Informe Epidemiológico SE 13/2022

Vigilância entomológica do Aedes aegypti e situação epidemiológica da dengue, em Santa Catarina.

Os dados têm como foco apresentar o panorama da doença no período analisado, sendo um instrumento de auxílio para a elaboração de estratégias, ações e interlocuções entre as equipes técnicas.

Esse relatório atualiza sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica de dengue com dados até a Semana Epidemiológica (SE) n° 13 (01 de janeiro a 01 de abril de 2022).

O informe epidemiológico utiliza as informações dos casos suspeitos notificados pelos municípios no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN On-line). Esses dados estão disponíveis para os municípios, Secretarias Estaduais de Saúde e Ministério da Saúde. Diferente do Ministério da Saúde, que divulga os casos prováveis (todos os casos notificados, excluindo-se os descartados), a DIVE divulga os casos confirmados, suspeitos e descartados, por entender que dentre os casos prováveis, muitos estão aguardando resultados laboratoriais e investigação epidemiológica. A divulgação dos casos confirmados e descartados é feita após encerramento da investigação pelo município no SINAN On-line.

Perfil Epidemiológico

A tabela 1 descreve o perfil epidemiológico dos casos confirmados de Dengue segundo a classificação final, no Estado de Santa Catarina em 2022.

Tabela 1. Perfil dos casos confirmados de dengue no Estado de Santa Catarina, 2022.

Variável N Classificacao final
Dengue, N = 2,6531 Dengue com sinais de alarme, N = 221 Descartado, N = 2,2821 Inconclusivo, N = 551
Mês de início de sintomas 5,012
01 76 (2.9%) 0 (0%) 901 (39%) 55 (100%)
02 929 (35%) 9 (41%) 817 (36%) 0 (0%)
03 1,648 (62%) 13 (59%) 564 (25%) 0 (0%)
Sexo 5,007
Feminino 1,440 (54%) 10 (45%) 1,174 (52%) 30 (55%)
Masculino 1,211 (46%) 12 (55%) 1,105 (48%) 25 (45%)
Faixa etária 5,012
0-4 26 (1.0%) 0 (0%) 72 (3.2%) 4 (7.3%)
5-11 108 (4.1%) 1 (4.5%) 128 (5.6%) 0 (0%)
12-17 182 (6.9%) 1 (4.5%) 117 (5.1%) 5 (9.1%)
18-29 395 (15%) 3 (14%) 578 (25%) 18 (33%)
30-39 378 (14%) 3 (14%) 443 (19%) 8 (15%)
40-49 397 (15%) 3 (14%) 328 (14%) 8 (15%)
50-59 371 (14%) 2 (9.1%) 202 (8.9%) 4 (7.3%)
60-69 297 (11%) 3 (14%) 121 (5.3%) 2 (3.6%)
70-79 161 (6.1%) 3 (14%) 54 (2.4%) 0 (0%)
80+ 338 (13%) 3 (14%) 239 (10%) 6 (11%)
Escolaridade 3,958
1 a 4 série incompleta 152 (8.0%) 2 (9.1%) 211 (11%) 3 (7.0%)
4 a 8 série incompleta 195 (10%) 1 (4.5%) 140 (7.0%) 2 (4.7%)
Analfabeto 7 (0.4%) 1 (4.5%) 17 (0.9%) 0 (0%)
Até a 4 série completa 126 (6.7%) 1 (4.5%) 65 (3.2%) 1 (2.3%)
Ensino fundamental completo 182 (9.6%) 1 (4.5%) 162 (8.1%) 3 (7.0%)
Ensino Médio completo 421 (22%) 4 (18%) 498 (25%) 10 (23%)
Ensino Médio incompleto 141 (7.4%) 2 (9.1%) 123 (6.2%) 2 (4.7%)
Ensino Superior completo 226 (12%) 3 (14%) 196 (9.8%) 3 (7.0%)
EnsinoSuperior incompleto 38 (2.0%) 2 (9.1%) 62 (3.1%) 2 (4.7%)
Ignorado 319 (17%) 5 (23%) 378 (19%) 13 (30%)
Nao se aplica 86 (4.5%) 0 (0%) 148 (7.4%) 4 (9.3%)
Raça 5,008
Amarela 24 (0.9%) 0 (0%) 29 (1.3%) 2 (3.6%)
Branca 2,464 (93%) 21 (95%) 1,876 (82%) 40 (73%)
Ignorado 60 (2.3%) 0 (0%) 89 (3.9%) 4 (7.3%)
Indígena 1 (<0.1%) 0 (0%) 2 (<0.1%) 1 (1.8%)
Parda 89 (3.4%) 1 (4.5%) 203 (8.9%) 6 (11%)
Preta 13 (0.5%) 0 (0%) 81 (3.6%) 2 (3.6%)
Gestante 5,012
1 trimestre 5 (0.2%) 0 (0%) 9 (0.4%) 1 (1.8%)
2 trimestre 3 (0.1%) 0 (0%) 6 (0.3%) 0 (0%)
3 trimestre 3 (0.1%) 0 (0%) 6 (0.3%) 0 (0%)
Idade gestacional ignorada 6 (0.2%) 0 (0%) 4 (0.2%) 0 (0%)
Ignorado 39 (1.5%) 0 (0%) 44 (1.9%) 3 (5.5%)
Não 1,233 (46%) 9 (41%) 953 (42%) 22 (40%)
Não se aplica 1,364 (51%) 13 (59%) 1,260 (55%) 29 (53%)
Critério 4,958
Clínico/Epidemiológico 176 (6.6%) 0 (0%) 434 (19%) 0 (0%)
Em investigação 5 (0.2%) 0 (0%) 13 (0.6%) 1 (100%)
Laboratório 2,472 (93%) 22 (100%) 1,835 (80%) 0 (0%)
Caso autóctene 2,288
Indeterminado 29 (1.3%) 0 (0%) 1 (3.1%) 0 (0%)
Não 173 (7.7%) 2 (11%) 22 (69%) 1 (100%)
Sim 2,034 (91%) 17 (89%) 9 (28%) 0 (0%)
Hospitalização 3,259
ignorado 5 (0.2%) 0 (0%) 42 (4.1%) 0 (0%)
Nao 2,098 (95%) 3 (14%) 918 (90%) 14 (88%)
Sim 100 (4.5%) 18 (86%) 59 (5.8%) 2 (12%)
Evolução 3,169
Cura 2,513 (98%) 22 (100%) 265 (46%) 0 (0%)
ignorado 61 (2.4%) 0 (0%) 304 (53%) 1 (100%)
óbito por dengue 1 (<0.1%) 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%)
óbito por outras causas 0 (0%) 0 (0%) 2 (0.4%) 0 (0%)

1 n (%)

Tabela 2. Frequência de sinais e sintomas nos casos segundo a classificação final, Santa Catarina, 2022.

Variável N Classificacao final
Dengue, N = 2,6531 Dengue com sinais de alarme, N = 221 Descartado, N = 2,2821 Inconclusivo, N = 551
Febre 4,999
Não 308 (12%) 1 (4.5%) 479 (21%) 5 (11%)
Sim 2,343 (88%) 21 (95%) 1,803 (79%) 39 (89%)
Mialgia 4,999
Não 376 (14%) 3 (14%) 404 (18%) 13 (30%)
Sim 2,275 (86%) 19 (86%) 1,878 (82%) 31 (70%)
Cefaléia 4,999
Não 497 (19%) 2 (9.1%) 447 (20%) 12 (27%)
Sim 2,154 (81%) 20 (91%) 1,835 (80%) 32 (73%)
Exantema 4,999
Não 2,044 (77%) 19 (86%) 1,968 (86%) 40 (91%)
Sim 607 (23%) 3 (14%) 314 (14%) 4 (9.1%)
Vomito 4,999
Não 1,982 (75%) 12 (55%) 1,747 (77%) 34 (77%)
Sim 669 (25%) 10 (45%) 535 (23%) 10 (23%)
Nausea 4,999
Não 1,414 (53%) 5 (23%) 1,324 (58%) 26 (59%)
Sim 1,237 (47%) 17 (77%) 958 (42%) 18 (41%)
Dor nas costas 4,999
Não 1,731 (65%) 10 (45%) 1,485 (65%) 31 (70%)
Sim 920 (35%) 12 (55%) 797 (35%) 13 (30%)
Conjutivite 4,999
Não 2,451 (92%) 19 (86%) 1,949 (85%) 43 (98%)
Sim 200 (7.5%) 3 (14%) 333 (15%) 1 (2.3%)
Artrite 4,999
Não 2,269 (86%) 21 (95%) 1,985 (87%) 40 (91%)
Sim 382 (14%) 1 (4.5%) 297 (13%) 4 (9.1%)
Artralgia Intensa 4,999
Não 1,799 (68%) 12 (55%) 1,612 (71%) 35 (80%)
Sim 852 (32%) 10 (45%) 670 (29%) 9 (20%)
Petéquias 4,999
Não 2,310 (87%) 19 (86%) 2,116 (93%) 36 (82%)
Sim 341 (13%) 3 (14%) 166 (7.3%) 8 (18%)
Leucopenia 4,999
Não 2,453 (93%) 16 (73%) 2,204 (97%) 44 (100%)
Sim 198 (7.5%) 6 (27%) 78 (3.4%) 0 (0%)
Prova do laço positiva 4,999
Não 2,544 (96%) 20 (91%) 2,196 (96%) 42 (95%)
Sim 107 (4.0%) 2 (9.1%) 86 (3.8%) 2 (4.5%)
/dor retroorbital 4,999
Não 1,590 (60%) 6 (27%) 1,405 (62%) 31 (70%)
Sim 1,061 (40%) 16 (73%) 877 (38%) 13 (30%)

1 n (%)

Tabela 3. Frequência de doenças pré-existentes segundo a classificação final, Santa catarina, 2022.

Variável N Classificacao final
Dengue, N = 2,6531 Dengue com sinais de alarme, N = 221 Descartado, N = 2,2821 Inconclusivo, N = 551
Diabetes 4,999
Não 2,557 (96%) 18 (82%) 2,217 (97%) 42 (95%)
Sim 94 (3.5%) 4 (18%) 65 (2.8%) 2 (4.5%)
Doenças Hematológicas 4,999
Não 2,635 (99%) 21 (95%) 2,274 (100%) 44 (100%)
Sim 16 (0.6%) 1 (4.5%) 8 (0.4%) 0 (0%)
Hepatopatias 4,999
Não 2,630 (99%) 20 (91%) 2,267 (99%) 43 (98%)
Sim 21 (0.8%) 2 (9.1%) 15 (0.7%) 1 (2.3%)
Doença renal crônica 4,999
Não 2,638 (100%) 21 (95%) 2,267 (99%) 44 (100%)
Sim 13 (0.5%) 1 (4.5%) 15 (0.7%) 0 (0%)
Hipertensão Arterial 4,999
Não 2,382 (90%) 13 (59%) 2,120 (93%) 42 (95%)
Sim 269 (10%) 9 (41%) 162 (7.1%) 2 (4.5%)
Doença ácido-péptica 4,999
Não 2,628 (99%) 22 (100%) 2,271 (100%) 43 (98%)
Sim 23 (0.9%) 0 (0%) 11 (0.5%) 1 (2.3%)
Doença auto-imunes 4,999
Não 2,637 (99%) 22 (100%) 2,261 (99%) 43 (98%)
Sim 14 (0.5%) 0 (0%) 21 (0.9%) 1 (2.3%)

1 n (%)

Tabela 4. Número de casos de dengue segundo o município de infecção e classificação final.

Tabela 5. Número de casos de dengue segundo o município de residência e classificação final.

Tabela 6. Número de casos de dengue segundo a região de saúde do município de residência, Santa catarina, 2022.

Tabela 7. Número de casos de dengue segundo a região de saúde do município de infecção, Santa Catarina, 2022.

Gráfico 1. Número de casos segundo a data de início de sintomas, Santa Catarina, 2022.

Gráfico 2. Casos de dengue segundo o sexo e a data de notificação, Santa Catarina, 2022.

Gráfico 3. Pirâmide etária dos casos de dengue

Gráfico 4. Faixa etária segundo a data de início de sintomas, Santa Catarina, 2022.

Taxa de incidência

A taxa de incidência da dengue no Estado de Santa Catarina que no começo de 2022 era menor que 1 caso/100 mil habitantes, em março de 2022 chegou a atingir 6 casos/100 mil habitantes.

Gráfico 5. Taxa de incidência da dengue, segundo a data de início de sintomas, em Santa Catarina, 2022.

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