Esta apresentação está baseada em Jeffrey J. Fredberg, a quem agradeço o caminho da mensagem.
Enquanto alguns acham que é impossível ensinar a escrever, outros defendem que regras podem ajudar qualquer um a escrever razoavelmente bem. Partilhamos da segunda postura.
Lançar algumas idéias sobre as motivações para escrever, promover reflexão sobre armadilhas que o escritor enfrenta, e fornecer algumas regras práticas para escrever com clareza são os objetivos deste artigo.
Talento ajuda, mas não é verdade que o talentoso não precisa de treino. O talento deve ser visto como mero catalizador. Alguém especialmente talentoso pode evoluir mais rápido frequentando um curso de artes. Aquele dotado de capacidade mediana tem que trabalhar mais arduamente para dominar as técnicas e refinará sua capacidade a ponto de produzir obras decentemente agradáveis. A sua falta absoluta de talento é impeditiva, mas pessoas com talento mediano aprendem.
É concebível que elaborar histórias dependa mais de imaginação e talento, mas saber informar depende fundamentalmente de aprendizado e trabalho.
Da mesma forma que técnicas de arte não devem ser um conjunto de normas rígidas e sem graça, técnicas para escrever variam de acordo com os objetivos de cada tipo de escritor e com as necessidades de cada tipo de leitor.
Escrever é como jogar xadrez. As regras são relativamente simples. Podemos ensiná-las em menos de uma hora. Para jogar bem, porém, é preciso prática, prática, prática.
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Grandes terremotos ao longo de determinado segmento de falha geológica não ocorrem a intervalos aleatórios porque leva tempo para acumular-se a energia que causa uma ruptura. A frequência com a qual placas tectônicas se movem e acumulam energia em suas bordas é aproximadamente uniforme. Consequentemente, em uma primeira aproximação, devíamos esperar que grandes rupturas de um mesmo segmento de falhas ocorressem a intervalos de tempo aproximadamente constantes. Caso eventos subsequentes de maior monta tivessem deslizamentos diferentes ao longo da falha, então o tempo de recorrência poderia variar, e a idéia básica de que ocorrem eventos periódicos precisaria ser modificada. Para grandes rupturas em bordas de uma placa, o comprimento e deslizamento geralmente variam por um fator de duas vezes. Ao longo do segmento sul da falha de San Andreas o intervalo de recorrência é de 145 anos com variação de várias décadas. Quanto menor for o desvio padrão da média do intervalo de recorrência, mais específica poderá ser a predição, a longo prazo, de futuros abalos sísmicos.
Um período de mau tempo abateu-se nos últimos dias em nossa região.
Choveu a semana toda em São Paulo.
Até quarta-feira desta semana fez frio em Maringá.
Linguagem Concreta |
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Aqui relatamos novas propriedades biofísicas das células de músculo liso isoladas de duas linhagens de ratos (Fisher e Lewis) que são conhecidas por exibir graus diferentes de responsividade de vias aéreas in vivo.
Relatamos propriedades biofísicas das células isoladas de músculo liso de uma linhagem de ratos relativamente hiperresponsiva (Fisher) em comparação com outra relativamente hiporresponsiva (Lewis).
A quantidade de nitrogênio absorvido exerce influência importante na determinação do teor proteico do grão.
(segundo parágrafo da introdução) […]
Trabalhos têm demonstrado efeito positivo da adubação nitrogenada sobre incremento no teor de proteína no grão. (nove linhas abaixo)Kolchinski EM, Schuch LOB (2004). Relações entre a adubação nitrogenada e a qualidade de grãos e de sementes em aveia branca. Ciência Rural 34(2), 379-383. (http://www.scielo.br/pdf/cr/v34n2/a07v34n2.pdf)
[…] a aplicação de adubação nitrogenada aumenta o conteúdo de proteína nos grãos [de aveia] e diminui o conteúdo oleoso.Hawerroth MC et al. (2013). Adaptabilidade e estabilidade de cultivares de aveia-branca quanto à composição química da cariopse. Pesq Agropec Bras .48(1):42-50.. (http://dx.doi.org/10.1590/S0100-204X2013000100006)
Palavras-ônibus são vagas. Carregam muita coisa. Têm espaço para
levar o que não precisamos.
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Todos têm direitos iguais, homens e mulheres.
Homens e mulheres têm os mesmos direitos.
Posição de Ênfase (no final das sentenças) |
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O final da sentença é o que deixa marcas. É incomum que alguém comece pelo pudim e percorra a refeição esperando ansiosamente pelo quiabo: recompensas são esperadas ao final. O escritor deve colocar, propositadamente, cada idéia central no fim de cada sentença.
Ao final de cada sentença o leitor faz uma pausa mental e tem expectativa pelo próximo passo. Frustrar esta expectativa repetidamente cansará seu leitor.
A humanidade tem avançado pouco em perseverança, embora tenha avançado muito em várias outras áreas.
Faz com que o leitor espere que o texto prossiga falando sobre áreas. Porém, se o texto é sobre perseverança, prefira:
A humanidade tem avançado em muitas áreas, mas relativamente pouco em perseverança.
The emergence of virulent Plasmodium falciparum in Africa within the past 6000 years as a result of a cascade of changes in human behavior and mosquito transmission has recently been hypothesized.
Joy DA. Early origin and recent expansion of Plasmodium falciparum. Science 300, 318 (2003)
O texto é sobre mudanças na transmissão da malária pelo mosquito devido ao comportamento humano. Então:
According to a recent hypothesis, virulent Plasmodium falciparum emerged in Africa within the past 6000 years as a result of changes in mosquito transmission due to human behavior.
A ordem não faz diferença. Pode funcionar antes ou depois.
Pode funcionar antes ou depois. A ordem não faz diferença.
Encadeamento (AB … BC … CD) |
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A célula muscular lisa (CML) é o efetor final da constrição das vias aéreas em asma. Aqui relatamos novas propriedades biofísicas da CML isolada da linhagem de ratos Fisher, relativamente hiperresponsiva, em comparação com a linhagem de ratos Lewis, que é relativamente hiporresponsiva.
Localizando as conexões dentro do texto:
A célula muscular lisa (CML) é o efetor final da constrição das vias aéreas em asma. Aqui relatamos novas propriedades biofísicas da CML isolada da linhagem de ratos Fisher, relativamente hiperresponsiva, em comparação com a linhagem de ratos Lewis, que é relativamente hiporresponsiva.
Reescrevemos:
Em asma, o efetor final da constrição de vias aéreas é a célula muscular lisa (CML). As CML isoladas das linhagens de ratos Fisher (relativamente hiperresponsiva) em comparação com a de linhagem de ratos Lewis (relativamente hiporresponsiva) exibem novas propriedades biofísicas, aqui descritas.
(como efeito colateral, as novas propriedades biofísicas foram empurradas para a posição de ênfase)
Acredita-se que o remodelamento do citoesqueleto de células musculares lisas exerça papel fundamental na hiperreponsividade das vias aéreas. Uma rede bidimensional de links (filamentos contráteis) e nós (adesões focais), evoluindo em passos de tempo discretos, foi usada para simular o remodelamento, bem como as adaptações associadas ao músculo liso. Cada link, que tinha uma dada probabilidade de formação e despolimerização, era formado e como se estivesse adaptado à máxima relação entre força e comprimento.
Encontrando as palavras de conexão potenciais (encadeamento):
Acredita-se que o remodelamento do citoesqueleto de células musculares lisas exerça papel fundamental na hiperreponsividade das vias aéreas. Uma rede bidimensional de links (filamentos contráteis) e nós (adesões focais), evoluindo em passos de tempo discretos, foi usada para simular o remodelamento, bem como as adaptações associadas ao músculo liso. Cada link, que tinha uma dada probabilidade de formação e despolimerização, era formado e como se estivesse adaptado à máxima relação entre força e comprimento.
O que está na posição de ênfase?
Acredita-se que o remodelamento do citoesqueleto de células musculares lisas exerça papel fundamental na hiperreponsividade das vias aéreas. Uma rede bidimensional de links (filamentos contráteis) e nós (adesões focais), evoluindo em passos de tempo discretos, foi usada para simular o remodelamento, bem como as adaptações associadas ao músculo liso. Cada link, que tinha uma dada probabilidade de formação e despolimerização, era formado e como se estivesse adaptado à máxima relação entre força e comprimento.
O que devia estar na posição de ênfase?
Acredita-se que o remodelamento do citoesqueleto de células musculares lisas exerça papel fundamental na hiperreponsividade das vias aéreas. Uma rede bidimensional de links (filamentos contráteis) e nós (adesões focais), evoluindo em passos de tempo discretos, foi usada para simular o remodelamento, bem como as adaptações associadas ao músculo liso. Cada link, que tinha uma dada probabilidade de formação e despolimerização, era formado e como se estivesse adaptado à máxima relação entre força e comprimento.
Reordenando:
A hiperreponsividade das vias aéreas é parcialmente atribuída ao remodelamento do citoesqueleto das células musculares lisas. Para abordarmos este remodelamento, bem como as adaptações associadas ao músculo liso, desenvolvemos um modelo de rede bidimensional que evoluia a passos discretos e era formada por nós (adesões focais) conectados por links (filamentos contráteis). Cada link tinha uma dada probabilidade de despolimerização e formação. Quando formados, tais links encontravam-se adaptados à máxima relação entre força e comprimento, e podiam a cada passo da simulação, com dada probabilidade, ser despolimerizados.
Cortar, cortar, cortar até doer:
A hiperreponsividade das vias aéreas é parcialmente atribuída ao remodelamento do citoesqueleto das células musculares lisas. Para abordarmos este remodelamento
, bem comoe as adaptações associadas ao músculo liso, desenvolvemos um modelo de rede bidimensional que evoluia a passos discretos e era formada por nós(adesões focais) conectados pore links(filamentos contráteis).Cada link tinha uma dada probabilidade de despolimerização e formação. Quando formados, tais links encontravam-seA cada passo da simulação, links podiam ser formados e adaptados à máxima relação entre força e comprimento, e podiam a cada passo da simulação, com dada probabilidade, serou despolimerizados.
Resultando em:
A hiperreponsividade das vias aéreas é parcialmente atribuída ao remodelamento do citoesqueleto das células musculares lisas. Para abordarmos este remodelamento e as adaptações associadas ao músculo liso, desenvolvemos um modelo de rede bidimensional que evoluia a passos discretos e era formada por nós e links. A cada passo da simulação, links podiam ser formados e adaptados à máxima relação entre força e comprimento ou despolimerizados.
Note que a palavra “despolimerizados” ficou meio perdida, na posição de ênfase. Mudamos para:
A hiperreponsividade das vias aéreas é parcialmente atribuída ao remodelamento do citoesqueleto das células musculares lisas. Para abordarmos este remodelamento e as adaptações associadas ao músculo liso, desenvolvemos um modelo de rede bidimensional que evoluia a passos discretos e era formada por nós e links. A cada passo da simulação, links podiam ser despolimerizados ou formados e adaptados à máxima relação entre força e comprimento.
Isso é conveniente, pois o texto seguirá discutindo forças musculares.
Ontem estava frio e nublado; hoje está ensolarado e quente.
Ontem estava frio e nublado; hoje está quente e ensolarado.
Formalmente, ciência tem sido ensinada por livros de texto, mas atualmente são empregados mais métodos de laboratório.
Formalmente, ciência tem sido ensinada por livros de texto, mas atualmente mais métodos de laboratório são empregados.
Construções paralelas para ideias coordenadas |
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Ontem estava frio e nublado; hoje está ensolarado e quente. — (fora de ordem)
Ontem estava frio e nublado; hoje está quente e ensolarado. — (ok)
Formalmente, ciência tem sido ensinada por livros de texto, mas atualmente são empregados mais métodos de laboratório. — (ok)
Formalmente, ciência tem sido ensinada por livros de texto, mas atualmente mais métodos de laboratório são empregados. — (fora de ordem)
Neste trabalho enfatizamos a habilidade da célula muscular lisa de remodelar e gerar força contrátil - e as bases moleculares destes processos.
Para abordar a dinâmica do remodelamento, medimos movimentos espontâneos, da ordem de nanômetros, de microesferas firmemente ancoradas ao citoesqueleto. Para quantificar a contratilidade, medimos alterações na rigidez e distribuição de forças de tração exercidas em resposta a um conjunto de agonistas para contração e relaxamento das células.
Apresentamos, com isto, evidências de que diferenças fenotípicas relacionadas com a responsividade celular relaciona-se com diferenças biofísicas nos eventos contráteis ao nível celular, sugerindo, consequentemente, uma relação causal direta entre ambos.
Reescrito:
Neste trabalho enfatizamos a habilidade da célula muscular lisa de enrijecer-se, gerar força contrátil e remodelar-se.
Para medir a rigidez celular usamos um método de citometria magnética, para as forças contráteis usamos microscopia de tração, e para a dinâmica de remodelamento quantificamos os movimentos espontâneos, da ordem de nanômetros, de microesferas firmemente ancoradas ao citoesqueleto.
Após submeter as culturas célulares a agonistas para contração e relaxamento das células, observamos que as células de ratos da linhagem Fisher apresentaram rigidez maior, contratilidade aumentada e remodelamento mais rápido que o observado nas células de ratos da linhagem Lewis.
O que mudou?
Neste trabalho enfatizamos a habilidade da célula muscular lisa de enrijecer-se, gerar força contrátil e remodelar-se.
Para medir a rigidez celular usamos um método de citometria magnética, para as forças contráteis usamos microscopia de tração, e para a dinâmica de remodelamento quantificamos os movimentos espontâneos, da ordem de nanômetros, de microesferas firmemente ancoradas ao citoesqueleto.
Após submeter as culturas célulares a agonistas para contração e relaxamento das células, observamos que as células de ratos da linhagem Fisher apresentaram rigidez maior, contratilidade aumentada e remodelamento mais rápido que o observado nas células de ratos da linhagem Lewis.
Nem sempre. Escrevendo sobre a estruturação de um curso oferecido em nossa faculdade, alguém poderia produzir o seguinte:
É uma sentença vazia. Repare que após sua leitura não resta traço de sua passagem (você ainda lembra o que a sentença dizia?). A causa desta sensação é a falta de linguagem concreta causada pela economia excessiva de palavras. O escritor precisaria especificar o que é um grupo, quais são seus objetivos, quais suas possíveis funções, e o que é um módulo. Muitas ideias estão na mesma sentença. A palavra ‘cada’ implica em que há vários grupos, cada grupo tem função diferente, há objetivos a serem atingidos, existem módulos. O parágrafo pode ficar mais longo, mas sua leitura será facilitada. Por exemplo:
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Grandes terremotos ao longo de determinado segmento de falha geológica não ocorrem a intervalos aleatórios porque leva tempo para acumular-se a energia que causa uma ruptura. A frequência com a qual placas tectônicas se movem e acumulam energia em suas bordas é aproximadamente uniforme. Consequentemente, em uma primeira aproximação, devíamos esperar que grandes rupturas de um mesmo segmento de falhas ocorressem a intervalos de tempo aproximadamente constantes. Caso eventos subsequentes de maior monta tivessem deslizamentos diferentes ao longo da falha, então o tempo de recorrência poderia variar, e a idéia básica de que ocorrem eventos periódicos precisaria ser modificada. Para grandes rupturas em bordas de uma placa, o comprimento e deslizamento geralmente variam por um fator de duas vezes. Ao longo do segmento sul da falha de San Andreas o intervalo de recorrência é de 145 anos com variação de várias décadas. Quanto menor for o desvio padrão da média do intervalo de recorrência, mais específica poderá ser a predição, a longo prazo, de futuros abalos sísmicos.
É onde o leitor adquire as ideias:
Grandes terremotos ao longo de determinado segmento de falha geológica não ocorrem a intervalos aleatórios porque leva tempo para acumular-se a energia que causa uma ruptura. A frequência com a qual placas tectônicas se movem e acumulam energia em suas bordas é aproximadamente uniforme. Consequentemente, em uma primeira aproximação, devíamos esperar que grandes rupturas de um mesmo segmento de falhas ocorressem a intervalos de tempo aproximadamente constantes. Caso eventos subsequentes de maior monta tivessem deslizamentos diferentes ao longo da falha, então o tempo de recorrência poderia variar, e a idéia básica de que ocorrem eventos periódicos precisaria ser modificada. Para grandes rupturas em bordas de uma placa, o comprimento e deslizamento geralmente variam por um fator de duas vezes. Ao longo do segmento sul da falha de San Andreas o intervalo de recorrência é de 145 anos com variação de várias décadas. Quanto menor for o desvio padrão da média do intervalo de recorrência, mais específica poderá ser a predição, a longo prazo, de futuros abalos sísmicos.
É onde o leitor procura informações conhecidas:
Grandes terremotos ao longo de determinado segmento de falha geológica não ocorrem a intervalos aleatórios porque leva tempo para acumular-se a energia que causa uma ruptura. A frequência com a qual placas tectônicas se movem e acumulam energia em suas bordas é aproximadamente uniforme. Consequentemente, em uma primeira aproximação, devíamos esperar que grandes rupturas de um mesmo segmento de falhas ocorressem a intervalos de tempo aproximadamente constantes. Caso eventos subsequentes de maior monta tivessem deslizamentos diferentes ao longo da falha, então o tempo de recorrência poderia variar, e a idéia básica de que ocorrem eventos periódicos precisaria ser modificada. Para grandes rupturas em bordas de uma placa, o comprimento e deslizamento geralmente variam por um fator de duas vezes. Ao longo do segmento sul da falha de San Andreas o intervalo de recorrência é de 145 anos com variação de várias décadas. Quanto menor for o desvio padrão da média do intervalo de recorrência, mais específica poderá ser a predição, a longo prazo, de futuros abalos sísmicos.
Posições de tópico e de ênfase são o motivo para a regra de encadeamento. O leitor deve evoluir pelo texto de uma informação conhecida (tópico) para uma ideia nova (ênfase). Assimilada, a ideia nova se torna conhecida, tópico e ponto de partida para a próxima ideia. Consequentemente, cada sentença deve ter a missão de trazer apenas uma ideia, escrita com clareza (linguagem concreta), respeitando, quando necessário, sempre a mesma ordem (paralelismo). |
Grandes terremotos ao longo de determinado segmento de falha geológica não ocorrem a intervalos aleatórios porque leva tempo para acumular-se a energia que causa uma ruptura. A frequência com a qual placas tectônicas se movem e acumulam energia em suas bordas é aproximadamente uniforme. Consequentemente, em uma primeira aproximação, devíamos esperar que grandes rupturas de um mesmo segmento de falhas ocorressem a intervalos de tempo aproximadamente constantes. Caso eventos subsequentes de maior monta tivessem deslizamentos diferentes ao longo da falha, então o tempo de recorrência poderia variar, e a idéia básica de que ocorrem eventos periódicos precisaria ser modificada. Para grandes rupturas em bordas de uma placa, o comprimento e deslizamento geralmente variam por um fator de duas vezes. Ao longo do segmento sul da falha de San Andreas o intervalo de recorrência é de 145 anos com variação de várias décadas. Quanto menor for o desvio padrão da média do intervalo de recorrência, mais específica poderá ser a predição, a longo prazo, de futuros abalos sísmicos.
Grandes terremotos ao longo de determinado segmento de falha geológica não ocorrem a intervalos aleatórios porque, para que ocorra uma ruptura, leva tempo para acumular-se a energia necessária. Como o acúmulo de energia de uma determinada placa tectônica é aproximadamente uniforme, deveríamos esperar que grandes eventos ocorressem com intervalos de tempo aproximadamente constantes. Observações, contudo, mostram que este tempo de recorrência varia e que abalos subsequentes apresentam deslocamento variável ao longo de uma falha. De fato, a extensão do deslizamento de grandes placas varia por um fator de duas vezes, o que explica, por exemplo, porque o intervalo de recorrência ao longo do segmento sul da falha de San Andreas seja de 145 anos com várias décadas de variação. Na prática, quanto menor for o desvio padrão do intervalo de recorrência de abalos observados em determinada placa tectônica, mais específica poderá ser, a longo prazo, a predição de abalos sísmicos.
Grandes terremotos ao longo de determinado segmento de falha geológica não ocorrem a intervalos aleatórios porque, para que ocorra uma ruptura, leva tempo para acumular-se a energia necessária. Como o acúmulo de energia de uma determinada placa tectônica é aproximadamente uniforme, deveríamos esperar que grandes eventos ocorressem com intervalos de tempo aproximadamente constantes. Observações, contudo, mostram que este tempo de recorrência varia e que abalos subsequentes apresentam deslocamento variável ao longo de uma falha. De fato, a extensão do deslizamento de grandes placas varia por um fator de duas vezes, o que explica, por exemplo, porque o intervalo de recorrência ao longo do segmento sul da falha de San Andreas seja de 145 anos com várias décadas de variação. Na prática, quanto menor for o desvio padrão do intervalo de recorrência de abalos observados em determinada placa tectônica, mais específica poderá ser, a longo prazo, a predição de abalos sísmicos.
Grandes terremotos ao longo de determinado segmento de falha geológica não ocorrem a intervalos aleatórios porque, para que ocorra uma ruptura, leva tempo para acumular-se a energia necessária. Como o acúmulo de energia de uma determinada placa tectônica é aproximadamente uniforme, deveríamos esperar que grandes eventos ocorressem com intervalos de tempo aproximadamente constantes. Observações, contudo, mostram que este tempo de recorrência varia e que abalos subsequentes apresentam deslocamento variável ao longo de uma falha. De fato, a extensão do deslizamento de grandes placas varia por um fator de duas vezes, o que explica, por exemplo, porque o intervalo de recorrência ao longo do segmento sul da falha de San Andreas seja de 145 anos com várias décadas de variação. Na prática, quanto menor for o desvio padrão do intervalo de recorrência de abalos observados em determinada placa tectônica, mais específica poderá ser, a longo prazo, a predição de abalos sísmicos.
Grandes terremotos ao longo de determinado segmento de falha geológica não ocorrem a intervalos aleatórios porque, para que ocorra uma ruptura, leva tempo para acumular-se a energia necessária. Como o acúmulo de energia de uma determinada placa tectônica é aproximadamente uniforme, deveríamos esperar que grandes eventos ocorressem com intervalos de tempo aproximadamente constantes. Observações, contudo, mostram que este tempo de recorrência varia e que abalos subsequentes apresentam deslocamento variável ao longo de uma falha. De fato, a extensão do deslizamento de grandes placas varia por um fator de duas vezes, o que explica, por exemplo, porque o intervalo de recorrência ao longo do segmento sul da falha de San Andreas seja de 145 anos com várias décadas de variação. Na prática, quanto menor for o desvio padrão do intervalo de recorrência de abalos observados em determinada placa tectônica, a longo prazo, mais específica poderá ser a predição de abalos sísmicos.
1. | Linguagem Concreta | □ uma ideia por sentença, linguagem concreta. |
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2. | Posição de ênfase | □ palavras principais no final de cada sentença. |
3. | Encadeamento | □ sentenças vão do tópico (“velho”) à ênfase (“novo”); |
4. | Paralelismo | □ ideias coordenadas em ordem. |
Em ciência você é o que você escreve. Cavalheirismo não resolve. |
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Não faça suspense; enuncie logo sua contribuição. |
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Romancistas contam histórias, enquanto cientistas devem informar. O problema existe quando os papeis se confundem, e alguém tenta contar histórias quando pretende informar. Quem escreve precisa estar consciente das diferenças.
O sucesso de um texto somente existe na medida em que é lido; se suas idéias não forem lidas, o tempo gasto para escrevê-las não terá valido a pena.
Assim, é crucial ter a atenção de seu leitor. O leitor de um romance é de um voluntário que está interessado em saborear páginas. O leitor de ciência é diferente; é uma pessoa ocupada, com energia limitada para seu artigo, procurando informação em vez de suspense.
Em projetos, escreva como se o leitor fosse cansar e parar a qualquer momento. |
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Boa ciência exige boa escrita, mas boa escrita não conserta má ciência. |
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Wilkins MHF, Stokes AR, Wilson HR. Nature 171, 738-740, 25 April 1953
Franklin R, Gosling RG. Nature 171, 740-741, 25 April 1953
Watson JD, Crick FHC. Nature 171, 737-738, 25 April 1953
Analise e emule um estilo que você goste. |
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(latim æmulari — procurar imitar, ser rival de, ter inveja a)
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Espírito (Ramon y Cajal), Estrutura (RA Day) e Estilo (Strunk & White). |
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Santiago Ramón y Cahal. Advice for a Young Investigator. tradução de Neely Swanson e Larry W. Swansson. MIT Press, 1999
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“É claramente não necessário para o investigador falar e escrever em todas as linguas européias. É suficiente para um espanhol as seguintes quatro: francês, inglês, italiano e alemão […] virtualmente todo o trabalho científico é publicado em uma destas […]. Portanto, se você deseja que seu trabalho seja conhecido e apreciado por especialistas, então não há outra escolha exceto escrever e falar uma destas quatro linguas européias.”
Day RA (1998). How to Write and Publish a Scientific Paper. 5th ed. Oryx Press.
Introdução |
O QUE NÃO É SEU!
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Método |
SEM RESULTADOS!
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Resultados |
SEM INTERPRETAÇÕES!
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Discussão |
SUA CONTRIBUIÇÃO!
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Strunk W, White EB [1918]. The Elements of Style. 4th ed. Longman, 2000.
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A escrita vigorosa é concisa. Uma sentença não deve ter palavras desnecessárias nem um parágrafo sentenças avulsas, assim como um desenho não precisa de linhas sobrando ou uma máquina de partes sem função. Não é que um escritor tenha que apresentar apenas sentenças curtas, evitando todo detalhe e tratando o assunto superficialmente, mas que cada palavra conte.