“(…) a ciência pode ser considerada um conjunto de conhecimen-tos viabilizado por meio da utilização adequada de métodos rigorosos, capazes de controlar os fenômenos e fatos estudados. A partir disso, o conhecimento pode ser fixado a objetos empíricos, por meio da utilização da observação e da experimentação. Isso tem permitido aos seres humanos controlar seus ambientes desde a sua origem, na pré-história, quando descobriram como tra-balhar metais e agricultura. (…)”(LOZADA, 2019, pg. 14)
“(…) De maneira geral, a ciência pode ser definida com base em duas ideias centrais e, de certa forma, antagônicas: uma baseada no contexto e nas condições em que a ciência ocorre e se desenvolve (prática); e outra baseada na parte conceitual e metodológica da ciência (teoria)”. (LOZADA, 2019, pg. 14)
Empírico é algo baseado na experiência ou que dela resulta, decorrente da prática e da observação. É o oposto do teórico e do conceitual.(LOZADA, 2019, pg. 15)
A classificação das ciências pode ainda ser baseada em muitos outros aspectos, permitindo a formação de várias outras categorias. Por exemplo (WAZLAWICK, 2014):
Outra possibilidade de classificação das ciências é aquela baseada nas áreas de conhecimento, como a classificação utilizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), importante agência que é ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Co-municações (MCTIC) e que busca incentivar a pesquisa no Brasil. (LOZADA, 2019, pg. 18)
(…) No caso da ciência, o seu objetivo está focado no conhecimento dos objetos. Isso inclui tanto aqueles reais e situados no tempo e no espaço (como fenômenos físicos, psíquicos e sociais) quanto aqueles caracterizados pela intemporalidade e pela inespacialidade (como as ciências matemáticas e as relações de ideias). (LOZADA, 2019, pg. 19)
(…) Em síntese, na intenção de definir o que é ciência e a que ela se destina, é válido considerar que as ciências possuem (LAKATOS; MARCONI, 2017):
Existem diferentes tipos de conhecimento, que incluem desde as formas mais primevas de conhecer (como o conhecimento mítico) até as mais sofisticadas (como o conhecimento científico-tecnológico).(LOZADA, 2019, pg. 20)
Também chamado de conhecimento mitológico, o conhecimento mítico está fortemente relacionado ao desejo humano de dominar o mundo. (…) (LOZADA, 2019, pg. 20)
O conhecimento religioso baseia-se na fé e pressupõe a existência de forças que estão além da compreensão humana, instâncias divinas consideradas criadoras de tudo o que existe (MEZZAROBA; MONTEIRO, 2017)
O conhecimento filosófico pode ser definido como uma maneira de pensar, uma ati-tude de reflexão diante do mundo, sendo que filosofar significa refletir criticamente sobre alguma coisa(…)(LOZADA, 2019, pg. 22)
O conhecimento popular é também chamado de conhecimento espontâneo, vulgar ou senso comum(…)(LOZADA, 2019, pg. 24)
Ao contrário dos conhecimentos que você viu até aqui, o conhecimento científico encontra os seus fundamentos na razão e na experimentação. Tal conhecimento é proveniente de hipóteses e experiências a partir das quais verdades universais são estabelecidas.(…)(LOZADA, 2019, pg. 25)
Você já viu que a ciência não trata de verdades inquestionáveis, que de-vem ser aceitas indiscutivelmente. Ela procura a verdade, buscando oferecer respostas a respeito de possíveis causas sobre as quais se poderá agir ou interferir. Assim, você pode considerar que a ciência é objetiva, sendo baseada no que se pode ver, ouvir ou tocar, formando um cenário no qual opiniões ou preferências pessoais e suposições especulativas não se encaixam. É nessa conjuntura que o conhecimento científico é compreendido como conhecimento provado, considerando que as teorias científicas são derivadas de maneira rigorosa da obtenção dos dados da experiência, adquiridos por observação e experimento. Portanto, o conhecimento científico pode ser compreendido como conhecimento confiável porque é um conhecimento provado objetivamente (NOVELLI, 2010; CHALRMERS, 1993).
Desse modo, pesquisa e métodos são ferramentas muito relevantes na produção técnico-científica. A pesquisa consiste em um trabalho realizado por meio da investigação. Para realizá-la, é preciso ter um método, ou seja, é preciso definir e percorrer determinado caminho para que se possa chegar ao destino desejado, o que é viabilizado por meio da aplicação do método. Assim, é por meio do método que se pode viabilizar o principal objetivo da pesquisa, que consiste em encontrar as respostas às perguntas científicas que foram propostas, atingindo os objetivos que foram traçados. Ou seja, a pesquisa permite promover conhecimento, e o método corresponde ao “como” fazer isso. (LOZADA, 2019, pg. 30)
Nesse contexto, surge o termo “técnico-científico”, uma expressão utilizada no âmbito do conhecimento científico e voltada a atividades de um saber especializado. Assim, a produção técnico-científica é aquela realizada em ambientes como instituições de ensino superior, o que resulta na publicação de livros, capítulos de livros e artigos, bem como na publicação de trabalhos ou resumos de trabalhos em anais de congressos científicos, entre outros (MENEZES; SANTOS, 2001).
Pesquisas de pós-graduação, mestrado e doutorado são exemplos de produções técnico-científicas.
Em uma visão universal, um projeto é definido como um empreendimento temporário que visa a criar um produto, serviço ou resultado único. Para tanto, o projeto (que é formado por diversas atividades) precisa ser planejado, imple-mentado e gerenciado ao longo de seu ciclo de vida. Tal ciclo é formado por quatro estágios sequenciais: definição, planejamento, execução e entrega(…)(LOZADA, 2019, pg. 49)
O planejamento de uma pesquisa consiste em “pensar a pesquisa” para que ela seja uma atividade planejada, metódica e sistemática. Isso ocorre por meio de um conjunto de passos previamente definidos. (LOZADA, 2019, pg. 51)
O projeto de uma pesquisa consiste no plano das ações futuras envolvidas nessa pes-quisa. Ele consiste em uma programação cuidadosa para o desempenho da pesquisa, que permite estabelecer o que precisa ser feito e como. (LOZADA, 2019, pg. 52)
A pesquisa científica serve aos mais diversos ramos da ciência, entre os quais é possível destacar áreas como a medicina. Porém, seja qual for o campo de interesse, uma pesquisa científica é composta por três fases principais: plane-jamento, execução e divulgação. A primeira fase (o planejamento) é formada por cinco etapas: ideia (pergunta da pesquisa); plano de intenção (resumo do projeto de pesquisa); revisão de literatura; teste de instrumentos e procedi-mentos; projeto de pesquisa. O tempo e o trabalho investidos no planejamento possibilitam que a pesquisa avance para a segunda fase (a execução) e que ela seja realizada sem problemas. A segunda fase é iniciada após a pesquisa ser aprovada e finalizada com a redação do relatório final.
A terceira fase (a divulgação) consiste na publicação dos resultados obtidos por meio da pesquisa. As informações do relatório final são sinte-tizadas com a elaboração de um artigo original, destinado à comunidade de leitores e pesquisadores interessados no assunto por meio da publicação nos veículos adequados, como em uma revista científica (MAFFEI et al., 2016).
Como você viu, o projeto é uma etapa que antecede a pesquisa propriamente dita. Ele também possui seus próprios requisitos, sendo o principal deles a realização do planejamento, que consiste em uma fase prévia do projeto de pesquisa. Essa fase é composta pela ideia que dá origem ao projeto e pela questão ou questões de pesquisa. Esses elementos, quando elaborados formal-mente e organizados sistematicamente na busca por respostas, tornam-se um plano de pesquisa, um projeto. Desse modo, o projeto é a fase que procede o planejamento e precede a pesquisa, enquanto o relatório de pesquisa (artigo, monografia, dissertação, tese) é a fase posterior a ela. Então, tem-se a pesquisa como foco; antes dela, há o projeto para executá-la; depois dela, o relatório com a síntese de seus resultados (FARIAS FILHO; ARRUDA FILHO, 2015).
Para atender a todo esse conjunto de demandas, um projeto de pesquisa bem elaborado e completo deve conter elementos como: título da pesquisa, dados de informação do autor e do orientador, justificativa da pesquisa, hipótese, objetivo, plano de trabalho, métodos, etapas da pesquisa e cronograma. Além disso, deve incluir: relação de materiais necessários, orçamento, monitoramento da pesquisa, análise dos riscos e benefícios, propriedades de informação e divulgação da pesquisa, responsabilidades do pesquisador, da instituição, do promotor e do patrocinador, referências, entre outros elementos mais es-pecíficos, de acordo com cada categoria de pesquisa (MAFFEI et al., 2016).
É comum que algumas instituições de ensino utilizem as expressões “revisão de lite-ratura” e “referencial teórico” como equivalentes. Porém, elas são duas etapas distintas que auxiliam na formação da fundamentação teórica de sua pesquisa.
Revisar a literatura consiste em pesquisar o que já existe de literatura publicada sobre o tema a respeito do qual você pretende tratar em sua pesquisa. Como, no geral, não se deseja usar “tudo” sobre o assunto, é preciso definir qual base teórica será usada como referência para a pesquisa.
Por sua vez, definir o referencial teórico consiste em definir/escolher, entre as obras pesquisadas, quais poderão ser utilizadas como referencial para ajudar no aprofun-damento do texto. Tais obras, como você pode imaginar, devem ser adequadas cien-tificamente. Assim, formar a fundamentação teórica consiste em usar os referenciais definidos para “embasar” a sua escrita. (LOZADA, 2019, pg. 58)
(..)Nesse contexto, o projeto de pesquisa desempenha uma missão: a de conduzir o pesquisador na busca por respostas relativas a algumas questões-chave para o desenvolvimento do tra-balho de pesquisa: o quê? Por quê? Para quê? Para quem? Onde? Como? Com quê? Quanto? Quando? Essas questões, quando associadas aos elementos da estrutura do projeto de pesquisa enquanto texto, resultam na síntese a seguir (MARCONI; LAKATOS, 2017; SEVERINO, 2007):
(…)Orçamento e cronograma, por exemplo, são itens que podem ser obrigatórios ou não, dependendo da pesquisa a ser realizada, sendo mais comuns em casos em que a pesquisa é encomendada por alguma instituição(…)(LOZADA, 2019, pg. 60)
(…)Veja a seguir, as etapas que levam ao projeto de pesquisa.
- Tema
- Problema
- Objetivo geral
- Objetivos específicos
- Justificativa
- Hipóteses/ questões norteadoras
- Fundamentação teórica
- Metodologia
- Referencial teórico
- Recursos e cronograma
As pessoas pesquisam por muitos motivos. De acordo com Gil (2017), o motivo da pesquisa pode ser: de ordem intelectual, quando o pesquisador satisfaz seus próprios desejos ao estudar algo; e de ordem prática, quando o trabalho do pes-quisador é de ordem mais ativa e a eficiência e a eficácia ganham mais destaque.
As pesquisas podem ser divididas, conforme seu enfoque, em dois tipos: pesquisa pura ou básica e pesquisa aplicada. Segundo Appolinário (2011, p. 146), a pesquisa básica tem como objetivo principal “[…] o avanço do conhecimento científico, sem nenhuma preocupação com a aplicabilidade imediata dos resulta-dos a serem colhidos”. Já a pesquisa aplicada é realizada com o intuito de “[…] resolver problemas ou necessidades concretas e imediatas” (APPOLINÁRIO, 2011, p. 146). No enfoque da pesquisa aplicada, ocorrem casos em que o problema da pesquisa faz parte do contexto profissional do pesquisador. Então, a pesquisa surge da necessidade de resolver tal problema. Muitas vezes, ela é sugerida pela própria instituição da qual o estudioso faz parte. (LOZADA, 2019, pg. 132)
O enfoque quantitativo segue uma sequência e tem algumas características específicas, de acordo com Hernández Sampieri, Fernández Collado e Baptista Lucio (2013). Veja a seguir.
- Ideia e formulação do problema
- Revisão da literatura e desenvolvimento do marco teórico
- Visualização do alcance do estudo
- Elaboração de hipóteses e definição de variáveis
- Desenvolvimento do desenho de pesquisa
- Definição e seleção da amostra
- Coleta de dados
- Análise dos dados
- Elaboração do relatório de resultados
A pesquisa qualitativa é um tipo de investigação voltado para as características qualitativas do fenômeno estudado, considerando a parte subjetiva do problema. Ela se preocupa com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e na explicação da dinâmica das relações sociais (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).
A pesquisa mista contém o método quantitativo e o método qualitativo. Creswell e Clark (2013) afirmam que muitas definições já foram cunhadas para esse método de pesquisa: todas sempre afirmam que a pesquisa aborda tantos valores filosóficos quanto métodos de investigação objetivos.
A seguir, veja as fases da elaboração de uma pesquisa com método misto (CRESWELL; CLARK, 2013):
- coletar e analisar rigorosamente os dados quantitativos e qualitativos;
- integrar os dois tipos de dados ao mesmo tempo, combinando-os;
- priorizar uma ou ambas as formas de dados, conforme o que a pesquisa enfatiza;
- usar esses procedimentos em um único estudo ou em múltiplas fases de um programa de estudo;
- estruturar os procedimentos de acordo com as visões de mundo;
- combinar os procedimentos em projetos de pesquisa específicos que direcionam o plano para a condução do estudo.
A pesquisa experimental é determinada pela escolha do objeto de investigação. Você pode definir variáveis (atributos do objeto que podem ser medidos e numerados) que sejam capazes de influenciar o objeto, estabelecer os formatos de controle e observar os efeitos que cada variável produz. (LOZADA, 2019, pg. 136)
Ao contrário da pesquisa experimental, essa forma de pesquisa não possui variáveis. Em vez disso, o pesquisador observa o contexto diretamente. O pesquisador não pode controlar ou alterar os sujeitos da pesquisa; ele se baseia simplesmente nas observações para chegar a conclusões para a investigação (GIL, 2017).
Esse tipo de pesquisa se caracteriza “a partir do fato passado”. Ela verifica as consequências de um fato sobre um objeto depois que tal fato aconteceu. O fato é algo que não pode ser mudado e que é passível de ser comparado com outra variável. Os objetivos da pesquisa são investigar relações de causa e efeito fazendo o caminho contrário: por meio dos dados, observam-se as consequências (APPOLINÁRIO, 2011).
O objetivo de uma pesquisa exploratória é estudar um assunto ainda pouco explorado para proporcionar uma visão geral do fato. De acordo com Gil (2012, p. 27), “As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”.
O objetivo básico desse tipo de pesquisa é a descrição das características do assunto estudado. O pesquisador pode estabelecer relações entre as variáveis. Conforme Gil (2012, p. 28), alguns tipos de pesquisas descritivas “[…] vão além da identificação da existência de relações entre as variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação”. Conforme o autor, as pesquisas descritivas são bastante utilizadas quando o pesquisador quer estudar as características de um grupo específico, como distribuição por idade, sexo, nível de escolaridade, renda, estado de saúde, etc.
Esse tipo de pesquisa tem como objetivo central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência de determinado fato. A pesquisa explicativa é o tipo de abordagem que mais aprofunda o conhecimento da realidade, já que busca explicar por que os fenômenos ocorrem. Portanto, é o tipo de pesquisa que mais cria hipóteses acerca do objeto em questão, sendo passível de grande número de erros. Mesmo assim, a contribuição da pesquisa explicativa é muito significativa devido à sua aplicação prática. Esse tipo de pesquisa é mais usado nas ciências físicas e naturais (GIL, 2012).
É o tipo de pesquisa que investiga as relações entre variáveis, exceto a relação de causa e efeito. A investigação das relações entre fatores é descritiva porque não existe uma manipulação de variáveis; a previsão do tipo de relação é mais usualmente estabelecida pelos pesquisadores. Quando as relações entre as variáveis são identificadas, diz-se que elas estão correlacionadas (APPOLINÁ-RIO, 2011). A pesquisa correlacional busca traçar relações entre as variáveis com o objetivo de criar associações entre elas.
Temos utilizado com frequência a expressão “trabalho científico” como se ela se referisse a algo definido ou individual. Entretanto, existem diversos tipos de tra-balhos científicos: trabalhos de síntese (sinopses e resumos), resenhas críticas, trabalhos de divulgação científica (notas ou comunicações científicas apresenta-das oralmente em simpósios, congressos ou outros eventos científicos; artigos em publicações periódicas), relatórios e informes científicos, trabalhos mono-gráficos e/ou acadêmicos (monografia, ensaio, trabalhos de conclusão de cursos de graduação e pós-graduação lato sensu, dissertação de mestrado ou tese de doutorado), papers (texto escrito a partir de uma comunicação oral) etc. (MATTAR, 2017, pg 171)
O trabalho de graduação interdisciplinar (TGI) e o trabalho de conclu-são de curso de graduação, de especialização e/ou aperfeiçoamento (TCC) são definidos como um documento, feito sob a coordenação de um orientador, que apresenta o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do as-sunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módu-lo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. (MATTAR, 2017, pg 172)
A palavra que o aluno deve sempre associar à escolha do tema é delimita-ção. A principal orientação, nesse sentido, é um esforço contínuo na busca da delimitação de seu tema. Nossa tendência é quase sempre a de escolher, em um momento inicial, um tema amplo e genérico, sem que tenhamos consciên-cia disso. Mas é preciso encontrar, dentro desse tema genérico, ou relacionado a ele, um assunto mais específico e pontual. E esse é, muitas vezes, um exercí-cio que pede o auxílio do professor ou orientador, pois nossa percepção pare-ce, quase sempre, indicar que a delimitação já tenha atingido o limite. (MATTAR, 2017, pg 173)
Normalmente, é solicitado ao aluno que, no início de seu trabalho, elabore um projeto de pesquisa. A estrutura desse projeto é quase sempre definida pela instituição que o requisita. (MATTAR, 2017, pg 174)
A pesquisa é, ao mesmo tempo, um processo de descoberta e de invenção. Há um elemento lúdico e de criatividade envolvido na atividade de investi-gação científica. O problema que se coloca desde o início é: por onde começar? Uma suges-tão é começar com um professor ou um especialista no tema que você selecio-nou, ou mesmo com um bibliotecário. Eles poderão indicar uma bibliografia básica a ser consultada, alguns sites confiáveis para serem acessados e assim por diante. O orientador também deve ser bastante consultado nesse mo-mento do trabalho. Organizações, enciclopédias especializadas, livrarias eletrônicas (que permitem buscas por autores, títulos e assuntos) e, dependen-do da pesquisa, jornais e revistas podem também ser interessantes fontes ini-ciais de pesquisa. Deve-se ainda lembrar que, para muitas pesquisas, os recursos básicos encontram-se no campo ou no laboratório. (MATTAR, 2017, pg 178)
A sequência em que todos os elementos do trabalho devem aparecer, assim como indicações específicas sobre cada um deles, deve ser solicitada à instituição. De qualquer maneira, a NBR 14.724 fornece orientações gerais para todos esses elementos.
Os resultados dos trabalhos de pesquisa, parciais ou finais, podem ser disse-minados em diferentes formatos: oralmente (relatórios técnicos, palestras, cursos, encontros, reuniões científicas, seminários, congressos, mesas-redon-das, reuniões, jornadas, simpósios, colóquios, fóruns, oficinas, sessões de co-municações científicas, painéis, workshops etc.), pôsteres (cartazes com fotos, figuras, esquemas, quadros e textos concisos, apresentados em eventos cientí-ficos, em que o autor fica à disposição para esclarecer dúvidas), transparências, impressos (relatórios, papers, artigos, monografias, dissertações, teses, perió-dicos científicos, livros publicados etc.), eletronicamente (CDs, softwares de apresentação, web, periódicos eletrônicos etc.) ou por meio de combinações dessas mídias. (MATTAR, 2017, pg 223)
A defesa pública de trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado é um dos momentos de maior tensão para o candidato. Apesar dos meses e anos de estudos, há sempre o temor de que não saberemos responder às perguntas formuladas pela banca, de que os membros da banca discordarão de nossas ideias e interpretações, de que algum erro grotesco de nosso trabalho seja revelado durante a arguição etc. (MATTAR, 2017, pg 225)
(…) É importante ainda, duran-te a defesa, reconhecer as fraquezas ou erros evidentes do trabalho, quando sugeridos pela banca — uma postura agressiva e de irredutibilidade na defesa de suas próprias opiniões só diminui as chances de uma boa nota. (MATTAR, 2017, pg 225)
Os softwares de editoração eletrônica (Desktop Publishing — DTP) revolucio-naram os setores de editoração e artes gráficas e ofereceram aos usuários comuns a possibilidade de produzir documentos e publicações profissionais e de qualidade. (MATTAR, 2017, pg 225-226)
Hoje está cada vez mais fácil construir um website, bem como é extrema-mente simples publicar na internet. Basta conseguir um espaço em um servi-dor web, compor uma web page (podemos, para isso, utilizar um software para editoração), colocar sua página em um servidor e organizar, administrar e atualizar seu website. (MATTAR, 2017, pg 226)
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