O crime em certas sociedades, possivelmente seja uma das manifestações mais presentes no dia-a-dia dos seus indivíduos. Quando se pensa em atitutde criminosa, algumas questões se levantam, por exemplo, O que é crime? Como surgiu esse tipo de conduta passível de punição? O que contribui para que um indivíduo cometa tal atitude? O crime seria um comportamento sempre igual em todas as sociedades, em qualquer momento da história? (DORNELLES, 2017).
Como podemos perceber, o crime, não se relaciona, aparentemente, como uma conduta que diz respeito à natureza anormal de alguns indivíduos. Ao contrário, é uma realidade variável, no tempo e no espaço, determinada por todo um complexo processo de formação da sociedade, em que as relações de poder desempenham um papel muito importante (DORNELLES, 2017).
O crime é um fenômeno ou evento anormal e de complexa explicação. A definição de crime varia de acordo com a forma de entendimento da sociedade (tentativa de suícidio no Brasil não é crime, porém na Inglaterra é passível de punição) e de acordo com a correlação de forças existente dentro desta (correlação de forças favorável aos setores populares, é tendenciosa à considerar crimes de pequenos delitos como vadiagem e furto simples menos graves que crimes contra a economia popular) (DORNELLES, 2017).
Diversos são os fatores que podem impactar um indivíduo de modo à contribuir para o desenvolvimento de um comportamento criminoso, Hunter e Dantzker (2002) citam alguns destes:
Diante disso, na busca de se desenvolver uma sociedade com baixos índices de criminalidade, é fundamental conhecer quais dentre os diversos fatores influenciadores de um comportamento criminoso, atuam com maior intensidade, quando analisados de forma simultânea, para assim, auxiliar as governanças, na medida do possível, à intervirem com políticas públicas que visem a redução da criminalidade.
Com base no anterior exposto, este trabalho possui como objetivo principal analisar, através de um modelo de regressão linear múltipla como se comportam as variáveis Educação, Renda Per Capita, Liberdade Monetária, Independência Judicial e a Confiabilidade da polícia quando analisadas simultâneamente, para explicar os níveis de criminalidade dos países. E, qual dessas possui maior influencia na variação desses níveis de criminalidade.
Os objetivos específicos deste estudo compreendem
A metodologia adotada neste trabalho consistiu, inicialmente, na construção de um banco de dados contendo algumas variáveis dos fatores que, segundo a bibliografia de referência, impactam no desenvolvimento de um comportamento criminoso em um indivíduo. Este foi construído por meio da reunião das seguintes variáveis: Índice de Criminalidade, Índice de Educação, Renda Per Capita, Liberdade Monetária, Índice de Independência Judicial e Confiabilidade da Polícia. As variáveis descritas são apresentadas a seguir:
Índice de Criminalidade (Crime Index): estimativa do nível de criminalidade em um país. Quanto maior a pontuação neste indíce maior a criminalidade do país. Fonte: https://www.numbeo.com/crime/rankings_by_country.jsp?title=2019&displayColumn=0;
Índice de Educação (Education Index): é uma média determinada pelos anos médios de escolaridade (de adultos) e anos esperados de escolaridade (de crianças), ambos expressos como um índice obtido por escala com os máximos correspondentes. Quanto maior o seu valor, melhor é a educação do país. Fonte: https://hdr.undp.org/en/indicators/103706;
Renda Per Capita (GNI Per Capita): renda nacional bruta, convertidas em dólares internacionais usando taxas de PPC, divididas pela população do meio do ano. Fonte: https://hdr.undp.org/en/indicators/195706;
Índice de Liberdade Monetária (Monetary Freedom): diz respeito à uma moeda estável e preços determinados pelo mercado. Quanto maior seu valor, mais estável é a moeda e os preços do mercado. Fonte: https://www.heritage.org/index/explore?view=by-region-country-year&u=637796020168463002;
Independência Judicial (Judicial Independence Index): índice que corresponde ao grau de independência judicial de um país. Quanto maior a pontuação maior a independência. https://www.fraserinstitute.org/resource-file?nid=14251&fid=16575;
Confiabilidade da Polícia (Index of Reliability of Police): índice que corresponde ao grau de confiabilidade da polícia de um país. Quanto maior a pontuação mais confiável é a polícia. Fonte: https://www.fraserinstitute.org/resource-file?nid=14251&fid=16575.
As variáveis elucidadas correspondem ao ano de 2019. Além disso, Renda Per Capita teve seus valores divididos por 1000 e Índice de Educação, Índice de Independência Judicial e Índice de Confiabilidade da Polícia tiveram seus valores multiplicados reespectivamente por 100, 10 e 10. Este artifício foi utilizado com o propósito de colocar todas as variáveis analisadas na mesma escala.
Também vale ressaltar, que foi inserido no banco de dados uma variável continente que se refere ao continente em que um determinado país se encontra. Ao total, 107 países foram analisados.
A tabela a seguir apresenta o banco de dados contruído para a analise:
#CARREGA A BIBLIOTECA "Knitr" PARA APRESENTAÇÃO DO BANCO DE DADOS#
library(knitr)
#CARREGA A BIBLIOTECA "KableExtra" PARA MANIPULAçÃO DA TABELA QUE ILUSTRA O BANCO DE DADOS#
library(kableExtra)
## Warning: package 'kableExtra' was built under R version 4.1.2
#ATRIBUI O BANCO DE DADOS À UMA VARIÁVEL#
BD <- readXL("C:/Users/jmachado/Desktop/JT/JT's personal stuff/Mestrado UFF - Civíl/Disciplinas/TCE11202 - Estatística aplicada à engenharia/Trabalho Final/Dados.xlsx", rownames=FALSE,
header=TRUE, na="", sheet="2019 - reduced", stringsAsFactors=TRUE)
#CONSTRÓI, MANIPULA E APRESENTA A TABELA#
kable(BD, row.names = FALSE) %>%
kable_styling( full_width = T,bootstrap_options = c("striped", "hover", "condensed", "responsive"),
position = "center", fixed_thead = T) %>%
scroll_box(width = "800px", height = "400px")
Country | Crime.Index | Education.Index | GNI.Per.Capita | Monetary.Freedom | Judicial.Independence.Index | Index.of.Reliability.of.Police | Continent |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Venezuela | 83.23 | 70.0 | 7.045 | 0.0 | 18.38609 | 13.70075 | South America |
Honduras | 76.84 | 49.9 | 5.308 | 73.0 | 45.65844 | 35.11134 | North America |
South Africa | 76.80 | 72.4 | 12.129 | 75.2 | 69.02005 | 36.53197 | Africa |
Trinidad And Tobago | 74.04 | 72.8 | 26.231 | 75.1 | 65.91054 | 35.92867 | South America |
Brazil | 70.24 | 69.4 | 14.263 | 75.5 | 55.00198 | 38.54661 | South America |
Namibia | 68.66 | 58.4 | 9.357 | 74.4 | 66.91243 | 54.33629 | Africa |
El Salvador | 68.08 | 55.5 | 8.359 | 79.0 | 47.29370 | 25.74862 | North America |
Kazakhstan | 66.51 | 83.0 | 22.857 | 70.9 | 42.43124 | 52.37974 | Asia |
Bangladesh | 65.82 | 52.9 | 4.976 | 69.9 | 30.59963 | 41.82017 | Asia |
Jamaica | 65.28 | 68.9 | 9.319 | 82.6 | 67.07945 | 42.45751 | Africa |
Peru | 65.28 | 74.0 | 12.252 | 83.9 | 51.90627 | 30.24580 | South America |
Nigeria | 64.41 | 49.9 | 4.910 | 65.0 | 48.78735 | 30.49840 | Africa |
Argentina | 62.55 | 85.5 | 21.190 | 60.2 | 50.72394 | 44.11544 | South America |
Dominican Republic | 61.35 | 66.6 | 17.591 | 79.7 | 42.53689 | 30.22858 | North America |
Malaysia | 60.79 | 72.6 | 27.534 | 78.6 | 63.19338 | 73.82178 | Asia |
Tanzania | 59.01 | 42.9 | 2.600 | 70.4 | 54.04253 | 51.62037 | Africa |
Costa Rica | 56.05 | 72.6 | 18.486 | 83.2 | 72.73615 | 60.29251 | North America |
Guatemala | 55.92 | 51.9 | 8.494 | 77.0 | 51.32802 | 33.18726 | North America |
Kenya | 54.82 | 53.4 | 4.244 | 72.7 | 52.38284 | 48.58559 | Africa |
Bolivia | 53.29 | 69.5 | 8.554 | 68.8 | 29.70690 | 27.19129 | South America |
Uganda | 53.27 | 52.3 | 2.123 | 80.1 | 46.61959 | 43.29974 | Africa |
Mexico | 52.30 | 70.3 | 19.160 | 75.9 | 47.21600 | 24.71419 | North America |
Uruguay | 52.01 | 76.5 | 20.064 | 72.9 | 77.57324 | 50.48768 | South America |
Ghana | 51.95 | 56.3 | 5.269 | 66.3 | 62.73925 | 50.90187 | Africa |
Zimbabwe | 51.80 | 58.7 | 2.666 | 72.4 | 45.33681 | 39.03265 | Africa |
Cambodia | 51.28 | 48.4 | 4.246 | 79.4 | 32.31728 | 37.26667 | Asia |
Colombia | 51.26 | 68.2 | 14.257 | 75.6 | 54.12395 | 43.27910 | South America |
Egypt | 50.71 | 61.8 | 11.466 | 62.3 | 55.08582 | 63.87291 | Africa |
Morocco | 50.24 | 56.9 | 7.368 | 83.5 | 59.39321 | 80.79685 | Africa |
Sweden | 49.35 | 91.8 | 54.508 | 82.0 | 82.01422 | 68.89842 | Europe |
Iran | 49.33 | 75.6 | 12.447 | 60.1 | 34.59361 | 51.33061 | Asia |
Ecuador | 48.98 | 70.2 | 11.044 | 73.5 | 38.86726 | 46.41941 | South America |
Ukraine | 48.88 | 79.9 | 13.216 | 58.6 | 40.45232 | 46.17341 | Europe |
Vietnam | 48.78 | 63.0 | 7.433 | 68.9 | 35.06278 | 53.03571 | Asia |
Algeria | 48.33 | 67.2 | 11.174 | 74.9 | 41.63700 | 63.47414 | Africa |
United States | 47.13 | 90.0 | 63.826 | 76.6 | 76.64309 | 78.09190 | North America |
Chile | 46.81 | 81.0 | 23.261 | 84.5 | 74.05757 | 77.87544 | South America |
Mauritius | 46.81 | 73.6 | 25.266 | 79.4 | 69.39298 | 61.37395 | Africa |
Pakistan | 46.73 | 40.2 | 5.005 | 72.6 | 53.34409 | 47.30052 | Asia |
Thailand | 46.66 | 68.2 | 17.781 | 75.2 | 54.09876 | 43.66262 | Asia |
Panama | 46.43 | 70.0 | 29.558 | 79.4 | 45.25981 | 54.63194 | North America |
France | 46.39 | 81.7 | 47.173 | 79.1 | 71.37827 | 70.99017 | Europe |
Indonesia | 46.01 | 65.0 | 11.459 | 77.4 | 58.85991 | 56.23829 | Asia |
China | 45.46 | 65.7 | 16.057 | 71.9 | 42.88743 | 59.81356 | Asia |
Moldova | 45.45 | 71.1 | 13.664 | 73.5 | 48.58982 | 44.19645 | Europe |
Italy | 45.02 | 79.3 | 42.776 | 84.0 | 61.34951 | 64.12752 | Europe |
Ireland | 44.52 | 92.2 | 68.371 | 87.0 | 78.34796 | 78.06760 | Europe |
Lebanon | 44.27 | 60.4 | 14.655 | 78.1 | 45.67228 | 46.43013 | Asia |
Jordan | 43.82 | 66.7 | 9.858 | 85.0 | 59.78634 | 79.75975 | Asia |
Bosnia And Herzegovina | 43.79 | 71.1 | 14.872 | 83.1 | 41.68156 | 45.02049 | Europe |
Australia | 42.76 | 92.4 | 48.085 | 86.6 | 84.35100 | 84.15890 | Oceania |
India | 42.72 | 55.5 | 6.681 | 72.4 | 62.29306 | 53.35418 | Asia |
United Kingdom | 42.72 | 92.8 | 46.071 | 81.2 | 77.16921 | 69.79100 | Europe |
Belgium | 42.46 | 90.2 | 52.085 | 76.1 | 75.70459 | 76.02104 | Europe |
Tunisia | 42.29 | 66.1 | 10.414 | 76.0 | 56.41413 | 57.78679 | Africa |
Russia | 41.93 | 82.3 | 26.157 | 65.1 | 41.60853 | 50.30617 | Asia |
Sri Lanka | 41.03 | 74.6 | 12.707 | 70.1 | 62.13080 | 49.34484 | Asia |
Philippines | 40.83 | 67.8 | 9.778 | 69.6 | 48.79564 | 33.40458 | Asia |
Montenegro | 40.48 | 80.3 | 21.399 | 81.6 | 61.30381 | 58.88666 | Europe |
Turkey | 40.38 | 73.1 | 27.701 | 70.0 | 37.61389 | 55.79870 | Asia |
Albania | 40.30 | 74.6 | 13.998 | 81.5 | 41.30178 | 56.07842 | Europe |
Bulgaria | 40.00 | 77.9 | 23.325 | 88.0 | 56.96764 | 47.61524 | Europe |
New Zealand | 39.55 | 92.6 | 40.799 | 87.5 | 86.55929 | 86.75330 | Oceania |
Canada | 39.51 | 89.4 | 48.527 | 77.2 | 79.91111 | 79.19775 | North America |
Macedonia | 39.29 | 70.4 | 15.865 | 78.7 | 37.16327 | 39.05971 | Europe |
Greece | 38.57 | 84.9 | 30.155 | 79.1 | 61.78345 | 51.24035 | Europe |
Serbia | 37.27 | 78.3 | 17.192 | 80.0 | 52.77910 | 51.20350 | Europe |
Latvia | 36.77 | 88.3 | 30.282 | 81.1 | 68.68872 | 61.95617 | Europe |
Lithuania | 36.51 | 89.8 | 35.799 | 84.6 | 71.14881 | 69.55748 | Europe |
Nepal | 36.44 | 52.1 | 3.457 | 69.4 | 50.91417 | 51.01217 | Asia |
Norway | 35.32 | 93.0 | 66.494 | 75.4 | 83.98516 | 79.75230 | Europe |
Hungary | 35.17 | 82.1 | 31.329 | 81.8 | 53.29819 | 59.06867 | Europe |
Germany | 34.51 | 94.3 | 55.314 | 77.9 | 76.54295 | 68.31223 | Europe |
South Korea | 34.05 | 86.5 | 43.044 | 82.0 | 60.36795 | 72.37449 | Asia |
Kuwait | 33.91 | 63.8 | 58.590 | 70.6 | 61.73395 | 65.98216 | Asia |
Malta | 33.53 | 82.5 | 39.555 | 78.2 | 65.50391 | 52.87719 | Europe |
Bahrain | 32.87 | 76.9 | 42.522 | 81.6 | 53.43840 | 89.50928 | Asia |
Spain | 32.46 | 83.1 | 40.975 | 87.5 | 70.31098 | 88.57854 | Europe |
Israel | 32.16 | 88.3 | 40.187 | 86.2 | 69.12729 | 68.20736 | Asia |
Portugal | 32.13 | 76.8 | 33.967 | 83.0 | 73.42039 | 79.72032 | Europe |
Azerbaijan | 31.67 | 71.1 | 13.784 | 63.0 | 38.88221 | 76.03726 | Asia |
Poland | 30.09 | 86.9 | 31.623 | 82.1 | 48.38307 | 51.48084 | Europe |
Saudi Arabia | 29.73 | 78.9 | 47.495 | 78.1 | 55.17260 | 87.42741 | Asia |
Slovakia | 29.54 | 82.6 | 32.113 | 78.6 | 55.57096 | 39.85552 | Europe |
Cyprus | 29.31 | 82.7 | 38.207 | 84.0 | 69.32628 | 64.00132 | Europe |
Luxembourg | 29.07 | 80.6 | 72.712 | 82.6 | 80.93557 | 85.94738 | Europe |
Netherlands | 28.57 | 91.4 | 57.707 | 84.0 | 81.59981 | 83.18674 | Europe |
Romania | 27.84 | 76.5 | 29.497 | 82.7 | 55.91190 | 65.93403 | Europe |
Czech Republic | 26.66 | 89.0 | 38.109 | 81.5 | 67.48636 | 66.43223 | Europe |
Croatia | 24.69 | 80.5 | 28.070 | 78.5 | 54.81214 | 54.43207 | Europe |
Denmark | 24.25 | 92.0 | 58.662 | 84.1 | 85.45601 | 80.89372 | Europe |
Belarus | 23.53 | 83.8 | 18.546 | 67.0 | 37.27994 | 55.20000 | Europe |
Iceland | 23.28 | 92.6 | 54.682 | 81.7 | 79.33473 | 90.18801 | Europe |
Oman | 22.83 | 71.8 | 25.944 | 77.7 | 60.29798 | 85.50882 | Asia |
Finland | 22.80 | 92.7 | 48.511 | 84.8 | 85.55769 | 95.38522 | Europe |
Slovenia | 22.57 | 91.0 | 38.080 | 83.6 | 62.22309 | 74.26980 | Europe |
Armenia | 22.00 | 74.0 | 13.894 | 77.8 | 49.87800 | 66.69861 | Asia |
Switzerland | 21.50 | 90.0 | 69.394 | 85.2 | 86.14639 | 90.49048 | Europe |
Singapore | 21.47 | 84.4 | 88.155 | 85.3 | 65.21895 | 91.88106 | Asia |
Austria | 21.37 | 86.5 | 56.197 | 81.5 | 77.83920 | 85.97590 | Europe |
Estonia | 20.80 | 88.2 | 36.019 | 79.6 | 77.26492 | 83.11063 | Europe |
Georgia | 19.86 | 86.2 | 14.429 | 76.0 | 54.18342 | 70.65310 | Europe |
Hong Kong | 19.32 | 88.0 | 62.985 | 86.4 | 78.04891 | 89.27875 | Asia |
United Arab Emirates | 16.32 | 80.2 | 67.462 | 80.9 | 59.57426 | 86.08658 | Asia |
Japan | 13.73 | 85.1 | 42.932 | 85.9 | 78.80261 | 87.23486 | Asia |
Qatar | 13.26 | 65.9 | 92.418 | 78.4 | 59.08625 | 79.20665 | Asia |
De posse do banco de dados, deu-se prosseguimento ao estudo, utilizando o programa R e as suas interfaces R Commander e R Console para realização das análises nos dados. Primeiramente, construiu-se os gráficos Boxplot utilizando as variáveis Continente e as variáveis Índice de Criminalidade, Índice de Educação, Renda Per Capita, Índice de Liberdade Monetária, Independência Judicial e Confiabilidade da Polícia.
Em seguida,foi gerada uma matriz de correlação entre as variáveis quantitativas. Posteriormente, foram construídos gráficos “Worldmap” entre a variável Continente e as demais quantitativas, objetivando ilustrar a intensidade destas de acordo com os países do globo.
Por fim, após a concepção dos gráficos desejados, partiu-se à etapa de verificação dos pressupostos necessários à construção do modelo de regressão linear múltipla, sendo estes: normalidade da distribuição dos erros ou resíduos do modelo, homocedasticidade e independência.
Sobre o pressuposto de normalidade, as hipóteses do problema são:
h0 (hipótese nula) = a distribuição segue uma normalidade;
h1 (hipótese alternativa)= a distribuição não segue uma normalidade.
Formuladas as hipóteses do problema, estabeleceu-se a regra de decisão para o p-valor a ser encontrado, sendo esta:
p-valor </= 0,05 - Rejeita-se a hipótese nula (h0);
p-valor >/= 0,05 - Não rejeita-se a hipótese nula (h0).
Após a determinação das hipóteses do problema e definição das regras de decisão, foi gerada a distribuição dos resíduos do modelo de regressão múltipla. De posse dos resíduos, utilizou-se o teste de Shapiro Wilk para então determinar se estes seguem uma distribuição normal ou não.
Para verificação do pressuposto de homocedasticidade, utilizou-se o método de Breusch-Pagan onde as hipóteses do problema são:
h0: a variância é constante, isto é, (sigma.1)² = (sigma.2)² = … = (sigma.n)²;
h1: a variância não é constante, ou seja, pelo menos um dos (sigma.i)² é diferente, em que i=1,.,n.
A regra de decisão definida segue conforme estabelecido no pressuposto de normalidade, onde:
p-valor </= 0,05 - Rejeita-se a hipótese nula (h0);
p-valor >/= 0,05 - Não rejeita-se a hipótese nula (h0).
O teste realizado para a determinação da homocedasticidade foi o de Breusch-Pagan.
Por fim, quanto ao pressuposto de independência, este foi assumido em virtude dos dados estarem no formato cross-section, isto é, dados de países coletados/construídos em um determinado período, no presente estudo, ano de 2019. Logo, os dados de um país não influenciam nos dados de outro.
No que se refere aos boxplots construídos, estes foram utilizados para ilustrar graficamente a variação da distribuição dos dados analisados. Os boxplots concebidos seguem apresentados abaixo:
#CONSTRÓI BOXPLOTS, ATRIBUINDO À UMA VARIÁVEL#
BP1<-Boxplot(Crime.Index~Continent, data=BD, id=list(method="y"), main="Boxplot Índice de Criminalidade x Continente", xlab="Continente",
col=c("#9932cc","#FFD700","#228B22","#FF0000","#1E90FF","#FF8C00"), pch=19, ylab="Índice de Criminalidade")
Infere-se a partir do gráfico acima, que pelo menos 75% dos países dos continentes africano, norte-americano e sul-americano possuem índices de criminalidade superior à 48. A América do Sul é o continente com maior número de países com índices de criminaidade elevados, sendo o primeiro quartil de sua distribuição maior que todos os valores de primeiro quartil da distribuição dos valores de índices de criminalidade dos outros continentes.
BP2<-Boxplot(Education.Index~Continent, data=BD, id=list(method="y"), main="Boxplot Índice de Educação x Continente",xlab="Continente",
col=c("#9932cc","#FFD700","#228B22","#FF0000","#1E90FF","#FF8C00"), pch=19)
No boxplot Índice de Educação x Continente, nota-se que todos os países analisados da Oceânia possuem índices de educação muito elevado, superior à 90. No caso da África, pelo menos 75% dos seus países possuem índices de educação baixos, inferior à 68. Observa-se também, que o continente asiático, possui um país com índice de educação muito inferior aos índices dos países deste continente, se comportando assim como outlier da distribuição. Este país é o Paquistão e seu Índice de Educação é 40,2.
BP3<-Boxplot(GNI.Per.Capita~Continent, data=BD, id=list(method="y"), main="Boxplot Renda Per Capita x Continente", xlab="Continente",
col=c("#9932cc","#FFD700","#228B22","#FF0000","#1E90FF","#FF8C00"), pch=19)
Já no boxplot de Renda Per Capita x Continente, percebe-se que a Ásia possui países com uma grande variabilidade renda per capita, possuindo ainda um país com valor de renda per capita extrapolado aos demais, sendo este Qatar (US92400). A América do Norte e África também possuem países outliers em suas distribuições de valores de renda per capita, sendo estes Estados Unidos (US63800) e Maurício (US25266), respectivamente. Nota-se também que todos os países da América do Sul e África possuem Renda Per Capita baixa.
BP4<-Boxplot(Monetary.Freedom~Continent, data=BD, id=list(method="y"), main="Boxplot Liberdade Monetária x Continente", xlab="Continente",
col=c("#9932cc","#FFD700","#228B22","#FF0000","#1E90FF","#FF8C00"), pch=19)
No boxplot Liberdade Monetária x Continete, infere-se que a distribuição de valores de Índices de Liberdade Monetária dos países dos continentes africano, asiático e sul-americano estão praticamente na mesma faixa, entre 60 e 86, aproximadamente. Percebe-se também que todos os países da Europa (com exceção de dois outliers, Bielorrússia (67) e Ucrânia (58,6)), América do Norte e Oceania, possuem índices de liberdade monetária elevados, superior a 70. Além disso, nota-se também que um país da América do Sul possui valor de índice de liberdade monetária extremamente inferior aos demais países deste continente, sendo este a Venezuela, possuindo valor nulo.
BP5<-Boxplot(Judicial.Independence.Index~Continent, data=BD, id=list(method="y"), main="Boxplot Índice de Independência Judicial x Continente", xlab="Continente",
col=c("#9932cc","#FFD700","#228B22","#FF0000","#1E90FF","#FF8C00"), pch=19)
No gráfico de Índice de Independência Judicial x Continente, percebe-se que todos os países analisados da Oceânia possuem índices de independeência judicial muito elevados, superior à 80 pontos. Nota-se também que a Ásia é o continente com maior número de países (75%) com índices de independência judicial baixo, inferior a 65 pontos.
BP6<-Boxplot(Index.of.Reliability.of.Police~Continent, data=BD, id=list(method="y"), main="Boxplot Índice de Confiabilidade da Polícia x Continente", xlab="Continente",
col=c("#9932cc","#FFD700","#228B22","#FF0000","#1E90FF","#FF8C00"), pch=19)
Por fim, no boxplot de Índice de Confiabilidade da Polícia x Continente, percebe-se que todos os países da América do Sul possuem valores baixos deste índice, com exceção do outlier Chile, registrando 77,88. No caso da Europa e Oceânia, 50% e 100% dos seus países, respectivamente, possuem elevados níveis de confiabilidade da polícia, superior à 60 pontos.
No que diz respeito à matriz de correlação criada, a mesma foi utilizada para identificar em que grau as variáveis analisadas se relacionam. Esta segue apresentada abaixo:
#CARREGA BIBLIOTECA "corrplot" PARA CONSTRUÇÃO DA MATRIZ#
library(corrplot)
#CONSTRÓI A MATRIZ DE CORRELAÇÃO#
MC<-cor(BD[,c("Crime.Index","Education.Index","GNI.Per.Capita","Monetary.Freedom", "Judicial.Independence.Index", "Index.of.Reliability.of.Police")], use="complete")
corrplot(MC,addCoef.col=TRUE,number.cex=.9, tl.cex=1.2)
De posse da matriz de correlação, nota-se Índice de Criminalidade se relaciona com todas as outras variáveis de forma decrescente, isto é, quanto maior esta menor todas as outras e vice versa. No que diz respeito à intensidade, nota-se que o grau de relação entre Índice de Criminalidade e Índice de Confiabilidade da Polícia é o maior quando comparado às demais relações de Índice de Criminalidade com as demais variáveis.
Os gráficos “worldmaps” criados, foram utilizados para ilustrar, por meio de escala de cores, a intensidade das variáveis analisadas nos países observados. Os referidos gráficos são apresentados a seguir:
#CARREGA A BIBLIOTECA "rworldmap"#
library(rworldmap)
mapDevice("x11") # Para aumentar o tamanho do worldmap
#CARREGA O BANCO DE DADOS#
BD1 <- readXL("C:/Users/jmachado/Desktop/JT/JT's personal stuff/Mestrado UFF - Civíl/Disciplinas/TCE11202 - Estatística aplicada à engenharia/Trabalho Final/Dados.xlsx", rownames=FALSE,
header=TRUE, na="", sheet="2019 - reduced", stringsAsFactors=TRUE)
#AGRUPA AS VARIÁVEIS EM CATEGORIAS#
BD1$Crime_Tracks <- with(BD1, binVariable(Crime.Index, bins=5, method='natural',
labels=c('Muito baixo','Baixo','Médio','Alto','Muito Alto')))
#CORRELACIONA O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS ANALISADO E O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS "rworldmap"#
capture.output(matched <- joinCountryData2Map(BD1, joinCode="NAME", nameJoinColumn="Country", verbose=FALSE), file = 'NUL')
# capture.output((..., verbose=FALSE), file = 'NUL') => utilizado para remover as mensagens impressas do tipo:
## XXX codes from your data successfully matched countries in the map
## X codes from your data failed to match with a country code in the map
## XXX codes from the map weren't represented in your data
# verbose=TRUE (Inserir este código dentro de "joinCountryData2Map" para Identificar Países não correspondentes)
#CONSTRÓI O WORLDMAP#
MAP1<-mapCountryData(matched, nameColumnToPlot="Crime_Tracks", mapTitle="
Níveis de Criminalidade dos Países", catMethod = "categorical", cut(include.lowest=TRUE), addLegend = FALSE, colourPalette = c('#ffc4ff','#a7ffa4', 'yellow', 'orange', 'red'), borderCol = "black", oceanCol = "#63b9db", missingCountryCol = "#FFFFFF")
#ADICIONA LEGENDA#
MAP1$legendText <- c('Muito Baixo (13,26 - 26,66) ','Baixo (27,84 - 37,27)','Médio (38,57 - 47,13)','Alto (48,33 - 59,01)','Muito Alto (60,79 - 83,23)')
### Foram utilizados espaços e paragrafos a mais em "mapTitle" e em "$legendText" para ajustar o título e as legendas no gráfico
#CHAMADA DA LEGENDA#
do.call(addMapLegendBoxes, c(MAP1,cex=0.65, pt.cex = 1.5, x='bottomleft',title="Níveis de Criminalidade", horiz=FALSE))
A partir do worldmap da criminalidade dos países, percebe-se que a maioria dos países da américa do sul possuem elevados índices de criminalidade. Já na nos países da América do Norte, Ásia e Oceânia, a grande maioria possui níveis médios de criminalidade.
mapDevice("x11") # Para aumentar o tamanho do worldmap
#AGRUPA VARIÁVEIS EM CATEGORIAS#
BD1$Education_Tracks <- with(BD1, binVariable(Education.Index, bins=5, method='natural',
labels=c('Muito Baixo','Baixo','Médio','Alto','Muito Alto')))
#CORRELACIONA O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS ANALISADO E O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS "rworldmap"#
capture.output(matched <- joinCountryData2Map(BD1, joinCode="NAME", nameJoinColumn="Country", verbose=FALSE), file = 'NUL')
#CONSTRÓI O WORLDMAP#
MAP2<-mapCountryData(matched, nameColumnToPlot="Education_Tracks", mapTitle="
Níveis de Educação dos Países", catMethod = "categorical", cut(include.lowest=TRUE), addLegend = FALSE, colourPalette = c('#ffc4ff','#a7ffa4', 'yellow', 'orange', 'red'), borderCol = "black", oceanCol = "#63b9db", missingCountryCol = "#FFFFFF")
#ADICIONA LEGENDA#
MAP2$legendText <- c('Muito Baixo (40,2 - 56,9) ','Baixo (58,4 - 67,2)','Médio (67,8 - 75,6)','Alto (76,5 - 85,5)','Muito Alto (86,2 - 94,3)')
### Foram utilizados espaços e paragrafos a mais em "mapTitle" e em "$legendText" para ajustar o título e as legendas no gráfico
#CHAMADA DA LEGENDA#
do.call(addMapLegendBoxes, c(MAP2,cex=0.65, pt.cex = 1.6, x='bottomleft',title="Níveis de Educação", horiz=FALSE))
De posse do gráfico dos níveis de educação dos países, nota-se que a maioria dos países com elevados índices de educação concentram-se na América do Norte, Europa, Asia e Oceânia.
mapDevice("x11") # Para aumentar o tamanho do worldmap
#AGRUPA VARIÁVEIS EM CATEGORIAS#
BD1$GNI_Tracks <- with(BD1, binVariable(GNI.Per.Capita, bins=5, method='natural',
labels=c('Muito Baixo','Baixo','Médio','Alto','Muito Alto')))
#CORRELACIONA O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS ANALISADO E O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS "rworldmap"#
capture.output(matched <- joinCountryData2Map(BD1, joinCode="NAME", nameJoinColumn="Country", verbose=FALSE), file = 'NUL')
#CONSTRÓI O WORLDMAP#
MAP2<-mapCountryData(matched, nameColumnToPlot="GNI_Tracks", mapTitle="
Níveis de Renda Per Capita dos Países", catMethod = "categorical", cut(include.lowest=TRUE), addLegend = FALSE, colourPalette = c('#ffc4ff','#a7ffa4', 'yellow', 'orange', 'red'), borderCol = "black", oceanCol = "#63b9db", missingCountryCol = "#FFFFFF")
#ADICIONA LEGENDA#
MAP2$legendText <- c('Muito Baixo (US$2123 - US$17192) ','Baixo (US$17591 - US$32113)','Médio (US$33967 - US$48527)','Alto (US$52085 - US$72712)','Muito Alto (US$88155 - US$92418)')
### Foram utilizados espaços e paragrafos a mais em "mapTitle" e em "$legendText" para ajustar o título e as legendas no gráfico
#CHAMADA DA LEGENDA#
do.call(addMapLegendBoxes, c(MAP2,cex=0.65, pt.cex = 1.6, x='bottomleft',title="Níveis de Renda Per Capita", horiz=FALSE))
No gráfico dos níveis de renda per capita dos países, percebe-se que a maioria dos países do globo possuem baixos níveis de renda per capita. Apenas dois países possuem renda per capita muita alta, sendo estes Qatar e Singapura.
mapDevice("x11") # Para aumentar o tamanho do worldmap
#AGRUPA VARIÁVEIS EM CATEGORIAS#
BD1$Money_Tracks <- with(BD1, binVariable(Monetary.Freedom, bins=5, method='natural',
labels=c('Muito Baixo','Baixo','Médio','Alto','Muito Alto')))
#CORRELACIONA O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS ANALISADO E O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS "rworldmap"#
capture.output(matched <- joinCountryData2Map(BD1, joinCode="NAME", nameJoinColumn="Country", verbose=FALSE), file = 'NUL')
#CONSTRÓI O WORLDMAP#
MAP2<-mapCountryData(matched, nameColumnToPlot="Money_Tracks", mapTitle="
Níveis de Liberdade Monetária dos Países", catMethod = "categorical", cut(include.lowest=TRUE), addLegend = FALSE, colourPalette = c('#ffc4ff','#a7ffa4', 'yellow', 'orange', 'red'), borderCol = "black", oceanCol = "#63b9db", missingCountryCol = "#FFFFFF")
#ADICIONA LEGENDA#
MAP2$legendText <- c('Muito Baixo (0)','Baixo (58,6 - 67,0)','Médio (68,8 - 74,4)','Alto (74,9 - 80,1)','Muito Alto (80,9 - 88,0) ')
### Foram utilizados espaços e paragrafos a mais em "mapTitle" e em "$legendText" para ajustar o título e as legendas no gráfico
#CHAMADA DA LEGENDA#
do.call(addMapLegendBoxes, c(MAP2,cex=0.65, pt.cex = 1.6, x='bottomleft',title="Níveis de Liberdade Monetária", horiz=FALSE))
No gráfico dos níveis de liberdade monetária dos países, nota-se que os países que possuem maiores níveis de liberdade monetária se concentram na Europa, Oceania e América do Norte.
mapDevice("x11") # Para aumentar o tamanho do worldmap
#AGRUPA VARIÁVEIS EM CATEGORIAS#
BD1$Judicial_Tracks <- with(BD1, binVariable(Judicial.Independence.Index, bins=5, method='natural',
labels=c('Muito Baixo','Baixo','Médio','Alto','Muito Alto')))
#CORRELACIONA O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS ANALISADO E O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS "rworldmap"#
capture.output(matched <- joinCountryData2Map(BD1, joinCode="NAME", nameJoinColumn="Country", verbose=FALSE), file = 'NUL')
#CONSTRÓI O WORLDMAP#
MAP2<-mapCountryData(matched, nameColumnToPlot="Judicial_Tracks", mapTitle="
Níveis de Independência Judicial dos Países", catMethod = "categorical", cut(include.lowest=TRUE), addLegend = FALSE, colourPalette = c('#ffc4ff','#a7ffa4', 'yellow', 'orange', 'red'), borderCol = "black", oceanCol = "#63b9db", missingCountryCol = "#FFFFFF")
#ADICIONA LEGENDA#
MAP2$legendText <- c('Muito Baixo (18,39 - 35,06) ','Baixo (37,164 - 47,29)','Médio (48,38 - 46,97)','Alto (58,86 - 71,38)','Muito Alto (72,74 - 86,56)')
### Foram utilizados espaços e paragrafos a mais em "mapTitle" e em "$legendText" para ajustar o título e as legendas no gráfico
#CHAMADA DA LEGENDA#
do.call(addMapLegendBoxes, c(MAP2,cex=0.65, pt.cex = 1.6, x='bottomleft',title="Níveis de Independência Judicial", horiz=FALSE))
No gráfico dos níveis de independência judicial, observa-se que os países com poder judiciário mais independente concentram-se na América do Norte, Europa e Oceânia.
mapDevice("x11") # Para aumentar o tamanho do worldmap
#AGRUPA VARIÁVEIS EM CATEGORIAS#
BD1$Reliability_Tracks <- with(BD1, binVariable(Index.of.Reliability.of.Police, bins=5, method='natural',
labels=c('Muito Baixo','Baixo','Médio','Alto','Muito Alto')))
#CORRELACIONA O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS ANALISADO E O NOME DOS PAÍSES DO BANCO DE DADOS "rworldmap"#
capture.output(matched <- joinCountryData2Map(BD1, joinCode="NAME", nameJoinColumn="Country", verbose=FALSE), file = 'NUL')
#CONSTRÓI O WORLDMAP#
MAP2<-mapCountryData(matched, nameColumnToPlot="Reliability_Tracks", mapTitle="
Níveis de Confiabilidade da Polícia dos Países", catMethod = "categorical", cut(include.lowest=TRUE), addLegend = FALSE, colourPalette = c('#ffc4ff','#a7ffa4', 'yellow', 'orange', 'red'), borderCol = "black", oceanCol = "#63b9db", missingCountryCol = "#FFFFFF")
#ADICIONA LEGENDA#
MAP2$legendText <- c('Muito Baixo (18,39 - 35,06) ','Baixo (37,164 - 47,29)','Médio (48,38 - 46,97)','Alto (58,86 - 71,38)','Muito Alto (72,74 - 86,56)')
### Foram utilizados espaços e paragrafos a mais em "mapTitle" e em "$legendText" para ajustar o título e as legendas no gráfico
#CHAMADA DA LEGENDA#
do.call(addMapLegendBoxes, c(MAP2,cex=0.65, pt.cex = 1.6, x='bottomleft',title="Níveis de Confiabilidade da Polícia", horiz=FALSE))
No gráfico dos níveis de confiabilidade da polícia dos países, nota-se que praticamente todos os países da américa do sul possuem baixos níveis de confiabilidade da polícia. Já os países, da América do Norte, Europa, Ásia e Oceânia, na sua maioria, possuem níveis de confiabilidade da polícia entre médio e muito elevado.
Os resíduos obtidos a partir do modelo de regressão linear múltipla seguem conforme abaixo:
#GERAÇÃO DOS RESÍDUOS DO MODELO DE REGRESSÃO LINEAR#
RegModel.1 <- lm(Crime.Index~Education.Index+GNI.Per.Capita+Monetary.Freedom+Judicial.Independence.Index+Index.of.Reliability.of.Police, data=BD)
#ARMAZENA OS RESÍDUOS DO MODELO DE REGRESSÃO NUM DATAFRAME
df.residuals <- data.frame(resid(RegModel.1))
#CONSTRÓI, MANIPULA E APRESENTA O DATAFRAME EM FORMATO DE TABELA#
kable(df.residuals, row.names = TRUE, col.names = "Resíduos do Modelo") %>%
kable_styling( full_width = T,bootstrap_options = c("striped", "hover", "condensed", "responsive"), position = "left", fixed_thead = T, row_label_position = r) %>%
scroll_box(width = "200px", height = "400px")
Resíduos do Modelo | |
---|---|
1 | 4.4615019 |
2 | 16.9641540 |
3 | 14.8419546 |
4 | 15.1949493 |
5 | 14.8815693 |
6 | 12.4876944 |
7 | 6.6424175 |
8 | 26.2165705 |
9 | 15.2239495 |
10 | 8.3583083 |
11 | 10.7182044 |
12 | -1.8398098 |
13 | 11.3856067 |
14 | 8.3309851 |
15 | 23.2838379 |
16 | 0.9137734 |
17 | 8.0371881 |
18 | -5.0118691 |
19 | -0.6033484 |
20 | -0.1627766 |
21 | -0.4293978 |
22 | -5.6177569 |
23 | -5.2532510 |
24 | -8.0040247 |
25 | -4.5030738 |
26 | -0.2597274 |
27 | -1.6219601 |
28 | 1.2739659 |
29 | 12.8399677 |
30 | 11.0638288 |
31 | 4.9056663 |
32 | 3.3683628 |
33 | 0.0415582 |
34 | 4.2893092 |
35 | 9.8342618 |
36 | 14.7831753 |
37 | 10.1077287 |
38 | 0.6755950 |
39 | -12.7669487 |
40 | -5.6441930 |
41 | 6.8555856 |
42 | 9.1941118 |
43 | -2.9588392 |
44 | 3.9573095 |
45 | -4.7627260 |
46 | 9.0742130 |
47 | 16.1368618 |
48 | -4.4235820 |
49 | 8.9127016 |
50 | 0.3108421 |
51 | 11.8558904 |
52 | -13.7468365 |
53 | 5.6551431 |
54 | 7.6505567 |
55 | -5.2457443 |
56 | -0.6965560 |
57 | -12.7737047 |
58 | -17.5025312 |
59 | -1.7345627 |
60 | 1.8828819 |
61 | 2.6436937 |
62 | -4.1280067 |
63 | 8.3039202 |
64 | 4.1820793 |
65 | -6.7667463 |
66 | -6.1461456 |
67 | -6.8103793 |
68 | -4.0167912 |
69 | 0.8115519 |
70 | -18.6930807 |
71 | 1.4021085 |
72 | -1.6573934 |
73 | -2.4492561 |
74 | 3.6812271 |
75 | -7.1553860 |
76 | -11.4394099 |
77 | 11.4770670 |
78 | 6.7413629 |
79 | -2.5367643 |
80 | -3.3274594 |
81 | -2.1366892 |
82 | -7.1771800 |
83 | 6.5807535 |
84 | -18.6614461 |
85 | -9.9138248 |
86 | -0.0631450 |
87 | -1.3799079 |
88 | -7.9460991 |
89 | -9.9565694 |
90 | -17.0476006 |
91 | -8.1489226 |
92 | -14.9494319 |
93 | -3.1650622 |
94 | -8.3619858 |
95 | -3.4961044 |
96 | -6.7550800 |
97 | -15.3781184 |
98 | -4.9510928 |
99 | 5.9447292 |
100 | -7.8275523 |
101 | -12.7533624 |
102 | -15.0178315 |
103 | -5.3266396 |
104 | -5.1971547 |
105 | -16.0126346 |
106 | -12.0672011 |
Os resultados do teste de Shapiro-Wilk seguem conforme a seguir:
#APLICAÇÃO DO TESTE DE SHAPIRO-WILK NOS RESÍDUOS OBTIDOS
normalityTest(~ RegModel.1[["residuals"]], test="shapiro.test", data=BD)
##
## Shapiro-Wilk normality test
##
## data: RegModel.1[["residuals"]]
## W = 0.98729, p-value = 0.4146
Como o p-valor do teste de normalidade dos resídos foi de 0,415, isto é, maior que 0,05 (valor estabelecido na regra de decisão), não foi possível rejeitar a hipótese nula. Em outras palavras, os resídos do modelo de regressão linear múltipla seguem uma distribuição normal, atendendo assim à este pressuposto.
Os resultados do teste de Breusch-Pagan seguem apresentados adiante:
#VERIFICAÇÃO DA HOMOCEDASTICIDADE - BREUSCH PAGAN#
library(zoo, pos=18)
library(lmtest, pos=18)
bptest(RegModel.1)
##
## studentized Breusch-Pagan test
##
## data: RegModel.1
## BP = 0.68756, df = 5, p-value = 0.9836
Como o p-valor do teste de homocedasticidade foi de 0,984, isto é, maior que 0,05 (ver regra de de decisão teste homocedasticidade), não foi possível rejeitar a hipótese nula, ou seja, a variância dos resídos é igual.
Assim como foi mencionado na metodologia, como os dados estão no formato cross section, assumiu-se a independência.
#RESUMO DO MODELO DE REGRESSÃO MÚLTIPLA#
RegModel.1 <- lm(Crime.Index~Education.Index+GNI.Per.Capita+Monetary.Freedom+Judicial.Independence.Index+Index.of.Reliability.of.Police, data=BD)
summary(RegModel.1)
##
## Call:
## lm(formula = Crime.Index ~ Education.Index + GNI.Per.Capita +
## Monetary.Freedom + Judicial.Independence.Index + Index.of.Reliability.of.Police,
## data = BD)
##
## Residuals:
## Min 1Q Median 3Q Max
## -18.693 -6.021 -0.650 6.827 26.217
##
## Coefficients:
## Estimate Std. Error t value Pr(>|t|)
## (Intercept) 95.35994 9.63327 9.899 < 2e-16 ***
## Education.Index -0.23532 0.10544 -2.232 0.02786 *
## GNI.Per.Capita -0.14511 0.07853 -1.848 0.06759 .
## Monetary.Freedom -0.33798 0.11600 -2.914 0.00441 **
## Judicial.Independence.Index 0.42025 0.09882 4.253 4.76e-05 ***
## Index.of.Reliability.of.Police -0.49803 0.08149 -6.112 1.91e-08 ***
## ---
## Signif. codes: 0 '***' 0.001 '**' 0.01 '*' 0.05 '.' 0.1 ' ' 1
##
## Residual standard error: 9.698 on 100 degrees of freedom
## Multiple R-squared: 0.6039, Adjusted R-squared: 0.5841
## F-statistic: 30.49 on 5 and 100 DF, p-value: < 2.2e-16
A partir do resumo do modelo de regressão linear múltipla, pôde-se constatar que apesar do modelo do regressão não possuir um poder de explicação elevado, isto é, um coeficiente de determinação R² alto (R² = 0,60), as variáveis preditores do modelo, atuando de forma simultânea, explicam a variação do Índice de criminalidade dos países da seguinte forma:
Índice de Educação: Controlando-se o efeito das demais variáveis, quanto menor o índice de educação de um país maior tende a ser o índice de criminalidade deste;
Renda Per Capita: Controlando-se o efeito das demais variáveis, quanto menor a renda Per Capita de um país maior tende a ser o índice de criminalidade deste;
Liberdade Monetária: Controlando-se o efeito das demais variáveis, quanto menos liberdade monetária tem um país maior tende a ser o índice de criminalidade deste;
Índice de Independência Judicial: Controlando-se o efeito das demais variáveis, quanto mais independente judicialmente for um país maior tende a ser o índice de criminalidade deste;
Índice de Confiabilidade da Polícia: Controlando-se o efeito das demais variáveis, quanto menor for a confiabilidade da população na polícia de um país, maior tende a ser o índice de criminalidade deste.
Através dos resultados apresentados neste estudo, constata-se que todas as variáveis preditoras analisadas contribuem para a variação dos índices de criminalidade dos países, sendo a confiabilidade da polícia (β5 = -0,498) e a independência judicial (β4 = 0,420) as variáveis de maior importância nesta variação, seguido das variáveis de liberdade monetária (β3 = -0,337), educação (β1 = -0,235) e renda (β2 = -0,145).
Conclui-se portanto que, com o propósito de reduzir o índice de criminalidade dos países, formuladores de políticas públicas devem direcionar seus esforços para a elaboração de políticas públicas cuja finalidade e ordem de prioridade seja:
1 - Investir na polícia: para que esta cumpra seu papel constitucional de forma ímpar, isto é, preservando a ordem pública, protegendo os índivíduos e seus patrimônios, investigando e repreendendo crimes e controlando a violência, para que assim, seu nível de confiabilidade aumente e, consequentemente, a criminalidade reduza (KOVANDZIC et al, 2016);
2 - Controlar o grau de independência judicial: um judiciário muito independente é passível de se tornar um demandante de crimes de suborno, por exemplo. Dá mesma forma que um judiciário muito dependente tende a facilitar crimes de corrupção, visto que não controlariam os poderes que os regem (RIOS-FIGUEROA, 2006);
3 - Buscar a liberdade econômica: que é composta também pela liberdade monetária. Sociedades economicamente livres necessitam de uma moeda estável e confiável como meio de troca, unidade de conta e reserva de valor. Sem liberdade monetária, é difícil criar valor a longo prazo ou acumular capital. Saha, Gounder e Su (2009) em seus achados também identificaram que a liberdade econômica auxilia na redução de crimes como os que envolvem corrupção;
4 - Investir em educação: corroborando os achados de Lochner (2020), políticas de educação contribuem para a redução da criminalidade. No caso dos Estados Unidos e Suécia, políticas de educação contribuem para redução de crimes como de propriedade e violência;
5 - Aumentar a Renda Per Capita: por meio de uma melhor distribuição da renda pela população. Desigualdade de renda é um dos fatores que contribuem para o aumento da criminalidade nos países (RUFRANCOS et al, 2013).
DORNELLES, J. R. W. O que é crime? Brasiliense, 2017;
HUNTER, R. D.; DANTZKER, M. L. Crime and criminality: Causes and consequences. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 2002;
KOVANDZIC, T. V. et al. Police, crime and the problem of weak instruments: Revisiting the “more police, less crime” thesis. Journal of quantitative criminology, v. 32, n. 1, p. 133-158, 2016;
LOCHNER, L. Education and crime. In: The economics of education. Academic Press, 2020. p. 109-117;
RIOS-FIGUEROA, J. Judicial Independence and Corruption: An Analysis of Latin America. Available at SSRN 912924, 2006;
RUFRANCOS, H et al. Income inequality and crime: A review and explanation of the timeâ series evidence. Sociology and Criminology-Open Access, 2013;
SAHA, S.; GOUNDER, R.; SU, J. The interaction effect of economic freedom and democracy on corruption: A panel cross-country analysis. Economics Letters, v. 105, n. 2, p. 173-176, 2009.