Resumo Detalhado

Capítulo 1: O capital em geral


Capítulo 2: A taxa de lucro


Capítulo 13: A lei da queda tendencial da taxa de lucro


Capítulo 14: Contratendências à queda da taxa de lucro


Capítulo 16: O capital do comércio de mercadorias


Capítulo 19: O capital do comércio de dinheiro


Capítulo 21: O capital portador de juros


Fichamento

Capítulo Conceito-chave Destaques
Capítulo 1 Transição do “capital em geral” para “muitos capitais” Competitiva regulação da distribuição de mais-valia. Equalização da taxa de lucro.
Capítulo 2 Relação entre mais-valia e capital total Diferença entre taxa de lucro e taxa de mais-valia. Impactos da composição orgânica do capital.
Capítulo 13 Tendência de queda da taxa de lucro Aumento da composição orgânica do capital. Contratendências: intensificação do trabalho, redução de custos.
Capítulo 14 Contratendências à queda da taxa de lucro Desvalorização do capital, expansão de mercados, investimento em setores mais lucrativos.
Capítulo 16 Capital do comércio de mercadorias Papel do capital comercial na circulação de mercadorias e apropriação da mais-valia.
Capítulo 19 Capital do comércio de dinheiro Intermediação na circulação de dinheiro, redução de custos e apropriação de mais-valia por meio de juros e taxas.
Capítulo 21 Capital portador de juros Diferença entre taxa de lucro e taxa de juros. Fetichismo do capital portador de juros.

Perguntas Frequentes

  1. Por que a taxa de lucro tende a cair no capitalismo?
    • Devido ao aumento da proporção de capital constante em relação ao capital variável, reduzindo a base produtora de mais-valia.
  2. Quais são as principais contratendências à queda da taxa de lucro?
    • Intensificação da exploração do trabalho, redução nos custos do capital constante e expansão de mercados.
  3. Como o comércio exterior influencia a taxa de lucro?
    • Permite acesso a insumos mais baratos e novos mercados, reduzindo custos e ampliando a realização da mais-valia.
  4. O que significa desvalorização de partes do capital?
    • Trata-se da perda de valor de meios de produção durante crises, possibilitando novos investimentos mais eficientes.
  5. Como a composição orgânica do capital afeta a taxa de lucro?
    • Uma composição mais elevada (mais capital constante) tende a reduzir a taxa de lucro, pois a mais-valia é gerada apenas pelo capital variável.
  6. Qual é a diferença entre lucro comercial e lucro industrial?
    • O lucro comercial é uma parcela da mais-valia transferida ao comerciante, enquanto o lucro industrial é apropriado diretamente pelo capital produtivo.
  7. Como se define o capital portador de juros?
    • É o capital que gera uma renda fixa (juros) ao ser emprestado, aparentando criar valor por si só.
  8. Por que o capital portador de juros é fetichizado?
    • Porque esconde sua conexão com a exploração do trabalho, dando a impressão de que o dinheiro se valoriza autonomamente.

Fórmulas Relevantes:

  1. Fórmula da Composição do Capital e a Mais-Valia:

    • \(M = c + v + m\), onde:
      • \(M\): Valor do capital total após o processo produtivo.
      • \(c\): Capital constante (meios de produção).
      • \(v\): Capital variável (força de trabalho).
      • \(m\): Mais-valia gerada no processo produtivo.

    Essa fórmula destaca como o capital se divide em partes específicas, evidenciando que a mais-valia (\(m\)) é gerada exclusivamente pelo capital variável (\(v\)), enquanto o capital constante (\(c\)) não cria valor adicional.

  2. Taxa de Mais-Valia e Taxa de Lucro:

    • Taxa de Mais-Valia (\(e\)): \(e = \frac{m}{v}\).
    • Taxa de Lucro (\(r\)): \(r = \frac{m}{c+v}\).

    A taxa de mais-valia mede a exploração da força de trabalho, enquanto a taxa de lucro reflete o rendimento total do capital investido. Uma alta composição orgânica do capital (\(c > v\)) tende a reduzir \(r\), explicando a queda tendencial da taxa de lucro.

  3. Fórmulas de Circulação:

    • \(M-D-M\) (Mercadoria-Dinheiro-Mercadoria): Representa a troca de mercadorias para atender necessidades, sem visar lucro.
      • Essa fórmula é predominante na esfera da circulação simples, representando a troca de mercadorias para satisfazer necessidades. Embora não seja o foco do Livro 3, ela serve como contraponto à dinâmica do capital.
    • \(D-M-D\) (Dinheiro-Mercadoria-Dinheiro): Ciclo típico do capital, no qual o objetivo é a valorização do dinheiro.
      • Aparece nos capítulos iniciais, como no Capítulo 1, para diferenciar o ciclo do capital do simples ato de troca. Aqui, o objetivo é a valorização do dinheiro por meio da circulação de mercadorias, essencial para a formação do lucro.
    • \(D-D-M-D'-D'\) (Dinheiro-Dinheiro-Mercadoria-Dinheiro-Dinheiro): Relacionada ao capital portador de juros.
      • Explorada no Capítulo 21, descreve o processo financeiro em que o dinheiro gera mais dinheiro (juros), sem necessidade direta de mercadorias. É a fórmula do capital portador de juros, que representa o fetichismo do capital: aparenta criar valor por si mesmo, ocultando sua base produtiva.

    Essas fórmulas refletem diferentes estágios e formas de circulação do capital, mostrando como ele se expande e se autonomiza na esfera financeira, contribuindo para sua complexidade e contradições.