Dimensões históricas e sociais da economia

Dimensões históricas e sociais da economia

Dimensões históricas e sociais da economia

Dimensões históricas e sociais da economia

Dimensões históricas e sociais da economia
Dimensões históricas e sociais da economia

O marco inicial da etapa científica da Teoria Econômica coincidiu com o período de evolução do conhecimento humano, nos séculos XVII e XVIII, delimitando e estabelecendo sua área de ação e suas fronteiras com outras ciências sociais. Apesar de despertar interesse dos povos, somente a partir do século XVIII a Economia tornou-se acadêmica. Adam Smith publicou seu primeiro livro, bastante conhecido mundialmente, “A Riqueza das Nações”, em 1776. Após mais de um século e meio decorrido entre o aparecimento de “A Riqueza das Nações” e a publicação da Teoria Geral, em 1936, por John Maynard Keynes, a Economia passou por muitos estágios de desenvolvimento. Em 1867, surgiu O Capital, a crítica mais radical ao capitalismo, de Karl Marx. Atualmente, percebemos que a Economia é observada e analisada sob diversos aspectos e acaba se interrelacionando, como veremos a seguir: a) Economia e Política: Essa interdependência é secular, pois sendo a política a arte de governar, ou o exercício do poder, é natural que esse poder tente exercer o domínio sobre a coisa econômica. Através de instituições, principalmente do Estado, os grupos de dominação procuram interferir numa distribuição de renda que lhes seja conveniente. b) Economia e Geografia – Os acidentes geográficos interferem no desempenho das atividades econômicas e, inúmeras vezes, as divisões regionais são realizadas para se produtivos, de localização de empresas, dos efeitos da poluição sobre o meio ambiente, do equilíbrio dado pelos custos de transporte, das economias de aglomeração urbana etc. Na verdade, todas as atividades econômicas têm um conteúdo espacial, que muitas vezes não se refere apenas aos custos de transporte.

  1. Economia e Sociologia – Quando a política econômica visa atingir os indivíduos de certas classes sociais, interfere diretamente no objeto da sociologia, isto é, a dinâmica da mobilidade social entre as diversas classes de renda. As políticas salariais ou de gastos sociais (educação, saúde, transportes, alimentação etc.) são exemplos que direta ou indiretamente influenciam essa mobilidade.

  2. Economia, Matemática e Estatística – A economia faz uso da lógica matemática e das probabilidades estatísticas. OBJETO DA CIÊNCIA ECONÔMICA A economia pode ser resumida à lei da escassez, ou seja, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade. Essa escassez dos recursos disponíveis acaba por gerar a escassez de bens, também conhecidos como “bens econômicos”. Temos matéria-prima abundante, mas as necessidades humanas, entendidas as econômicas, são ilimitadas, contudo, a sua satisfação é limitada pela escassez de recursos para produzir os bens de que necessitamos para satisfazer essas mesmas necessidades. Do eterno conflito entre nossas necessidades, que são ilimitadas, e a escassez dos recursos disponíveis para a produção dos bens e serviços que satisfaçam nossos desejos, emerge o objeto da Economia, a busca de respostas para três perguntas fundamentais:

  3. O que produzir?

  4. Como produzir?

  5. Para quem produzir? Concluindo, o objeto da Economia pode ser descrito como: com desejos ilimitados e recursos limitados, o problema fundamental da Economia é a ESCASSEZ.

O QUE É ECONOMIA

A palavra economia tem sua origem do grego oikos, que significa riqueza, patrimônio, e nomos, que significa estudo ou administração. Assim, podemos dizer que a ideia inicial de economia se restringe aos princípios de gestão dos bens privados. Como ciência, a Economia trata das relações econômicas entre os indivíduos na sociedade. Estuda os fenômenos relativos à produção, distribuição, acumulação e consumo de bens materiais. “Economia é a ciência social que se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos”, ou “Economia é o estudo da organização social, através da qual os homens satisfazem suas necessidades de bens e serviços escassos” (Equipe de Professores da USP, 2000, pag.13).