A realidade do Rio de Janeiro é muito dura. Há muita pouca gente em universidade pública. Há poucas vagas e elas são destinadas, em sua grande maioria, a pessoas de alta renda, que tendem a ter um estudo melhor durante o ensino médio.Um exemplo de políticas públicas que tenta mudar essa realidade é a lei de cotas, que separa uma parte das vagas em universidades públicas para pessoas de baixa renda. Porém, ela sozinha não é o suficiente.
Diante dessa ideia que os pré vestibulares sociais/comunitários/populares atuam. Seu objetivo principal é dar a oportunidade para pessoas de baixa renda a entrar em uma universidade e realizar o sonho de muitas famílias. Através de um grupo de voluntários que tem alguma ligação com as matérias do ensino médio, em sua maioria focados na prova do ENEM, e um local favorável, essas pessoas se disponibilizam para dar aula, sem qualquer tipo de recompensa financeira, para pessoas que não tiveram a oportunidade de estudarem em bons colégios e não tem condições de pagar um curso preparatório.
Esses aspectos escancaram que o Rio de Janeiro é extremamente desigual e essa desigualdade é marcada geograficamente. O munícipio foi estratégicamente planejado para separar os “pobres dos ricos”. A “alta sociedade” não tem interesse em se misturar com a “ralé”. Os interesses público e as redes de comunicação e a maioria dos investimentos públicos costumam se concentrar nas regiões mais ricas. Mas isso não pode ser assim.
As políticas públicas e assistências sociais devem estar onde precisa e não onde são mais bem visto pela mídia ou onde fica mais cômodo para o burguês. Não adianta investir em zonas ricas que já tem bastante suporte de capital privado, o Estado tem o dever de garantir educação para todos e para isso é necessário prestar mais atenção em áreas que necessitam.
O objetivo do presente estudo é contribuir para a pesquisa e ampliar o conhecimento dos pré vestibulares da cidade do Rio de Janeiro. Através de dados de renda per capita e da explanação dos pré vestibulares por Zonas do Rio, pretende-se entender se eles estão distribuiudos corretamente, atendendo a população que mais precisa (de baixa renda), ou confrome os interesses do corpo escolar.
Hipótese
Por se tratarem de iniciativas autônomas, coletivas, não institucionalizadas, sem financiamento e que dependem do trabalho voluntário, existem poucas pesquisas e poucos estudos sobre o assunto, visto que o município do Rio de Janeio não existe uma organização, coletivo ou grupo de pesquisa que faça esse levantamento e acompanhamento periódico. Assim, a pesquisadora Angela Cristina da Silva Santos, sob a orientação de Priscila Saemi Matsunaga, no Programa de Pós-graduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social - NIDES/UFRJ, desenvolveram o Pensando estratégias para o enfrentamento da evasão em pré-vestibulares populares: um estudo de caso na Maré – Rio de Janeiro/RJ que tem como extensão um mapeamento dos pré vestibulares voluntário do RJ e que servirá de base para esta pesquisa, disponível no link.O mapeamento, de onde foi tirada a tabela utilizada pode ser acessado através do link
library(readxl)
PreVest_Zonas <- read_excel("C:/Users/manue/Base_de_dados-master/PreVest_Zonas.xlsx")
View(PreVest_Zonas)
Para estudo de comparação, foi utilizado uma planilha disponibilizada pela Wikipédia e manipulada para que pudesse ser devidamente comparada com as (escassas) informações a respeito do mapeamento dos pré vestibulares. A planilha disponibilizada apresentava a renda per capita por bairro e ainda apresentava qual região cada bairro estava presendo. Sendo assim foi condensada e formou a panilha abaixo.
library(readxl)
ZonasRenda <- read_excel("C:/Users/manue/Base_de_dados-master/ZonasRenda.xlsx")
View(ZonasRenda)