Quando filtramos somente para respondentes do Nordeste, temos uma amostra de tamanho n = 1194, ou seja, 90,87% das respondentes são da região Nordeste.
## Min. 1st Qu. Median Mean 3rd Qu. Max. NA's
## 14.00 25.00 35.00 36.57 46.00 86.00 9
## [1] "Desvio-padrão: 13.11"
A idade média das nordestinas foi de 36,57 anos com desvio padrão de 13,11 anos. Metada das respondentes têm 35 anos ou mais.
Abaixo vemos o histograma da distribuição de idades das respondentes nordestinas.
Como podemos ver no histograma, há uma alta frequência de respondentes com menos de 25 anos.
esc_tbl <- as.data.frame(table(nd_df$escolaridade_chefe))
names(esc_tbl) <- c("Escolaridade", "n")
esc_tbl
A maioria dos chefes de família, n = 733 (61,70%) possuem o Ensino Superior completo.
Amarela | Branca | Indígena | Negra | Parda | |
---|---|---|---|---|---|
Não | 9 | 98 | 3 | 48 | 119 |
Nunca tive | 0 | 15 | 0 | 8 | 33 |
Sim | 17 | 445 | 5 | 71 | 307 |
Amarela | Branca | Indígena | Negra | Parda | |
---|---|---|---|---|---|
Não | 3.25 | 35.38 | 1.08 | 17.33 | 42.96 |
Nunca tive | 0.00 | 26.79 | 0.00 | 14.29 | 58.93 |
Sim | 2.01 | 52.66 | 0.59 | 8.40 | 36.33 |
Dentre as pacientes que nunca tiveram plano de saúde (n = 56), a maioria 33 (58,93%) se consideram pardas. Quando se considera as mulheres com plano de saúde (n = 853), a maioria 445 (52,66%) se consideram brancas.
## Min. 1st Qu. Median Mean 3rd Qu. Max.
## 0.000 0.500 2.000 5.128 6.000 40.000
## [1] "Desvio-padrão:"
## [1] 8.074698
## Min. 1st Qu. Median Mean 3rd Qu. Max.
## 0.000 2.000 6.000 9.726 15.000 70.000
## [1] "Desvio-padrão:"
## [1] 10.37867
Utilizando o teste estatístico não paramétrico de Mann-Whitney, podemos afirmar que existe diferença significativa na média de preventivos realizados quando se compara mulheres que nunca tiveram plano de saúde, com aquelas que alguma vez na vida já o tiveram (p = 0.0001828). As mulheres que já tiverem plano de saúde realizam, em média, 3 (IC 95%: 1-5) preventivos a mais que àquelas que nunca tiveram plano de saúde.
Foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskall Wallis para testar a diferença na quantidade de filhos por faixa etário de início da vida sexual. Há diferença significativa entre os grupos etários (p < 0,05), e na comparação dois a dois, o grupo [10-15] se mostrou estatisticamente diferente dos grupos de [16-20] (p = 0,007) e [26+] (p = 0,004). Os outros grupos etários nãoapresentaram diferença estatisticamente sigificativa entre si (p > 0,05).
Vejamos as tabelas de contigência:
##
## [10-15] [16-20] [21-25] 26+
## Analfabeto / Fundamental I incompleto 5 18 5 1
## Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto 6 27 19 4
## Fundamental II completo/ Médio incompleto 2 22 13 8
## Médio completo/ Superior incompleto 27 204 75 13
## Superior completo 37 382 261 76
Proporção
Aqui, a proporção é calculada por coluna, ou seja, pela idade em que a mulher iniciou a vida sexual. Por exemplo, das mulheres que iniciaram a vida sexual na faixa etária [10-15], 6,49% estão na classe Analfabeto/Fund. I incompleto, enquanto que 48,05% estão na classe Superior Completo.
##
## [10-15] [16-20] [21-25]
## Analfabeto / Fundamental I incompleto 6.49 2.76 1.34
## Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto 7.79 4.13 5.09
## Fundamental II completo/ Médio incompleto 2.60 3.37 3.49
## Médio completo/ Superior incompleto 35.06 31.24 20.11
## Superior completo 48.05 58.50 69.97
##
## 26+
## Analfabeto / Fundamental I incompleto 0.98
## Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto 3.92
## Fundamental II completo/ Médio incompleto 7.84
## Médio completo/ Superior incompleto 12.75
## Superior completo 74.51
Também podemos analisar as proporções segundo as linhas. Por exemplo, das mulheres na classe Analfabeto/Fund. I Incompleto, a maioria delas (62,07%) inciaram a vida sexual entre 16 e 20 anos.
Perceba que, para todas as classes de escolaridade, a faixa de idade mais frequente foi a de 16 a 20 anos.
##
## [10-15] [16-20] [21-25]
## Analfabeto / Fundamental I incompleto 17.24 62.07 17.24
## Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto 10.71 48.21 33.93
## Fundamental II completo/ Médio incompleto 4.44 48.89 28.89
## Médio completo/ Superior incompleto 8.46 63.95 23.51
## Superior completo 4.89 50.53 34.52
##
## 26+
## Analfabeto / Fundamental I incompleto 3.45
## Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto 7.14
## Fundamental II completo/ Médio incompleto 17.78
## Médio completo/ Superior incompleto 4.08
## Superior completo 10.05
## Warning in chisq.test(tab_esc): Chi-squared approximation may be incorrect
##
## Pearson's Chi-squared test
##
## data: tab_esc
## X-squared = 46.363, df = 12, p-value = 6.007e-06
A associação entre as variáveis Escolaridade e Início da vida sexual é estatisticamente significativa (p < 0,001).
Para avaliar a natureza da dependência entre as variáveis podemos visualizar os gráficos a seguir:
Como interpretar este gráfico?
## corrplot 0.84 loaded
##
## [10-15] [16-20] [21-25]
## Analfabeto / Fundamental I incompleto 2.312 0.576 -1.327
## Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto 1.280 -0.608 0.400
## Fundamental II completo/ Médio incompleto -0.516 -0.483 -0.249
## Médio completo/ Superior incompleto 1.465 2.368 -2.389
## Superior completo -1.627 -1.368 1.764
##
## 26+
## Analfabeto / Fundamental I incompleto -0.929
## Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto -0.340
## Fundamental II completo/ Médio incompleto 2.147
## Médio completo/ Superior incompleto -2.695
## Superior completo 1.501
Existe uma forte associação entre a escolaridade Analfabeto/Fund. Comp. I e o início da atividade sexual na faixa etária de 10 a 15 anos (Azul escuro no gráfico acima).
Quando se observa a escolaridade Superior Completo, existe uma associação negativa (não associação) com o início da vida sexual nas faixas etárias de 10 a 15 anos e de 16 a 20 anos (Tons de vermelho no gráfico acima).
Também observa-se que a escolaridade Médio/Superior Completo também tem forte associação com o início da vida sexual precoce, nas faixas etárias de [10-15] e [16-20] anos.
Contribuições de cada categoria:
##
## [10-15] [16-20]
## Analfabeto / Fundamental I incompleto 11.5263113 0.7163803
## Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto 3.5345508 0.7961550
## Fundamental II completo/ Médio incompleto 0.5749685 0.5034918
## Médio completo/ Superior incompleto 4.6312218 12.0921114
## Superior completo 5.7099249 4.0346646
##
## [21-25] 26+
## Analfabeto / Fundamental I incompleto 3.7998740 1.8595509
## Fundamental I completo/ Fundamental II incompleto 0.3451758 0.2493354
## Fundamental II completo/ Médio incompleto 0.1337695 9.9451761
## Médio completo/ Superior incompleto 12.3151392 15.6616014
## Superior completo 6.7117029 4.8588942
Aqui, vamos filtrar somente para as mulheres sexualmente ativas (n = 999), pois somente estas tem possibilidade de ter filhos.
##
## Não Sim
## 208 999
A quantidade de filhos foi agrupada em:
Nenhum
1 ou 2
3 ou mais
Abaixo vemos a quantidade de registros em cada categoria:
Foi usado o teste de Kruskall-Wallis para verificar se há diferença significativa na quantidade de preventivos realizados em comparação com a quantidade de filhos. O teste resultou numa diferença significativa (p < 0.001). Quem teve filhos, realizou mais preventivos em média. As mulheres que não tiveram filhos, realizaram em média, 5.33 preventivos, enquanto que as mulheres que tiveram 1 ou 2 filhos e 3 ou mais filhos, realizaram em média 12.65 e 14.86 preventivos respectivamente. Na comparação dois a dois, não houve diferença significativa no número de preventivos no grupo de mulheres que tiveram 1 ou 2 filhos em relação às que tiveram 3 ou mais filhos (p = 1). Já quando comparadas com mulheres sem filhos, ambos os grupos (1 ou 2 filhos e 3 ou mais filhos) mostraram diferenças significativas (p < 0.0001). Assim, podemos concluir que mulheres com filhos, fazem mais preventivos que mulheres sem filhos.