Recortes da Atuação do TCE-PB na Temática da Gestão Hídrica
Panorama Hídrico da Paraíba (2022);
Auditoria Operacional Coordenada de Políticas Públicas de Combate à Desertificação do Semiárido, com a participação do TCE-PB, TCE-CE, TCE-RN, TCE-PE e TCE-SE, com apoio metodológico do TCU (2023);
O Novo Marco Legal do Saneamento na Paraíba (2024).
Fonte: Dados da SUDENE
Fonte: Instituto Letras Ambientais
Média de precipitação anual abaixo de 800 mm/ano;
Índice de aridez alto, calculado pelo balanço hídrico que relaciona precipitações e evapotranspiração potencial;
Risco de seca maior que 60%;
Degradação das terras se refere à perda da sua produtividade, resultando na deterioração das propriedades físicas, biológicas e/ou econômicas do solo.
Desertificação é a degradação da terra em áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultantes de atividades humanas (agricultura, sobrepastoreio, irrigação, desmatamento, etc.) e variações climáticas, que podem levar a condições desérticas.
Fonte: Lapis - UFAL
As áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD’s) do Brasil compreendem cerca de 1.340.863 Km2 (16% do território brasileiro), abrangendo 1.488 municípios (27% do total)
Fonte: Lapis - UFAL
Examinar, à luz da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca - PNCD (Lei nº 13.153/2015), as políticas e ações estaduais de combate à desertificação e de mitigação dos efeitos da seca, bem como outras políticas públicas transversais referentes à região do Semiárido e ao Bioma Caatinga, sob os aspectos ambiental, econômico, social e cultural, a partir dos seguintes componentes da Governança Multinível:
Fonte: Agência Nacional de Águas
Implementação da Política/do Programa de Ação de Combate à Desertificação;
Monitoramento e Avaliação da Política Estadual de Combate à Desertificação;
Viabilização de Ações referentes à Desertificação no território municipal;
Unidades de Conservação no Bioma Caatinga;
Ações visando o Combate à Desertificação, por meio da Agricultura Familiar e de Tecnologias Sociais Hídricas.
Não implementação da Política Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, por meio dos instrumentos previstos nas respectivas leis estaduais que a instituíram, como também não execução do correspondente Programa de Ação Estadual (PAE). No caso do Estado de Sergipe, foi iniciada a implementação, mas ainda é incipiente.
Não institucionalização do Monitoramento e Avaliação da Política Estadual de Combate à Desertificação, bem como inexistência de qualquer prática de monitoramento, em razão, principalmente, de sua não implementação.
O tema Desertificação não é pauta específica no território municipal, em razão da própria fragilidade da gestão ambiental e do controle social de meio ambiente no Município, e da não articulação dos municípios com outras instituições (ONGs, Estado e Governo Federal), sendo, assim, as ações realizadas de forma fragmentada .
Não priorização e fragilidade na criação e manutenção de Unidades de Conservação (UCs) relacionadas ao bioma Caatinga;
Insuficiência das ações que enfocam o combate à desertificação, por meio da pequena produção familiar e comunitária e do uso de tecnologias sociais hídricas, e potenciais riscos ambientais e sociais decorrentes de grandes empreendimentos de energia renovável .
Escassez de Recursos Hídricos: A desertificação reduz a disponibilidade e dificulta o acesso à água potável, dificutando a expansão dos sistemas de abastecimento d`água que passam a exigir soluções tecnológicas mais complexas e custosas para o tratamento e a distribuição;
Aumento da Demanda por Infraestrutura: A migração das populações em busca de melhores condições de vida aumenta a pressão sobre os serviços de água e esgoto nas áreas urbanas que recebem esses movimentos migratórios.
Impactos Econômicos: A desertificação afeta fortemente a economia regional, dificultando a priorização de investimentos em infraestrutura de água e esgoto.
Cada TCE conduziu seu Processo de Auditoria de forma paralela, no entanto os principais achados foram consolidados em um Sumário Executivo.
juchoa@tce.pb.gov.br
Congresso de Saneamento dos Tribunais de Contas - Vitória 2024