2.1.1 Vantagens de usar R Markdown

• Reprodutibilidade: o documento guarda o código e os resultados juntos.

• Automação: atualiza gráficos e tabelas automaticamente ao mudar os dados.

• Versatilidade: exporta para HTML, PDF, Word, slides, dashboards e livros.

• Integração: suporta não só R, mas também Python, SQL e outras linguagens.

• Documentação clara: mistura narrativa, código e saída de forma organizada.

2.2.1 YAML

Todo documento R Markdown começa com um cabeçalho YAML, delimitado por três hifens (—) no início e no final. Esse cabeçalho contém metadados que descrevem e configuram o relatório. Os principais elementos que devem aparecer no YAML são:

• title: Define o título principal do relatório, exibido no topo do documento. É o primeiro elemento que identifica o conteúdo do arquivo.

• subtitle: Acrescenta um subtítulo logo abaixo do título principal. É opcional (em alguns formatos não aparece), mas útil para especificar o tema, período ou foco do relatório.

• author: Indica o autor ou equipe responsável pelo documento. Pode conter um ou mais nomes e, em relatórios técnicos, pode incluir a instituição.

• date: Define a data de criação ou atualização do relatório. Pode ser digitada manualmente (“15 de outubro de 2025”) ou gerada automaticamente com código R.

Sempre haverá um último campo “output:” que define o formato final do relatório (por exemplo: HTML, PDF, Word ou um tema específico). Embora ele possa ser adicionado manualmente ao YAML, o RStudio facilita esse processo:

• Ao criar um novo arquivo R Markdown (File → New File → R Markdown…), você escolhe o formato de saída desejado — e o RStudio insere automaticamente o campo output: no cabeçalho.

Assim, o YAML inicial é gerado automaticamente, pronto para personalização.

2.2.2 Corpo do Texto

Após o cabeçalho YAML, vem o corpo do texto, que é a parte onde se escreve o conteúdo principal do relatório. Essa seção é escrita usando a linguagem Markdown, uma sintaxe simples e leve de formatação que permite criar textos bem estruturados sem comandos complexos.

Basicamente, você deverá compreender como empregar:

• Títulos e Seções;
• Parágrafos;
• Ênfases de Texto;
• Listas;
  
• links e Imagens;
• Equações Matemáticas;

1. Títulos e Seções: Os títulos são criados com o símbolo #. O número de # define o nível hierárquico do título.

# Título principal
## Seção
### Subseção
#### Subsubseção

2. Parágrafos: Para iniciar um novo parágrafo, basta deixar uma linha em branco entre os blocos de texto contínuos.

Este é o primeiro parágrafo.  
Ele pode conter várias linhas, e o R Markdown irá juntá-las automaticamente em um único bloco de texto.

Este é o segundo parágrafo.  
Note que há uma linha em branco separando os dois.

3. Ênfases de Texto: Markdown usa símbolos simples para formatar o texto.

**negrito**
*itálico*
`código r dentro do corpo do texto (em linha)`
> “Bloco de destaque no texto”

4. Listas: É possível criar listas não ordenadas (com marcadores) ou ordenadas (numeradas).

- Item A
- Item B
  - Subitem B1

1. Primeiro
2. Segundo
3. Terceiro

5. links e Imagens: Links e imagens usam colchetes e parênteses.

[Site do Palmeiras](https://www.palmeiras.com.br/)
![Logo do Pameiras](https://www.palmeiras.com.br/wp-content/themes/foursys-palmeiras/assets/images/logo-palmeiras-star.png)

6. Equações Matemáticas: É possível inserir expressões LaTeX diretamente no texto.

Para o comando inline basta utilizar apenas um $, exemplo: $( \frac{1}{2} )$

Para o comando em destaque basta utilizar dois $$, exemplo: $$( \frac{1}{2} )$$

Para conhecer os comandos matemáticos pode-se utilizar o seguinte link

2.2.3 Chunks de códigos

Os chunks são blocos de código incluídos dentro de um documento R Markdown. Eles permitem executar códigos R (ou outras linguagens) diretamente no relatório e mostrar seus resultados, tabelas e gráficos de forma integrada ao texto.

Um chunk é delimitado por três crases (```) e a linguagem entre chaves:

# Código R deve ser escrito aqui

# Cuidado! No corpo do texto o "#" é um marcador de títulos e seções. Mas você 
# deve considerar o "espaço dentro do chunck" como um script em R e, portanto,
# o "#" dentro do chunk deve ser considerado um comentário....

Cada chunk pode ter opções de controle, chamadas de chunk options, que definem como o código e os resultados aparecem no relatório. Essas opções são adicionadas após o nome da linguagem entre as chaves: