Poema Em Linha Reta

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Poema Em Linha Reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil

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Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita
Indesculpavelmente sujo
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho

Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, absurdo Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas

Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante
Que tenho sofrido enxovalhos e calado
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes

Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar

Eu, que quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Pra fora da possibilidade do soco Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia Não, são todos o ideal, se os oiço e me falam Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil Ó príncipes, meus irmãos Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado Poderão ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil Vil no sentido mesquinho e infame da vileza Argh! Estou farto de semideuses Argh! Onde é que há gente? Onde é que há gente no mundo?