Bullying
No filme ``Extraordinário``, é narrada a história de Auggie, um menino que nasceu com uma deformação facial e foi a primeira vez a escola com dez anos, pois tinha medo e vergonha do que iriam dizer. Analogamente à esse cenário, no Brasil, muitas crianças e jovens são vítimas de bullying. Dessa forma, esse problema mantém-se devido a omissão que leva a mudança de comportamento.
Em primeira análise, cabe destacar a falha de comunicação existente entre os alunos e a escola como o epicentro da questão. Segundo o sociólogo Karl Marx, ``O medo cala a boca dos inocentes e faz prevalecer a verdade dos culpados``. Nesse contexto, a ameaça por parte dos agressores faz as vítimas se sentirem intimidadas e por isso se silenciam. Dessa forma, a coação induz a reincidência da intimidação sistemática. Assim, é possível observar a necessidade dos mártires comunicarem a escola.
Ademais, a ausência de acompanhamento escolar agrava ainda mais as agressões físicas e psicológicas. Nesse sentido, a grande quantidade de alunos e poucos professores, leva a uma visão geral da turma, deixando passar mudanças comportamentais. No entanto, há a possibilidade da criança não ter tais transformações evidentes e mesmo assim ter problemas psicológicos, como a depressão, que quando não tratada pode acarretar o suicídio. Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, uma em cada cinco crianças pensam em suicídio após a agressão.
Infere-se, portanto, a necessidade de buscar uma melhoria para o apoio das vítimas de bullying. Para reverter esse quadro, o Ministério da Educação, junto as escolas brasileiras, deve promover uma maior interação das vítimas com as escolas, por meio da contratação de psicólogos especializados em bullying e depressão, a fim de gerar um bom convivio dentro das salas de aula. Desse modo, a longo prazo será possível construir uma sociedade onde Auggie se sinta confortável indo a escola.