Pedro Augusto Borges dos Santos1
Oscar Oviedo-Trespalacios2
Jorge Tiago Bastos3
[1,3] Universidade Federal do Paraná
[2] Queensland University of Technology
05/10/2022
Identificar se o excesso de velocidade em Curitiba é espacialmente autocorrelacionado;
Identificar qual é o padrão espacial do excesso de velocidade;
Identificar os locais com maiores valores de excesso.
Em 2020, Curitiba apresentou 181 mortes relacionadas à sinistros de trânsito;
O excesso de velocidade foi a segunda maior causa dos sinistros entre 2011 e 2020;
Entre 2012 e 2020, 37% dessas mortes foram de pedestres e 8% foram de ciclistas;
Primeira lei da geografia:
“Todas as coisas estão relacionadas com todas as outras, mas coisas próximas estão mais relacionadas do que coisas distantes” - Waldo Tobler1
Por essência, o transporte é uma atividade geoespacial;1
Como consequência, os sinistros de trânsito possuem uma dependência espacial;2
Fatores de risco como o excesso de velocidade também podem apresentar uma autocorrelação espacial.3
Foi dividida em três passos:
Coleta de dados naturalísticos;
Processamento dos dados de velocidade;
Autocorrelação espacial do excesso de velocidade.
Estudo Naturalístico de Direção Brasileiro (NDS-BR):
Coleta de velocidade e coordenadas em uma frequência de 1 Hz;
Coleta entre ago/2019 e dez/2021 em Curitiba e RM;
32 condutores; 1002 viagens; 382 horas; 9.400 km.
Cálculo da taxa de excesso de velocidade (\(SP\))1:
\[ SP = \frac{D_{sp}}{D_f} \]
Taxa calculada para cada zona de tráfego (ZT)de Curitiba (135 zonas)
Autocorrelação Global: \(I\) de Moran1
Verifica se uma distribuição espacial é aleatória ou não;
Resultados podem variar entre -1 e 1.
Autocorrelação Local: Moran Local1
Identifica quais são os padrões na distribuição espacial;
Clusters High-High / Low-Low;
Outliers High-Low / Low-High.
Amostra restante (117 ZT):
Distância total: ~ 5.600 km;
Distância em velocidades de fluxo livre: ~ 3.500 km;
Distância em velocidades de excesso: ~ 1.500 km.
\(I\) de Moran: 0,246 (\(p\)-valor = 0,001);
Moran Local:
Clusters High-High: 8 zonas;
Clusters Low-Low: 14 zonas;
Foi possível identificar a existência da autocorrelação espacial do excesso de velocidade em um padrão clusterizado;
Também foi possível identificar os locais desses clusters.
Não foi possível analisar todas as ZT de Curitiba;
Não houve o isolamento dos aspectos comportamentais e veiculares;
Outros métodos de autocorrelação espacial não foram testados.
CAPES;
CNPq;
Observatório Nacional de Segurança Viária.
3o Simpósio de Transportes do Paraná; 4o Seminário em Aeroportos e Transporte Aéreo (SATA); 4o Urbanidade