Análise dos Dados do IPEA - Pernambuco(2000)

Introdução

  Este relatório final representa uma análise detalhada dos dados dos municípios de Pernambuco em 2000, utilizando informações providas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O IPEA, uma instituição pública vinculada ao Ministério da Economia, tem como objetivo produzir análises e pesquisas para subsidiar políticas públicas e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Sua vasta gama de dados abrange indicadores econômicos, sociais, educacionais, de saúde e outros, oferecendo um panorama abrangente para análises detalhadas como a presente.

  Além disso, para enriquecer essa análise, foram utilizados os índices Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Os IFDMs, desenvolvidos pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), são ferramentas que permitem aferir o desenvolvimento socioeconômico dos municípios brasileiros. Compostos por indicadores de emprego e renda, saúde e educação, os IFDMs agregam uma perspectiva complementar aos dados do IPEA, oferecendo uma visão multifacetada do contexto municipal em 2000.

  Por meio da linguagem de programação R e da plataforma RStudio, esta análise se vale de métodos estatísticos avançados e visualizações de dados para investigar minuciosamente os indicadores socioeconômicos dos municípios pernambucanos naquele período. O intuito é identificar padrões, tendências e insights valiosos que subsidiem gestores públicos, pesquisadores e planejadores urbanos na compreensão das características distintas dessas localidades e no embasamento de decisões estratégicas.

  Ao longo das seções subsequentes, os resultados provenientes da análise dos dados do IPEA e dos índices Firjan referentes aos municípios pernambucanos em 2000 serão minuciosamente apresentados. Destacam-se insights relevantes e conclusões que enriquecem a compreensão da diversidade e singularidade dessas localidades naquele contexto temporal, utilizando de forma eficaz as ferramentas disponíveis no ambiente de desenvolvimento oferecido pelo RStudio.

Materiais e Métodos

Fonte dos Dados

  Os dados utilizados nesta análise foram obtidos a partir do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),referentes aos municípios de Pernambuco no ano 2000. Esses conjuntos de dados incluíram informações acerca dos indicativos de emprego e renda, saúde e educação entre os municípios de estado em questão, bem como em comparação com a média dos demais estados da região Nordeste, além de outras variáveis relevantes para compreender a realidade e as particularidades dessas regiões naquele período específico.

Ferramentas Utilizadas

  A análise foi conduzida utilizando a linguagem de programação R, com a plataforma RStudio sendo o ambiente principal de desenvolvimento. Ademais, também foram utilizadas algumas das bibliotecas e pacotes fornecidos pelo R, tais como:

• library(readxl): Utilizado para importar dados de planilhas do Excel diretamente para o ambiente R.
  
• library(ggplot2): Para a criação de visualizações e gráficos.

Processo de Análise:

  A análise foi conduzida em várias etapas:

Limpeza e Preparação dos Dados: Os conjuntos de dados do Firjan foram importados para o ambiente RStudio, e passaram por um processo de limpeza para tratar valores ausentes, inconsistências e padronização de formatos. Isso incluiu a remoção de duplicatas e a harmonização das variáveis.

Exploração e Análise Descritiva: Foram realizadas análises descritivas iniciais para compreender a distribuição das variáveis, identificar outliers e entender a estrutura dos dados. Isso envolveu o uso de gráficos, estatísticas descritivas e tabelas resumo. Com isso, destaca-se também que as variáveis são do tipo contínua devido seus valores mensuráveis, valores esses referentes aos índices do Firjan.

Visualização de Dados: Utilizando a biblioteca ggplot2 e outras ferramentas gráficas do R, foram criadas visualizações informativas, como gráficos de barras para destacar padrões e tendências nos dados.

Resultados

A posição de Pernambuco em relação ao Nordeste.

  O Nordeste do Brasil apresenta uma riqueza cultural e uma diversidade socioeconômica notável, sendo composto por nove estados distintos, cada um com suas particularidades e desafios. Neste contexto, Pernambuco se destaca como uma unidade federativa que tem enfrentado transformações significativas em seus índices de Educação, Emprego e Renda, e Saúde, porém, em um cenário comparativo com os demais estados nordestinos, questões relevantes emergem.   Com os gráficos em barra adiante, pretende-se examinar e comparar os indicadores de Educação, Emprego e Renda, e Saúde de Pernambuco com os demais estados do Nordeste, identificando semelhanças e diferenças, com o intuito de contribuir para a compreensão mais ampla do panorama social na região.

 Para visualizar e compreender a posição de Pernambuco em relação aos outros estados do Nordeste no quesito de Educação, foi realizado um levantamento dos índices de Educação segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Ao comparar o IFDM de Educação de Pernambuco com os demais estados nordestinos, foi possível criar um gráfico de barras que ilustra a posição relativa de Pernambuco em relação aos índices educacionais.

  No gráfico a seguir, cada barra representa o IFDM de Educação de um estado do Nordeste. Pernambuco está representado por uma barra específica, permitindo uma visualização direta de seu posicionamento em relação aos outros estados. É válido destacar que o índice vai de 0 a 1, porém, nesse gráfico, o índice começa no 0.35 a fim de proporcionar uma melhor visualização de modo espaçado entre as barras e facilitar a observação. Esta representação gráfica oferece uma visão clara e comparativa dos índices educacionais de Pernambuco em relação aos demais estados da região.

  A análise do gráfico mostra que o posicionamento relativo de Pernambuco em relação a esses estados revela uma realidade em que Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe demonstram índices mais elevados no desenvolvimento educacional, enquanto Pernambuco encontra-se posicionado abaixo desses estados no contexto do IFDM de Educação.

  No entanto, a situação muda ao comparar os demais índices do Firjan. Como exemplo, temos o gráfico adiante, também em barras, que mostra a posição do estado de Pernambuco em relação aos demais estados nordestinos referente ao índice de Emprego e Renda.

  Enquanto Pernambuco lidera com um índice alto, é fundamental compreender os padrões e tendências dos outros estados para contextualizar essa superioridade. A análise detalhada das variações nos índices de outros estados poderá oferecer insights valiosos sobre as disparidades regionais e possíveis áreas de melhoria para estimular o crescimento econômico e a geração de renda em todo o Nordeste.

  Este destaque de Pernambuco no cenário regional, embora promissor, sugere a importância de estudos mais aprofundados para identificar as causas específicas desse desempenho superior, permitindo assim a replicação bem-sucedida de estratégias eficazes em outros estados da região.

  O gráfico de barras, desta vez, apresenta uma análise comparativa entre Pernambuco e outros estados nordestinos com base no Índice de Saúde, conforme medido pelo Firjan. Surpreendentemente, Pernambuco não apenas mantém sua liderança regional, mas também supera significativamente os demais estados, registrando um índice consideravelmente mais elevado do que o observado no Índice de Emprego e Renda.

  Esse destaque excepcional de Pernambuco no quesito saúde reflete possíveis políticas e investimentos bem-sucedidos direcionados ao setor. Essa liderança pode indicar um sistema de saúde robusto, acesso generalizado a serviços de qualidade ou programas inovadores que impactam positivamente a saúde dos habitantes.

Municípios Pernambucanos que se Destacam

  Se com relação aos demais estado a avaliação dos índices Firjan de emprego e renda, educação e saúde de Pernambuco obteve um destaque significativo, isso desperta interesse para enxergar o estado em questão mais de perto e procurar saber como essa média se destacou em relação aos demais estados, sobretudo no que diz respeito às dimensões de emprego e renda e saúde - maiores destaques de Pernambuco.

  Neste contexto, os gráficos a seguir concentram-se nos dez municípios que se destacam no cenário pernambucano. A utilização de gráficos em barras permitirá uma visualização clara e eficiente desses indicadores, possibilitando insights significativos para políticas públicas e estratégias de desenvolvimento local.

  Este primeiro gráfico reune as dez melhores cidades no quesito emprego e renda no estado e ao analisá-lo, percebe-se que as cidades que mais se destacam - Olinda, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - fazem parte da mesma região, isto é, a chamada Zona da Mata. Ambas cidades possuem como principal característica o turismo, a agroindústria como também o comércio pesqueiro, atrbutos estes que são favorecidos pelo clima quente e úmido que se faz presente na região. Essas características em comum levanta a hipótese de que o destaque no índice de emprego e renda dessas cidades seja possível devido às oportunidades encontradas na região mais litorânea do estado, o que justifica também sua população numerosa nessa área dando ênfase ao êxodo rural.

  Seguindo a mesma premissa e apesar do índice elevado na dimensão emprego e renda, o gráfico adiante analisa como está a situação da educação no estado de Pernambuco.

  Nesse caso, o fato do gráfico pontuar cidades da Zona da Mata se repete. No entanto, diferente do que acontece no gráfico anterior, o atual evidencia claramente a cidade de Nazaré da Mata. A cidade é destaque principalmente no meio sociocultural, muito conhecida principalmente pelo Maracatu Rural.

  Alguns fatores que podem justificar esse salto no índice educacional são políticas educacionais efetivas, investimento em educação e engajamento da comunidade. É provável que o quesito cultural favoreça esse último ponto de maneira significativa.

  Dando continuidade com as análises dos índices Firjan, adiante está o gráfico em barras mostrando as dez cidades com os melhores índices na saúde.

  Certamente, a posição de Fernando de Noronha como destaque entre as dez cidades de Pernambuco com os melhores índices de saúde no Índice Firjan é notável e merece uma análise aprofundada. A cidade é conhecidad por ser um arquipélago turístico e apesar de ser um lugar remoto, seu destaque no índice de saúde provavelmente é fruto de um trabalho contínuo, investimentos estratégicos e políticas públicas focadas na promoção da saúde, garantindo um ambiente propício para o bem-estar tanto de sua população quanto dos turístas que a visitam.

Conclusões

  A análise referente ao ano de 2000 revela uma visão importante do cenário socioeconômico naquele período. Ao considerar os índices Firjan dos municípios pernambucanos na virada do milênio, destaca-se a proeminência dos municípios da Zona da Mata como líderes nesses indicadores.

  Os municípios da Zona da Mata, nessa análise, já demonstravam um desempenho destacado, especialmente no que tange à saúde. Isso reflete o compromisso histórico dessas áreas em investir na qualidade de vida de seus habitantes.

  No contexto do Nordeste em 2000, Pernambuco evidenciava um destaque positivo em saúde e emprego e renda em comparação com outros estados da região. Contudo, a ressalva quanto à educação persiste, indicando uma área que necessitava de atenção e investimento mesmo naquele período.

  Considerando o cenário histórico de 2000, essa análise oferece uma perspectiva valiosa do desenvolvimento socioeconômico de Pernambuco, ressaltando os pontos fortes e as áreas que já demandavam ações mais direcionadas para aprimoramento, especialmente no campo educacional.

Referências

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Ipeadata. Disponível em: http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx. Acesso em: 06 de Dezembro de 2023.

Prefeitura do Arquipélago de Fernando de Noronha. Saúde. Disponível em: https://www.noronha.pe.gov.br/saude/. Acesso em: 07 de Dezembro de 2023.

InfoEscola. Zona da Mata. Disponível em: https://www.infoescola.com/geografia/zona-da-mata/. Acesso em: 08 de Dezembro de 2023.