Fonte: PharmPress
\(MEC\) = Minimum effective concentration
\((C_p)_{max}\) = \(C_{max}\) = Peak plasma concentration
\(T_{max}\) = Peak time
\(T_{1/2}\) = Biological half-life
Onset of action ~ \(\frac{T_{max}.MEC}{(C_p)_{max}}\)
Fonte: Church & Church, 2013
| Droga | T12 (h) |
|---|---|
| Difenidramina | 8.61 |
| Clorfeniramina | 27.00 |
| Hidroxizina | 25.00 |
| Prometazina | 19.00 |
| Droga | Dose | Ki | RO4 | RO24 |
|---|---|---|---|---|
| Desloratadina | 5 | 0.4 | 71 | 43 |
| Fexofenadina | 120 | 10.0 | 95 | 12 |
| Levocetirizina | 5 | 3.0 | 90 | 57 |
Alguns casos de alergia refratária, é possível aumentar a dose dos antialérgicos em até 4 vezes a dose convencional, sem efeitos adversos notáveis.
Em geral, parece ser mais efetivo utilizar combinação de inibidores de H1 + H2 do que inibidores de H1 isoladamente. Por exemplo:
Fonte: Staevska et al., 2010
Em casos de urticária refratária ao tratamento, 75% dos pacientes respondem bem a superdosagens (até o quádruplo da dose convencional) de levocetirizina ou desloratadina, até um máximo de 20 mg de cada droga, em monoterapia.
Fonte: Lin et al., 2000
Inibidores de H1 (50 mg difenidramina) + Inibidores de H2 (50 mg ranitidina) são mais efetivos que Inibidores de H1 isoladamente (50 mg difenidramina) para o tratamento de síndromes alérgicas.
Fonte: Runge et al., 1992
Inibidores de H1 (50 mg IV difenidramina) são mais efetivos que inibidores de H2 (300 mg IV cimetidina) para tratamento do prurido de alergias. Contudo, o tratamento combinado de inibidores de H1+H2 é mais efetivo que inibidores de H1 isoladamente para o tratamento de urticária aguda.
Fonte: e Palungwachira et al., 2020
Dexametasona oral aumenta a recorrência de urticária, em relação aos pacientes tratados somente com Clorfeniramina.
Fonte: Elis et al., 2020
O tratamento padrão para choques anafiláticos é a injeção de adrenalina no músculo reto lateral da coxa, podendo ser aplicado até duas doses, a segunda após um intervalo de 10 minutos. Contudo, no Brasil essa possibilidade não existe, o que nos obriga a procurar por tratamentos alternativos.
Os tratamentos adjuvantes são os anti-H1 IV (primeira geração), VO (segunda geração), e anti-H2
Além dos tratamentos citados acima, que têm efeito em síndromes alérgicas, há tratamentos que ainda necessitam de comprovação de efeito, como:
O azul de metileno aumenta a pressão arterial média em 6 mmHg, sem diferença na mortalidade, segundo meta-análise (Pasin et al., 2013). Pode ser usado em choque vasodilatatório (Zhang et al., 2017)
Anti-H1
O receptor H1 é constitutivo, ou seja, ele é constantemente ativado em níveis baixos, mesmo sem ligante. Quando a histamina se liga, ele aumenta a sua atividade.
A maioria dos anti-histamínicos age como agonista inverso do receptor H1. Ou seja, os fármacos se ligam ao receptor H1 e diminuem a sua atividade constitutiva.
Esses fármacos normalmente atravessam a barreira hematoencefálica, causando sedação. Esse efeito é desejado nos pacientes com insônia (e.g. difenidramina e doxilamina).
Outra função desses fármacos é reduzir a inflamação, uma vez que a ativação constitutiva do H1 implica na expressão de NF-kB. Esse efeito é desejado para poupar o uso de AINEs (e.g. hidroxizina, prometazina, feniltoloxamina, orfenadrina e tripelenamina).
Anti-H2
São geralmente usados pelo efeito inibidor de secreção gástrica, mas também possuem efeito no tratamento combinado de alergias.
Boas opções de tratamento:
Fonte: Li et al., 2018
Mometasona IN 200μg + Ebastina VO 10 mg > Ebastina VO 20 mg (P < 0.001)
Fonte: Berger & Meltzer, 2015
Azelastina + fluticasona (Dymista) > Corticoide intranasal (ação em 30 min)
Fonte: Weiner, 1998
Corticoides intranasais > Anti-H1 orais (OR 0.08-0.8)
Fonte: Meltzer et al., 2000
Montelukast 10 mg + Loratadina 10 mg > monoterapia (P < 0.001)
Contudo, outro estudo realizado 2 anos depois não encontrou diferença entre montelukast/loratadina vs monoterapia com loratadina.
Fonte: Schapowal, 2001
Petasides hybridus (Antilerg, butterbur) tem efeito equivalente a cetirizina, causando menos sedação.
Fonte: Kokan et al., 2017
Fexofenadina/Pseudoefedrina + Mometasona por duas semanas > Mometasona monoterapia
Fonte: Snidvongs et al., 2017
Fexofenadina = levocetirizina.
Fonte: Mahatme et al., 2016
Montelukast-fexofenadina > montelukast-levocetirizina (p <0.05)
Fonte: DuBuske, 2005
Para o tratamento de congestão nasal na rinite alérgica:
É mais informativa antes de 40 semanas gestacionais. A técnica utilizada é a dos 4 quadrantes, sendo a maior medida registrada. O oligoâmnio é um indicativo de sofrimento fetal crônico.
df <- fread("ILA, Classificação
< 3, Oligoâmnio grave
< 5, Oligoâmnio
5.1 - 8, Reduzido
8.1 - 18, Normal
18.1 - 24.9, Aumentado
> 25, Polidrâmnio", sep = ",", fill = T, header = T)
kable(df) %>%
kable_styling(bootstrap_options = "striped", full_width = F)
| ILA | Classificação |
|---|---|
| < 3 | Oligoâmnio grave |
| < 5 | Oligoâmnio |
| 5.1 - 8 | Reduzido |
| 8.1 - 18 | Normal |
| 18.1 - 24.9 | Aumentado |
| > 25 | Polidrâmnio |
df <- fread("Parâmetro, normal, atípico, anormal
Linha de base, 110 - 160, 100 - 110<br>>160<br>por <30 min, <100 ou >160<br>por 30 min
Variabilidade, 6 - 25<br><6 por <40 min, <6 por >40 min, <6 por >80 min<br>>25 por >10 min
Desacelerações, Ocasional < 30 s, 30-60 s, >60 s ou tardia
Acelerações<br>>15s >15 bpm se >32 sem<br>>10s >10 bpm se <32 s, 2+ acelerações <40 min, <2 acelerações<br>em > 40 min, <2 acelerações<br>em > 80 min
Ação, Reavaliação opcional, Reavaliação necessária, Conduta urgente<br>US e PBF<br>Terminar a gestação?", sep = ",", fill = T, header = T)
kable(df, escape = FALSE) %>%
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| Parâmetro | normal | atípico | anormal |
|---|---|---|---|
| Linha de base | 110 - 160 | 100 - 110 >160 por <30 min |
<100 ou >160 por 30 min |
| Variabilidade | 6 - 25 <6 por <40 min |
<6 por >40 min | <6 por >80 min >25 por >10 min |
| Desacelerações | Ocasional < 30 s | 30-60 s | >60 s ou tardia |
| Acelerações >15s >15 bpm se >32 sem >10s >10 bpm se <32 s |
2+ acelerações <40 min | <2 acelerações em > 40 min |
<2 acelerações em > 80 min |
| Ação | Reavaliação opcional | Reavaliação necessária | Conduta urgente US e PBF Terminar a gestação? |
O Índice de Bishop traz informações a respeito da maturidade cervical.
| Pontuação | Conduta |
|---|---|
| < 6 | Preparar o colo |
| 6 - 8 | Provavelmente ocitocina |
| > 8 | Ocitocina |
df <- fread("Caracter, 0, 1, 2, 3
Esvaecimento, 0-30, 40-50, 60-70, 80
Consistência, Firme, Média, Amolecida, -
Posição, Posterior, Mediana, Anterior, -
Altura, -3, -2, -1/0, +1/+2", sep = ",", fill = T, header = T)
kable(df) %>%
kable_styling(bootstrap_options = "striped", full_width = F)
| Caracter | 0 | 1 | 2 | 3 |
|---|---|---|---|---|
| Esvaecimento | 0-30 | 40-50 | 60-70 | 80 |
| Consistência | Firme | Média | Amolecida | - |
| Posição | Posterior | Mediana | Anterior | - |
| Altura | -3 | -2 | -1/0 | +1/+2 |
As indicações para prostaglandinas
As contraindicações de prostaglandinas
Características do misoprostol
A hemorragia pós parto é a principal causa de morte em puérperas. Podemos organizar, em ordem de importância clínica, as causas de hemorragia da seguinte maneira.
Tônus (atonia ou hipotonia)
Tecido (placenta, cotilédones, membranas, acretismo)
Traumas (episiotomia, rotura de artérias, lesão de bexiga)
Trombos (discrasias sanguíneas)
Fonte: Borgelt et al., 2016
15-32% das mulheres podem apresentar aumento na frequência ou severidade das convulsões na gestação devido ao aumento estrogênico e progestagênico.
Mulheres sem convulsões por 9 meses prévios à gestação permanecerão sem convulsões durante toda a gestação em 84-92% dos casos, caso mantenham o regime terapêutico prévio.
A mortalidade materna é 10x maior em epilépticas do que em não epilépticas (Odds Ratio).
Os fetos de mães epilépticas têm mais risco de má-formações, possivelmente devido à exposição a antiepilépticos.
Devido a essa incidência aumentada, preconiza-se o uso de monoterapia, em vez de politerapia, para o tratamento das convulsões. Contudo, há discussão se o problema está na politerapia per se, ou na adição do valproato de sódio, um grande teratogênico.
Em casos graves (e.g. epilepsia genética generalizada), antes de considerar a iniciação de valproato, é possível tentar combinações com levetiracetam e lamotrigina, cuja teratogenicidade é menor.
É importante considerar que a interrupção abruta do medicamento antiepiléptico durante a gestação, por medo da teratogenicidade, pode levar a complicações graves para a mãe, inclusive morte.
Perda da gestação antes das 20 semanas de gestação. A OMS define como expulsão de um embrião (10 semanas ou menos) ou feto com 500 g ou menos.
Dentre todas as gestações
Dentre todos os abortamentos
Dentre as cromossomopatias
Incidência de cromossomopatias
Em gestantes
O metronidazol não está associado à teratogenicidade ou a outros eventos adversos no feto Brocklehurst et al., 2013, apesar de atravessar a barreira placentária.
O tratamento é feito apenas em pacientes sintomáticas.
Em não gestantes
Nas não gestantes, é possível, opcionalmente, tratamento por creme ou supositório vaginais. Não consumir etanol.
Tratar as recorrências preventivamente ou por um curso mais longo, com antibiótico diferente.
Seleção de bactérias com aumento significativo (p > 0.05) Ordenadas por porcentagem de achados
Fonte: Verbeek et al., 2020
Algumas proteções são mais efetivas que outras para evitar infecções, mas um estudo identificou uma parcela relativamente equivalente de proteção conferida por cada uma das proteções a seguir.
Contudo, o uso de N95 não parece ser superior ao uso de máscaras cirúrgicas em diversas circunstâncias, um achado repetido por diversos estudos clínicos randomizados, coortes e casos-controle.
Fonte: Smith et al., 2016
Fonte: Doremalen et al., 2020
Um estudo identificou o tempo de duração das partículas virais de SARS-CoV-2 em diversas superfícies.
Fonte: Zou et al., 2020
Um estudo identificou que a cada ~2 dias, a carga viral do RT-qPCR nasal + orofaríngeo cai pela metade, tornando-se praticamente indetectável após 10 dias de sintomas. Contudo, eles também identificaram que os maiores níveis de carga viral aparecem no primeiro dia de sintomas, o que sugere que a carga viral e a transmissibilidade já inicia em grande parte antes do início dos sintomas.
Fonte: Han et al., 2020
Em um estudo com crianças, a carga viral no dia 0 do início dos sintomas se aproxima de \(10^8\) cópias/mL de secreção nasofaríngea, chegando a \(10^2\) cópias/mL (quase negativação) após 35 dias. A carga viral média no caso de amostra salivar é a mesma no início, mas a quase negativação é atingida antes, após ~15 dias do início dos sintomas. A carga viral inicial era maior em crianças sintomáticas do que em crianças assintomáticas (\(10^9\) vs \(10^{6.32}\) cópias/mL).
Fonte: Stadnytskyi et al., 2020
Um estudo estimou que se uma pessoa com carga viral salivar de \(10^{6.85}\) cópias/mL fala alto em um ambiente fechado, ele libera 1000 aerossóis contendo vírions por minuto, os quais permanecem no ar por 8 minutos. As partículas que mais demoram no ar são aquelas que saem da boca hidratadas da boca com um diâmetro de >\(12\mu m\). Partículas menores também são emitidas e podem permanecer indefinidamente em suspensão, com meia-vida controlada somente pela taxa de ventilação ambiente, mas a chance de uma partícula de \(1\mu m\) conter um vírion é de somente 0.01%.
Fonte: Chu et al., 2020
Máscaras distanciamento social e proteção ocular, cada um contribui isoladamente para reduzir as chances de infecção.
Contudo, não é possível avaliar se o uso de máscaras contribui devido ao comportamento associado a ela, como evitar tocar o rosto e o fato de pessoas evitarem se aproximar de outras que estejam usando máscaras.
Fonte: Marchiori et al., 2020
Por exemplo, um grupo italiano identificou que há um distanciamento maior de pessoas com máscaras em calçadas.
Fonte: MacIntyre et al., 2015
O uso de máscaras cirúrgicas é mais protetor que o uso de máscaras caseiras, mas quando o ensaio clínico randomizado que afirma isso foi realizado, não havia muito rigor e instrução a respeito do uso de máscaras caseiras, que potencialmente eram reutilizadas e lavadas/desinfectadas apenas a critério individual.
Síndrome gripal (RR)=13.00, 95% CI 1.69 to 100.07 ILI (RR=6.64, 95% CI 1.45 to 28.65) and laboratory-confirmed virus (RR=1.72, 95% CI 1.01 to 2.94) Penetration of cloth masks by particles was almost 97% and medical masks 44%
Fonte: Leung et al., 2020
Um estudo publicado na Nature testou a capacidade das máscaras cirúrgicas em reduzir a carga viral emitida pela tosse. Eles subdividiram o estudo por partículas menores de \(5\mu m\) (aerossois) e maiores de \(5\mu m\) (gotículas), e por três vírus (coronavírus, rinovírus e influenza).