library(adc)
library(DescTools)
Esse estudo etiológico refere-se a um caso-controle, pois tenta avaliar retrospectivamente o histórico de consumo de leite/adoecimento com os casos confirmados de nefrite (inflamação dos rins).
Inserindo os dados e formulação do teste de hipóteses:
\(H_0\): Não há associação entre o histórico do consumo de leite e/ou adoecimento e contrair nefrite.
\(H_1\): Há associação entre o histórico do consumo de leite e/ou adoecimento e contrair nefrite.
tab1 <- matrix(c(107,200,68,975), byrow = T, nrow = 2,
dimnames = list("Consumo/Historico"=c("Sim","Nao"),
"Doença"=c("Sim","Nao"))) ;tab1
## Doença
## Consumo/Historico Sim Nao
## Sim 107 200
## Nao 68 975
yates.chisq.test(tab1, alfa = 0.05)
##
## Valores Esperados
## Doença
## Consumo/Historico Sim Nao
## Sim 39.8 267.2
## Nao 135.2 907.8
##
## Resultados
##
## Valor p-valor
## Qc 168.7676 1.375107e-38
## Qy 166.2657 0.000000e+00
Com n grande e observando os valores esperados, não precisaremos usar a correção de Yates. Portanto iremos aplicar um teste de Qui-quadrado de Pearson, sem correção, para um \(\alpha=5\%\).
Com um nível de significância de 5%, rejeita-se fortemente a hipótese nula (p-valor = 0.0000… ; df =1). Há evidências amostrais de que existe associação entre o histórico de consumo de leite/e ou adoecimento e contrair nefrite (inflamação dos rins).
Com isso, podemos calcular OR:
epi.2by2(tab1, method = "case.control", conf.level = 0.95)
## Outcome + Outcome - Total Odds
## Exposed + 107 200 307 0.54 (0.42 to 0.67)
## Exposed - 68 975 1043 0.07 (0.05 to 0.09)
## Total 175 1175 1350 0.15 (0.13 to 0.17)
##
## Point estimates and 95% CIs:
## -------------------------------------------------------------------
## Exposure odds ratio 7.67 (5.46, 10.78)
## Attrib fraction (est) in the exposed (%) 86.93 (81.43, 90.87)
## Attrib fraction (est) in the population (%) 53.17 (43.51, 61.18)
## -------------------------------------------------------------------
## Uncorrected chi2 test that OR = 1: chi2(1) = 168.768 Pr>chi2 = <0.001
## Fisher exact test that OR = 1: Pr>chi2 = <0.001
## Wald confidence limits
## CI: confidence interval
Com 95% de confiança, podemos afirmar que filha que pessoas que tem um histórico de consumo de leite/e ou adoecimento apresentaram uma chance 7.67 vezes maior de contrair nefrite, quando comparadas às que não tiveram histórico de consumo de leite/ e ou adoecimento. OR=7.67 IC95%: [5.46;10.78].
Temos um estudo de caso-controle pareado. Utilizaremos o teste Qui-quadrado de McNemar para amostras pareadas.
Formulando as hipóteses:
tab2 <- dataSkin
trat0 <- subset(tab2, tab2$trat==0)
trat1 <- subset(tab2, tab2$trat==1)
tab2 <- table(trat0$melhora, trat1$melhora);
mcnemar.test(tab2, correct = T)
##
## McNemar's Chi-squared test with continuity correction
##
## data: tab2
## McNemar's chi-squared = 3.1296, df = 1, p-value = 0.07688
De acordo com o teste de McNemar (\(X^2=3.1296; pvalor=0.07688; df:1)\),
não rejeitamos a hipótese nula com 5% de
significância. Isso indica que não houve evidência
estatística de diferença nas proporções de melhora para o
problema de pele de acordo com o tratamento recebido.
Portanto, o tratamento com remédio real não parece ter influenciado a
melhora do problema de pele dos pacientes, tendo a mesma eficâcia do
placebo.
Precisamos dar entrada nos dados, criando uma tabela tridimensional, separada por sexo (feminino x masculino).
Formulação das hipóteses:
tab3 <- dataPsi
tab3$escoreD <- ifelse(tab3$escoreD>=7,1,0)
tab3 <- table(tab3$trat, tab3$escoreD, tab3$sexo) ;tab3
## , , = feminino
##
##
## 0 1
## hemo 24 17
## transplantados 5 0
##
## , , = masculino
##
##
## 0 1
## hemo 43 27
## transplantados 24 6
Para dados estratificados, iremos aplicar o teste de Mantel-Haenszel, e caso significativo, aplicaremos teste de igualidade de OR, Breslow Day.
mantelhaen.test(tab3, conf.level = 0.95)
##
## Mantel-Haenszel chi-squared test with continuity correction
##
## data: tab3
## Mantel-Haenszel X-squared = 4.7884, df = 1, p-value = 0.02865
## alternative hypothesis: true common odds ratio is not equal to 1
## 95 percent confidence interval:
## 0.1157975 0.8288516
## sample estimates:
## common odds ratio
## 0.3098047
Temos uma estatística teste de \(4.7884;Pvalor:0.02865; df:1\) .Como o p-valor é menor que 0.05, rejeitamos a hipótese nula com 95% de confiança, e concluímos que há diferença estatisticamente significativa na chance do tratamento estar associado com depressão, quando controlado por sexo.
Agora precisamos calcular se a OR é igual para o sexo masculino e sexo feminino.
BreslowDayTest(tab3)
##
## Breslow-Day test on Homogeneity of Odds Ratios
##
## data: tab3
## X-squared = 1.3148, df = 1, p-value = 0.2515
Com estatística \(X^2:1.3148; pvalor:0.2515;df:1\), não rejeitamos a hipótese nula de que as OR são iguais, ou seja, as chances de ter depressão independente do tratamento são as mesmas para homem ou mulher. Quantificando:
tab3 <- dataPsi
tab3$escoreD <- ifelse(tab3$escoreD>=7,1,0)
tab3 <- table(tab3$trat, tab3$escoreD) ;tab3
##
## 0 1
## hemo 67 44
## transplantados 29 6
IC.efeito(tab3, alfa = 0.05)
| Medida | Li.M1 | Ls.M1 | Li.M2 | Ls.M2 | |
|---|---|---|---|---|---|
| RR | 0.73 | 0.96 | 0.55 | 0.59 | 0.90 |
| OR | 0.32 | 0.87 | 0.11 | 0.12 | 0.82 |
De acordo com a tabela, pessoas que fizeram tratamento com hemodiálise tem chance 0.32 vezes menor de serem dignosticadas com depressão comparadas as pessoas que fizeram transplante. OR=0.32; IC95%:[0.12;0.82]
Inserção dos dados e cálculo da prevalência populacional:
tab4 <- matrix(c(170,15,18,550), nrow = 2, byrow = T,
dimnames = list("igM"=c("SIM","NÃO"),
"Ouro"=c("SIM","NÃO")))
tab4
## Ouro
## igM SIM NÃO
## SIM 170 15
## NÃO 18 550
casos_parana <- 3041284 ;casos_parana
## [1] 3041284
pop_parana <- 11800000 ;pop_parana
## [1] 11800000
prevalencia <- 3041284/11800000 ;prevalencia
## [1] 0.2577359
Calculando as métricas do teste:
diag.tab.test(tab4, p0 = prevalencia, conf = 0.95, semente = 333)
## Resultados:
## Ouro
## igM SIM NÃO
## SIM 170 15
## NÃO 18 550
##
##
## | | %| Li| Ls|
## |:---|-----:|-----:|-----:|
## |p | 25.0| 22.0| 28.2|
## |ac | 95.6| 93.9| 96.9|
## |s | 90.4| 85.4| 93.9|
## |e | 97.3| 95.7| 98.4|
## --------------------------------------------
## Considerando a prevalencia amostral: 25 %
##
##
## | | %| Li| Ls|
## |:-----|-----:|-----:|-----:|
## |VPP | 91.9| 87.1| 95.0|
## |VPN | 96.8| 95.0| 98.0|
## |VPFP | 8.1| 5.0| 12.9|
## |VPFN | 3.2| 2.0| 5.0|
## --------------------------------------------
## Considerando a prevalencia populacional (p0): 25.8 %
##
##
## | | %| Li| Ls|
## |:-----|-----:|-----:|-----:|
## |VPP | 92.2| 87.7| 95.4|
## |VPN | 96.7| 94.8| 97.8|
## |VPFP | 7.8| 4.6| 12.3|
## |VPFN | 3.3| 2.2| 5.2|
Observando os resultados, o teste IgM apresenta ser bastante eficaz na triagem de pessoas com COVID 19, especialmente quando avaliamos sua utilidade para decisões de isolamento domiciliar. Possui uma acurácia de 95.6%;IC95%[93.9;96.9]%, alta sensibilidade (90.4%;IC95%[85.4;93.9]%) e especificidade (97.3%;IC95%[95.7;98.4]%). O teste apresenta bom equilibrio entre identificar corretamente indiviudos infectados e evitar falsos alarmes. Os valores preditivos positivos e negativos também são elevados, com prevalência populacional de 25.8%, em torno de 92.7%;IC95%[87.7;95.4]% e 96.7%;IC95%[94.8;97.8]% respectivamente, o que confere segurança nos resultados.
No entanto, os erros diagnósticos, embora baixos, merecem atenção. A taxa de falsos positivos (VPFP) de 7,8%;IC[4.6;12.3]% indica que algumas pessoas seriam isoladas sem necessidade, o que pode ter impactos sociais e econômicos, mas ainda é um erro aceitável dentro de uma estratégia de precaução em saúde pública. Já a taxa de falsos negativos (VPFN) de 3,3%;IC95%[2.2;5.2]% é mais crítica, pois representa indivíduos infectados que poderiam continuar circulando e transmitindo o vírus.