\,(1)\]
Por sua vez a DHD (Equação 2) fornece a porcentagem teórica de pessoas na população que fazem uso da medicação, assim uma DHD=1% indica que a cada mil pessoas, dez fazem uso do psicofármaco considerado.
\[DHD = \frac{DDD}{1000PD} = \frac{Total\,de\,miligramas\,consumidas\,por\,ano}{DDD*365*população}*1000 \,\,\,\,\,\,(2)\]
A título de exemplo, se sete pessoas fazem uso de 75mg diárias de Amtriptilina durante um ano \(\frac{273750}{75*365*5000}*1000\) dentro de uma população de cinco mil pessoas, significa que 0,14% da população faz uso do psicofármaco, correspondendo a 1.4 pessoas a cada mil pessoas fazendo uso do psicofármaco considerado.
Também foram aplicados testes estatísticos para comparação de médias de dispensações entre homens e mulheres e a quantidade de miligramas dispensadas entre as diferentes faixas etárias. A comparação de médias entre homens e mulheres foi realizada por meio do teste T de Student e a comparação das médias entre faixas etárias foi conduzida por meio do teste de ANOVA (Morettin 2010; Downing and Clark 2002; Bussab and Morettin 2017; Devore 2014).
Abaixo são apresesentadas as quantidades de pacientes que retiraram medicamentos sujeitos a controle especial do componente básico da assistência farmacêutica no município de Maringá
De acordo com a tabela 1 ao considerar todas as dispensações durante o período de estudo, 74.6% das mesmas foram retiradas por pacientes do sexo feminino, corroborando os achados dos trabalhos de Ferreira2016 e Oliveira 2021.
Tabela 1
O Gráfico 1 apresenta as retiradas por sexo ao longo do período considerado, trazendo discriminados os valores absolutos por sexo e o percentual correspondente de cada sexo na população de pacientes que retiraram medicamentos sujeitos a controle especial do componente básico da assistência farmacêutica no município de Maringá
Abaixo são apresentadas as medicações consideradas para pacientes que retiraram medicamentos sujeitos a controle especial do componente básico da assistência farmacêutica no município de Maringá com a respectiva DDD sugerida pela OMS.
Tabela 2
A tabela 3 demonstra como são obtidos os dados de dispensações de pacientes que retiraram medicamentos sujeitos a controle especial do componente básico da assistência farmacêutica no município de Maringá. A primeira coluna traz a identificação da medicação dispensada, a coluna Miligramas a composição da medicação, Gênero o sexo do paciente, Quantidade o número de unidades dispensadas e Miligramas Totais o protudo comprimidos x mg (2).
\[Miligramas\,Totais = Quantidade * Miligramas \,\,\,\,\,\,\ (2)\]
Tabela 3
A tabela 4 traz a soma das miligramas totais dispensadas por ano considerando os 9 pisicofármacos considerados no presente estudo. Os dados demonstram que os anos de 2018 e 2019 apresentam um maior número de dispensações em relação à 2020 e 2021 que apresentam uma leve redução no número de dispensações.
Tabela 4
O gráfico 2 traz a distribuição gráfica das dispensações por ano para os 9 psicofármacos considerados.
O gráfico 3 traz a distribuição das miligramas totais das
dispensações por ano para os 9 psicofármacos considerados. Como em
função da pandemia poderia ter ocorrido uma redução no número de
dispensações, porém com maior quantidade de unidades dos psicofármacos
por dispensação, foram analisados os totais de miligramas dispensadas
por ano; nesse caso é possivel perceber a elevação no total de
psicofármacos em miligramas no ano de 2019, seguida de uma significativa
queda em 2020 e uma recuperação dos valores em 2021> Nota-se que que
em 2021 as miligramas totais de psicofármacos correspondem a 267,5
milões de miligramas, valor próximo à média de 2018 e 2019 que
corresponde à 262.9 milhões de miligramas.
Na tabela 5 é apresentada a agregação da informação obtida junto à secretaria de saúde de Maringá que traz à cada linha a informação que associa cada paciente a um psicofármaco específico informando as quantidades dispensadas, o respectivo ano, a quantidade de saída das dispensações consideradas e as miligramas totais, bem como o gênero do paciente.
Tabela 5
O gráfico 4 fornece o histograma com o número de diferentes classes de psicifármacos dispensados por pacientes que retiraram medicamentos sujeitos a controle especial do componente básico da assistência farmacêutica no município de Maringá. No histograma é possível perceber que a grande maioria dos pacientes fez retirada de uma até três medicações dentre os 9 psicofármacos considerados no estudo. Esses dados demonstram que 93% dos pacientes fizeram uso de um a três psicofármacos ao longo dos quatro anos considerados.
A Tabela 6 traz a distribuição de pacientes pelo número de psicofármacos
utilizados, o percentual de cada faixa e o percentual acumulado de
pacientes que fazem uso de 1 a 9 psicifgármacos considerados no
estudo.
Tabela 6
O gráfico 5 exibe o histograma com a frequência de pacientes que fizeram pelo menos uma retirada dos 9 psicofármacos considerados no estudo. Com esse gráfico é possível perceber que quase a metada (48%) dos pacientes fez retiradas pelo período de um ano apenas.
De acordo com as retiradas, considerando o ano de retirada e nome dos pacientes, identificou-se que 48% dos pacientes retiraram medicação em um ano apenas, 20 % por dois amos, 13% por 3 anos e apenas 19% ao longo dos 4 anos - Tabela 7 e Gráfico 6.
Tabela 7
Embora a grande maioria dos pacientes faça uso das medicações prescritas por um ano apenas, o Gráfico 7 demonstra que ao longo dos anos o número de paciente anuais é bastante estável, com uma leve redução nos anos 2020 e 2021.
Uma vez que o número de pacientes apresenta certa regularidade ao
longo dos anos, assim como o número de dispensações; com apenas alguma
variação no total de miligramas dispendsadas ao longo dos anos,
procedeu-se a avaliação da raxa de renovação de pacientes ao longo do
período avaliado.
A Tabela 8 fornece o percentual de pacientes do ano anterior que
permaneceram no ano seguinte a cada ano considerado. Esses dados
demonstam que em 2019 permaneceram 64.8% dos pacientes de 2018, em 2020
permaneceram 59.8% dos pacientes de 2019 e por fgim em 2021 permaneceram
63.1% dos pacientes de 2020. Desse modo percebe-se que a redução de
miligramas dispensadas acompanha a variação na manutenção de pacientes
em tratamento. Aqueles anos com menor retenção de pacientes do ano
anterior apresentaram redução no total de miligramas totais
dispensadas.
Tabela 8
A tabela 9 fornece as miligrams totais dispensadas por ano pelos pacientes que retiraram medicamentos sujeitos a controle especial do componente básico da assistência farmacêutica no município de Maringá.
Tabela 9
A tabela 10 traz a consolidação por ano e gênero trazendo o número de dispensações e miligramas totais dispensadas a cada combinação ano x gênero.
Tabela 10
O Gráfico 8 traz a apresentação por ano e gênero do número de dispensações e miligramas totais dispensadas a cada combinação ano x gênero.
A título de exemplificação a tabela 11 apresenta para cada usuário o nome do usuário transformado para um índice numérico vizando anonimizar o dado, o número de dispensações para este paciente, a quantidade dispensada e as miligramas totais, a razão:
\[Miligramas = \frac{mg total}{quantidade}, fórmula \,\, (numeroformula)\] fornece as miligramas da medicação considerada.
Tabela 11
Enquanto a Tabela 11 traz o número de dispensações por individuo, a tabela 12 apresenta a quantidade de indivíduos que receberam dispensações por sexo e ano.
Tabela 12
O gráfico 9 apresenta as frequências de dispensações por gênero e ano contidas na tabela acima.
Com base na fórmula 1 a tabela 13 tráz a medicação e as miligramas dada pela razão calculada, como por exemplo: “CLOMIPRAMINA” 1500/60 = 25mg.
Tabela 13
Tabela 14
Tabela 15 DHD 100%
Tabela 16 DHD 75%
Tabela 17 DDP 100%
Tabela 18 DDP 75%
Tabela 19
Tabela 20
CLOMIPRAMINA
## [1] "Média Masculina: 113.81"
## [1] "Média Feminina: 110.7"
##
## Welch Two Sample t-test
##
## data: quantM and quantF
## t = 2.5279, df = 13915, p-value = 0.01149
## alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
## 95 percent confidence interval:
## 0.7002324 5.5355711
## sample estimates:
## mean of x mean of y
## 113.8136 110.6957
AMITRIPTILINA
## [1] "Média Masculina: 88.59"
## [1] "Média Feminina: 86.05"
##
## Welch Two Sample t-test
##
## data: quantM and quantF
## t = 4.688, df = 22939, p-value = 0.000002775
## alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
## 95 percent confidence interval:
## 1.478544 3.603281
## sample estimates:
## mean of x mean of y
## 88.59117 86.05026
DIAZEPAM
## [1] "Média Masculina: 86.22"
## [1] "Média Feminina: 89.76"
##
## Welch Two Sample t-test
##
## data: quantM and quantF
## t = -3.8254, df = 16664, p-value = 0.000131
## alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
## 95 percent confidence interval:
## -5.355781 -1.726778
## sample estimates:
## mean of x mean of y
## 86.22043 89.76171
IMIPRAMINA
## [1] "Média Masculina: 110.99"
## [1] "Média Feminina: 129.34"
##
## Welch Two Sample t-test
##
## data: quantM and quantF
## t = -10.457, df = 13718, p-value < 0.00000000000000022
## alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
## 95 percent confidence interval:
## -21.78288 -14.90564
## sample estimates:
## mean of x mean of y
## 110.9948 129.3390
FLUOXETINA
## [1] "Média Masculina: 73.53"
## [1] "Média Feminina: 80.63"
##
## Welch Two Sample t-test
##
## data: quantM and quantF
## t = -21.654, df = 35015, p-value < 0.00000000000000022
## alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
## 95 percent confidence interval:
## -7.747824 -6.461631
## sample estimates:
## mean of x mean of y
## 73.52867 80.63340
VENLAFAXINA
## [1] "Média Masculina: 70.1"
## [1] "Média Feminina: 72.96"
##
## Welch Two Sample t-test
##
## data: quantM and quantF
## t = -7.7918, df = 26295, p-value = 0.000000000000006848
## alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
## 95 percent confidence interval:
## -3.587062 -2.145117
## sample estimates:
## mean of x mean of y
## 70.09885 72.96494
CLONAZEPAM
## [1] "Média Masculina: 52.63"
## [1] "Média Feminina: 49.8"
##
## Welch Two Sample t-test
##
## data: quantM and quantF
## t = 8.2795, df = 38135, p-value < 0.00000000000000022
## alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
## 95 percent confidence interval:
## 2.159382 3.498871
## sample estimates:
## mean of x mean of y
## 52.63135 49.80222
BROMAZEPAM
## [1] "Média Masculina: 85.59"
## [1] "Média Feminina: 79.55"
##
## Welch Two Sample t-test
##
## data: quantM and quantF
## t = 6.7061, df = 4622.5, p-value = 0.0000000000224
## alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
## 95 percent confidence interval:
## 4.278101 7.812811
## sample estimates:
## mean of x mean of y
## 85.59393 79.54848
NORTRIPTILINA
## [1] "Média Masculina: 79.77"
## [1] "Média Feminina: 83.92"
##
## Welch Two Sample t-test
##
## data: quantM and quantF
## t = -4.0439, df = 5462.2, p-value = 0.00005329
## alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
## 95 percent confidence interval:
## -6.148295 -2.133473
## sample estimates:
## mean of x mean of y
## 79.77416 83.91505
CLOMIPRAMINA
## Call:
## aov(formula = mgtotal ~ FaixaEtaria, data = testet)
##
## Terms:
## FaixaEtaria Residuals
## Sum of Squares 352398907 121420971107
## Deg. of Freedom 2 26028
##
## Residual standard error: 2159.864
## Estimated effects may be unbalanced
## Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
## FaixaEtaria 2 352398907 176199454 37.77 <0.0000000000000002 ***
## Residuals 26028 121420971107 4665013
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
AMITRIPTILINA
## Call:
## aov(formula = mgtotal ~ FaixaEtaria, data = testet)
##
## Terms:
## FaixaEtaria Residuals
## Sum of Squares 157063091 122916647156
## Deg. of Freedom 2 65922
##
## Residual standard error: 1365.495
## Estimated effects may be unbalanced
## Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
## FaixaEtaria 2 157063091 78531546 42.12 <0.0000000000000002 ***
## Residuals 65922 122916647156 1864577
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
DIAZEPAM
## Call:
## aov(formula = mgtotal ~ FaixaEtaria, data = testet)
##
## Terms:
## FaixaEtaria Residuals
## Sum of Squares 19844535 1747409112
## Deg. of Freedom 2 18452
##
## Residual standard error: 307.7341
## Estimated effects may be unbalanced
## Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
## FaixaEtaria 2 19844535 9922268 104.8 <0.0000000000000002 ***
## Residuals 18452 1747409112 94700
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
IMIPRAMINA
## Call:
## aov(formula = mgtotal ~ FaixaEtaria, data = testet)
##
## Terms:
## FaixaEtaria Residuals
## Sum of Squares 4472186412 105925923739
## Deg. of Freedom 2 14723
##
## Residual standard error: 2682.273
## Estimated effects may be unbalanced
## Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
## FaixaEtaria 2 4472186412 2236093206 310.8 <0.0000000000000002 ***
## Residuals 14723 105925923739 7194588
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
FLUOXETINA
## Call:
## aov(formula = mgtotal ~ FaixaEtaria, data = testet)
##
## Terms:
## FaixaEtaria Residuals
## Sum of Squares 488064733 75448810266
## Deg. of Freedom 2 98740
##
## Residual standard error: 874.1373
## Estimated effects may be unbalanced
## Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
## FaixaEtaria 2 488064733 244032366 319.4 <0.0000000000000002 ***
## Residuals 98740 75448810266 764116
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
VENLAFAXINA
## Call:
## aov(formula = mgtotal ~ FaixaEtaria, data = testet)
##
## Terms:
## FaixaEtaria Residuals
## Sum of Squares 3371752954 1374723721145
## Deg. of Freedom 2 78221
##
## Residual standard error: 4192.239
## Estimated effects may be unbalanced
## Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
## FaixaEtaria 2 3371752954 1685876477 95.92 <0.0000000000000002 ***
## Residuals 78221 1374723721145 17574868
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
CLONAZEPAM
## Call:
## aov(formula = mgtotal ~ FaixaEtaria, data = testet)
##
## Terms:
## FaixaEtaria Residuals
## Sum of Squares 555062 437907537
## Deg. of Freedom 2 80187
##
## Residual standard error: 73.89911
## Estimated effects may be unbalanced
## Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
## FaixaEtaria 2 555062 277531 50.82 <0.0000000000000002 ***
## Residuals 80187 437907537 5461
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
BROMAZEPAM
## Call:
## aov(formula = mgtotal ~ FaixaEtaria, data = testet)
##
## Terms:
## FaixaEtaria Residuals
## Sum of Squares 174996 223680678
## Deg. of Freedom 2 15400
##
## Residual standard error: 120.5185
## Estimated effects may be unbalanced
## Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
## FaixaEtaria 2 174996 87498 6.024 0.00243 **
## Residuals 15400 223680678 14525
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
NORTRIPTILINA
## Call:
## aov(formula = mgtotal ~ FaixaEtaria, data = testet)
##
## Terms:
## FaixaEtaria Residuals
## Sum of Squares 10708381 20989826350
## Deg. of Freedom 2 12871
##
## Residual standard error: 1277.022
## Estimated effects may be unbalanced
## Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
## FaixaEtaria 2 10708381 5354190 3.283 0.0375 *
## Residuals 12871 20989826350 1630784
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
Os dados obtidos do DATASUS demonstram uma estimativa crescente da
população de Maringá com crescimentos da ordem de 1,6%, 1.53% e 1.47%
nos anos de 2019, 2020 e 2021 respectivamente.
Os resultados demonstram que o percentual de usuários de psicofármacos
representa em média 6,75% da população de Maringá, com percentuais de
usuários em relação à população de 6.87%, 7.36%, 6.41% e 6.4% nos anos
de 2018, 2019, 2020, e 2021 respectivamente. O sexo feminino é o
predominante entre os usuários de psicofármacos com 72% dos usuários
sendo a composição anual de 72.7%, 72.6%, 72% e 71.9% nos anos de 2018,
2019, 2020 e 2021 respectivamente.
Ao considerar a relação entre idade e dispensações, foram applicados modelos de regressão para todos psicofármacos considernado a relação idade e miligramas totais dispensadas e a relação idade e a média de mgs dispensadas. Embora todas as relações apresentem p-valor < 0.05 o valor de R ajustado foi inferior a 5% em todos os casos, não apresentando a possibilidade de associar o uso com a idade.
Em relação à faixa etária os jovens com menos de 20 anos representam a menor proporção de usuários, uma vez que os usuários nessa faixa etária representam nos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021 a proporção respectivamente 1.5%, 2.1%, 2.4% e 2.7% da população estimada do município. Cabe ressaltar que embora os jovens representem a menor parcela de usuários, a proporção que estes ocupam vem crescendo anualmente. Em relação aos adultos nos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente esses usuários representam 51.6%, 52.2%, 53% e 55.6% da população estimada de Maringá, apresentando também uma elevação da parcela dessa população que faz uso de psicofármacos na cidade de Maringá. Por fim os idosos nos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021 que fizeram uso de psicofármacos representaram respectivamente 46.9%, 45.7%, 44.6% e 41.7% da população estimada de Maringá, indicando um declínio na parcela de idosos em relação à população, que fazem uso de psicofármacos.
Em relação à DHD os diferentes psicofármacos apresentam dinâmicas distintas. A Clomipramina apresentou crescimento ao longo do período, mas voltando a valores similares ao patamar inicial com DHD de 1.11, 1.2. 1.24 e 1.2 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, indicando que aproximadamente 1,2 pessoas a cada mil na população fazem uso desse psicofármaco. Por sua vez a Amtriptilina apresentou redução na DHD ao longo do período com 3.36, 3.62, 2.49 e 2.78 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, indicando que aproximadamente 3 pessoas a cada mil na população fazem uso desse psicofármaco. No caso do Diazepam houve um discreto crescimento na DHD com 1.23, 1.4, 1.31 e 1.29 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, indicando que aproximadamente 1,3 pessoas a cada mil na população fazem uso desse psicofármaco. Considerando a Imipramina, esse psicofármacos apresentou alguma oscilação, mas com redução da DHD ao final do período com 0.73, 0.83, 0.71 e 0.63 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, indicando que aproximadamente 0,7 pessoas a cada mil na população fazem uso desse psicofármaco. Os dados da Fluoxetina também apresentam oscilação, mas com redução ao longo do período com 12.28, 13.23, 12.85 e 11.81 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, indicando que aproximadamente 12,5 pessoas a cada mil na população fazem uso desse psicofármaco. A Venlafaxina apresentou uma oscilação com bastante amplitude e elevação ao final do período com 8.22, 10.36, 5.83 e 9.82 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, indicando que aproximadamente 8,5 pessoas a cada mil na população fazem uso desse psicofármaco. O Clonazepam apresendou declínio na DHD com 1.82, 1.89, 1.75 e 1.67 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, indicando que aproximadamente 1,8 pessoas a cada mil na população fazem uso desse psicofármaco. Também o Bromazepam apresentou a mesma dinâmica de decaimento na DHD com 0.62, 0.66, 0.55 e 0.57 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, indicando que aproximadamente 0,6 pessoas a cada mil na população fazem uso desse psicofármaco. Por fim, a Nortriptilina apresentou elevação da DHD com 0.48, 0.58, 0.6 e 0.62 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, indicando que aproximadamente 0,57 pessoas a cada mil na população fazem uso desse psicofármaco.
Em relação à DDP os diferentes psicofármacos apresentam dinâmicas distintas. A Clomipramina apresentou crescimento ao longo do período, mas voltando a valores similares ao patamar inicial com DDP de 110.57, 120, 124.19 e 111.82 em relação à 2018, 2019, 2020 e e2021 respectivamente, porém com valores de DDP 16.64% superiores à DDD. Por sua vez a Amitriptilina apresentou redução na DDP ao longo do período com DDP de 251.71, 271.76, 186.43 e 208. 35 em relação à 2018, 2019, 2020 e e2021 respectivamente, apresentando uma DDP quase 300% superior à DDD, ou. No caso do Diazepam houve um discreto crescimento na DDP com 12.32, 13.97, 13.05 e 12.85 em relação à 2018, 2019, 2020 e e2021 respectivamente, sendo em média 30% superior à DDD. Considerando a Imipramina, esse psicofármacos apresentou alguma oscilação, mas com redução da DDP ao final do período com 72.59, 82.69, 71.19 e 63.12 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, sendo 27.61% inferior à DDD. Os dados da Fluoxetina também apresentam oscilação, mas com redução ao longo do período com 245.64, 264.51, 256.92 e 236.15 em relação à 2018, 2019, 2020 e e2021 respectivamente, estando em média 1250% acima da DDD. A Venlafaxina apresentou uma oscilação com bastante amplitude e elevação ao final do período com 822.43, 1035.55, 583.24 e 981.96 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, estando 855.79% superior à DDD. O Clonazepam apresendou declínio na DDP com 14.53, 15.11, 14.02 e 13.39 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, se situando em média 14,26% acima da DDD. Também o Bromazepam apresentou a mesma dinâmica de decaimento na DDP com 6.24, 6.63, 5.47 e 5.68 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, se situando em média 39,95% abaixo da DDD. Por fim, a Nortriptilina apresentou elevação da DDP com 35.84, 43.79, 45.27 e 46.15 em relação à 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente, se situando 43% abaixo da DDD.
Foram aplicados testes estatísticos para comparação de médias de dispensações entre homens e mulheres e a quantidade de miligramas dispensadas entre as diferentes faixas etárias. A comparação de médias entre homens e mulheres foi realizada por meio do teste T de Student e a comparação das médias entre faixas etárias foi conduzida por meio do teste de ANOVA.
Ao compara a média de quantidades dispensadas entre homens e mulheres foi possível perceber diferenças nas distribuições de quantidades entre os gêneros.
As medicações em que a média de dispensações foi maior entre o sexo masculino foram: a Clomipramina com quantidade média dispensada de 113.8 unidades para homens e 10.7 pra mulheres, embora a diferença seja pequena ela foi significativa (p-valor=0.01); a Amtriptilina com quantidade média dispensada de 88.6 unidades para homens e 86.05 pra mulheres, embora a diferença seja pequena ela foi significativa (p-valor=0. 00000000000000022); o Clonazepam com quantidade média dispensada de 52.6 unidades para homens e 49.8 pra mulheres, embora a diferença seja pequena ela foi significativa (p-valor=0. 00000000000000022); o Bromazepam com quantidade média dispensada de 85.6 unidades para homens e 79.6 pra mulheres, uma diferença notável e significativa (p-valor=0. 0000000000224). As medicações em que a média de dispensações foi maior entre o sexo feminino foram: o Diazepam com quantidade média dispensada de 89.8 unidades para mulheres e 86.2 pra homens, embora a diferença seja pequena a mesma foi significativa (p-valor=0.0001); a Imipramina com quantidade média dispensada de 129.3 unidades para mulheres e 111 pra homens, para esse psicofármaco verifica-se uma diferença considerável e significativa (p-valor=0. 00000000000000022); a Fluoxetina com quantidade média dispensada de 80.1 unidades para mulheres e 73.5 para homens, para esse psicofármaco verifica-se uma diferença considerável e significativa (p-valor=0. 00000000000000022); a Venlafaxina com quantidade média dispensada de 73 unidades para mulheres e 70 para homens, para esse psicofármaco verifica-se uma diferença de pouca amplitude, mas ainda assim significativa (p-valor=0. 000000000000006848); a Nortriptilina com quantidade média dispensada de 83.9 unidades para mulheres e 79.8 para homens, para esse psicofármaco verifica-se uma diferença de pouca amplitude, mas ainda assim significativa (p-valor=0. 00005329);
A comparação dos miligramas totais identificou medias distintas entre os grupos de jovens de 0 a 19 anos, adultos de 20 e 59 anos e idosos com 60 anos ou mais.
Ao considerar a psicofármaco Clomipramina identificou-se uma média mais elevada nos miligramas totais dispensados entre os adultos com média de 2847mg, seguida dos idosos com 2740mg e por fim os jovens com 2202mg (p-valor= 0.0000000000000002). Em relação ao psicofármaco Amtriptilina identificou-se uma média mais elevada nos miligramas totais dispensados entre os adultos com média de 2203mg, seguida dos idosos com 2142mg e por fim os jovens com 1783mg (p-valor= 0.0000000000000002). Já para o psicofármaco Diazepam identificou-se uma média mais elevada nos miligramas totais dispensados entre os idosos com média de 477mg, seguida dos jovens com 442mg e por fim os adultos com 411mg (p-valor= 0.0000000000000002). A análise dos dados do psicofármaco Imipramina demonstram uma média mais elevada nos miligramas totais dispensados entre os adultos com média de 3576mg, seguida dos idosos com 3056mg e por fim os jovens com 2121mg (p-valor= 0.0000000000000002). Por sua vez, os dados do psicofármaco Fluoxetina demonstram uma média mais elevada nos miligramas totais dispensados entre os adultos com média de 1639mg, seguida dos idosos com 1514mg e por fim os jovens com 1371mg (p-valor= 0.0000000000000002). Em relação ao psicofármaco Venlafaxina identificou-se uma média mais elevada nos miligramas totais dispensados entre os adultos com média de 6953mg, seguida dos idosos com 6595mg e por fim os jovens com 5689mg (p-valor= 0.0000000000000002). Já em relação ao psicofármaco Clonazepam demonstram uma média mais elevada nos miligramas totais dispensados entre os idosos com média de 111mg, que ficou levemente superior à média dos adultos de 110mg seguida da média dos jovens com 73mg (p-valor= 0.0000000000000002). Em relação ao psicofármaco Bromazepam verificou-se uma média mais elevada nos miligramas totais dispensados entre os adultos com média de 246mg, seguida dos idosos com 240mg e por fim os jovens com 201mg (p-valor= 0.0000000000000002). E por fim, o psicofármaco Nortriptilina com uma média mais elevada nos miligramas totais dispensados entre os idosos com média de 2087mg, ligeiramente superior à media entre adultos de 2059mg e a média entre jovens de 1767mg (p-valor= 0.0000000000000002).