Making Off - Ciência e Filosofia da Mente

Thomas Kuhn - a ciência se desenvolve a partir de revoluções cientí?cas em intervalos específicos de tempo;

• Se desenvolve de acordo com o paradigma vigente;

• A ciência como "realmente é".

Karl Popper - critica a filosofia do positivismo lógico, que defendia o princípio do verificacionismo: qualquer hipótese, para ser científica, deve ser considerada "verificável";

• Propõe o critério de "falseabilidade" ou "falibilismo": toda proposição, para ser científica, deve ser falseável;
• A ciência "como deveria ser".

• A ciência se desenvolve e se renova permanentemente. O critério de falseabilidade se associa à ruptura de paradigmas científicos, já o verificacionismo tem como princípio básico a idéia de verdade, que se estabiliza em determinado momento;
• Por questões normativas, adotaremos a concepção de ciência de Popper;
• "Para serem classificadas como científicas, as assertivas devem ser capazes de entrar em conflito com observações possíveis ou concebíveis".

1. Toda definição é incompleta;
2. A própria complexidade do tema;
3. Falta de acordo entre as definições.

• Para ser aplicado à estatística, o conhecimento requer o exercício da lógica, da razão e do entendimento sobre o empiricismo.
• Lógica e razão: Tentaremos utilizá-las durante todo o curso. Ex: Seres humanos são capazes de usar a linguagem. João é um ser humano. Logo...
• Empiricismo: teoria epistemológica que afirma que todo o conhecimento deriva da experiência e, consequentemente, dos sentidos.

• Determinismo: Conseguimos estabelecer relações de causa e efeito em fenômenos da natureza. Para nosso caso, determinismo estatístico;
• Objetividade: A natureza dos fenômenos pode ser verificada por observações sistemáticas;
• Desenvolvimento de Teorias: Podem ser formadas através do método indutivo e dedutivo.

• Partindo de dados particulares constatados, infere-se uma verdade geral ou universal;
• Três etapas: 1. observação dos fenômenos; 2. descoberta da relação entre eles; 3. generalização da relação;
• Exemplo:
  1. Maluf, político, tem dinheiro em paraísos fiscais;
  2. Serra, político, tem dinheiro em paraísos fiscais;
  3. Todo político tem dinheiro em paraísos fiscais.

• Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira;
• Toda a informação ou conteúdo factual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, nas premissas;
• Exemplo:
  1. Todo mamífero tem coração.
  2. Eu sou um mamífero.
  3. Logo, eu tenho coração.

• Conclusões baseadas em evidências;
• Formulação de questões que podem ser respondidas pelos métodos existentes;
• Desenvolvimento de teorias que podem ser refutadas (falseadas).

• Objetividade: Nem todos os fenômenos podem ser observados objetivamente;
• Generalização: A limitacão apresentada pela metáfora dos Cisnes de Popper.

Objetivos:

• Descrever fenômenos, identificando a frequência e ordem de ocorrência;
• Predizer fenômenos;
• Explicar fenômenos;
• Controlar fenômenos;
• Aplicar os conhecimentos de pesquisa no mundo real.

• Diversas definições;
• Uma delas: "parte da matemática em que se investigam os processos de obtenção, organização e análise de dados sobre uma população, e os métodos de tirar conclusões e fazer predições com base nesses dados" (Castanheira, 2008).

• Descrição - medidas de tendência central (media, mediana, moda) e variação (desvio padrão, variância, distância interquartil);
• Predição - métodos de regressão;
• Explicação - métodos de equação estrutural, diferenças entre grupos, etc.;

A análise de dados é mais uma arte do que uma ciência!!!

• Medida por lei (Stevens): comum nas ciências sociais e do comportamento;
• Mede-se por lei quando se quer demonstrar empiricamente que dois ou mais atributos estruturalmente diferentes mantêm entre si relações sistemáticas”;
• Em Psicologia: História da Psicofísica e Análise Experimental do Comportamento.

• O problema da representação ou isomorfismo - Vale a pena usar números?
• O problema da unicidade da representação - Vale a pena SÓ usar números?
• O problema do erro de medida - A observação dos fenômenos empíricos é sempre sujeita a erros em função do instrumental de observação e das diferenças individuais do observador, além de erros aleatórios.

1. Identidade - Define o conceito de igualdade;
2. Ordem - Todo número é diferente do outro por quantidade;
3. Aditividade - Os números podem ser somados (e multiplicados).

• Nominal - Os números servem somente para identificar elementos a que foram atribuídos. Ex: gênero, curso;
• Ordinal - Ordena os objetos segundo o grau em que eles possuem um dado atributo. Ex: Escala likert;
• Intervalar - É possível quantificar distâncias entre as medições. Ex: BDI, IHS, testes psicológicos em geral;
• Razão - É possível quantificar as distâncias, além de possuir um zero. Ex: Idade.

• Para ser científica, uma teoria deve ser falseável;
• A ciência deveria avançar com refutações de conhecimentos estabelecidos;
• Importante: empirismo, objetividade, lógica;
• Medida em ciências humanas X ciências exatas;
• Antes de medir, justifique-se;
• Níveis de medida - nominal, ordinal, intervalar e razão.

An introduction to psychometric theory with applications in R http://www.personality-project.org/r/book/ Castanheira, N.P. (2008). Estatística aplicada a todos os níveis. Curitiba: Ibpex. Michell, J. (1999). Measurement in psychology critical history of a methodological concept. New York: Cambridge University Press. Pasquali, L. (2003). Psicometria: teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis: Vozes. Popper, K. R. (2008). Conjecturas e Refutações. (S. Bath, Trad.). Brasilia: Editora Universidade de Brasília.