Motocicleta no Brasil - Dados e Discussões
Evolução da Frota de Motocicletas
A participação de motocicletas na frota de veículos passou de 14% em 2000 para 27% em 2020;
A frota de veículos no Brasil mais do que triplicou entre 2000 e 2015;
Em 2000, a frota de motocicletas pouco ultrapassa 4 milhões. Em 2020, este valor passou para pouco mais de 29 milhões;
O automóvel ainda continua como o modal com a maior quantidade de veículos, com motocicletas em segundo lugar.
Mortalidade de Motociclistas
Em 2000 houve quase 2,5 mil óbitos de motociclistas no trânsito brasileiro;
Em 2020, o valor de óbitos aumentou para quase 12 mil.
Em 2000, os motociclistas representavam 9% dos óbitos, ficando atras de ocupantes de automóveis (19%), ocupante de veículos pesados (11%) e pedestres (30%).
Em 2020, os motociclistas foram as maiores vítimas no trânsito brasileiro, representando 37% da quantidade de óbitos relacionados a sinistros de trânsito.
Risco no Uso de Motocicletas
Os motociclistas apresentam uma taxa de ferimento 12 vezes maior em comparação com a taxa de ferimento dos ocupantes de automóvel (Elvik et al., 2009).
O taxa de ferimento relativa dos motociclistas é maior do que a taxa de ferimento dos ciclistas (9,4 vezes) e pedestres (6,7) em relação a taxa dos ocupantes de automóvel (Elvik et al., 2009).
Uso do Capacete e Redução de Lesões
O uso do capacete reduz o risco de lesões fatais em 44%, considerando impactos diretos na cabeça (Elvik et al., 2009).
Motociclistas que utilizam o capacete apresentam uma redução de 9% de sofrer uma lesão grave ou fatal após a ocorrência de uma colisão (Cunto e Ferreira, 2017).
Uso do Celular e Risco de Sinistros
- Motociclistas que frequentemente utilizam o telefone celular para enviar mensagens enquanto pilotam apresentam um risco 2,2 vezes maior de se envolver em um sinistro de trânsito em comparação com motociclistas que não utilizam o telefone celular (Truong, Nguyen e De Gruyter, 2019).
Dispositivos de Proteção em Rodovias
Os dispositivos de proteção em rodovias (barreiras de concreto e defensas metálicas) não são dimensionados para receber o impacto de motociclistas, de modo que se constituem elementos de alto risco para esse modal (Moradi et al., 2010).
Em ângulos de impacto maiores do que 18 graus com velocidade acima de 30 km/h, colisões entre motociclistas e barreiras de concreto causam o arremesso do piloto para o outro lado da barreira. Colisões em 60 km/h com ângulos acima de 25 graus aumentam os riscos de lesões graves (Moradi et al., 2010).