O artigo em questão trata de um estudo exploratório sobre a correlação entre o risco país e os índices de bolsa da América Latina. A metodologia utilizada envolveu o uso de dados fornecidos pela JP Morgan, incluindo o Country Risk (risco país), o Emerging Markets Bond Index (EMBI) e o LATIN, que representam o risco de diferentes países emergentes. Além disso, foram considerados os índices de bolsa de sete países da América Latina: Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, México, Peru e Venezuela.
A pesquisa dividiu os países em dois grupos: Grupo 1, composto por Argentina, Brasil, México, Peru e Venezuela, que possuem o risco país calculado e divulgado diariamente pela JP Morgan, e Grupo 2, formado por Chile e Colômbia, que não possuem o cálculo do risco país, mas podem ser correlacionados com o EMBI e o LATIN.
O período estudado compreendeu de 2 de janeiro de 1996 a 28 de junho de 2002, com a consideração dos pregões realizados nesse período, levando em conta os feriados nacionais e locais de cada país. Foram calculados o desvio-padrão, a média e o coeficiente de variação para cada série histórica de risco país, além das correlações entre os índices de bolsa e o risco país, EMBI e LATIN, dependendo do grupo em que o país se encontrava.
Os resultados obtidos foram analisados em relação ao desvio-padrão, coeficiente de variação e correlações. O desvio-padrão mais elevado foi observado no índice Ibovespa, enquanto o risco país da Argentina apresentou o maior desvio-padrão. Os coeficientes de variação indicaram maior risco nas bolsas do Brasil e Venezuela, e o risco país da Argentina teve o maior coeficiente de variação. Quanto às correlações, houve uma correlação negativa entre o risco país e as bolsas dos países estudados, com destaque para México, Peru e Venezuela. A Argentina teve uma correlação negativamente expressiva, enquanto o Brasil apresentou uma correlação praticamente nula. Nas correlações com o EMBI e o LATIN, a Argentina mostrou uma correlação negativa mais forte, seguida pelo México. O Brasil teve uma correlação próxima de zero.
Em resumo, o artigo investiga a relação entre o risco país e os índices de bolsa na América Latina, utilizando dados fornecidos pela JP Morgan. Os resultados sugerem uma correlação negativa entre o risco país e as bolsas dos países estudados, com variações nos níveis de correlação em cada país. O estudo fornece uma visão exploratória sobre a influência do risco país nas bolsas de valores da região, contribuindo para a compreensão dos movimentos do mercado financeiro na América Latina.
A pesquisa considerou uma amostra de 12.409 itens, com uma média de 1.551 itens para cada grupo estudado. Os resultados encontrados mostraram uma alta variação do Ibovespa e do risco Argentina. Observou-se uma correlação negativa entre o risco país, LATIN e EMBI com as bolsas dos países estudados. Isso indica que quando uma amostra sobe, a outra tende a cair. No período estudado, as bolsas mais afetadas pela elevação do risco país foram, em ordem decrescente: Venezuela, Peru, México, Argentina e Brasil. No Brasil, a correlação entre os índices e o risco Brasil é praticamente nula, diferenciando-se de outros países. O estudo foi baseado em estatística descritiva, utilizando principalmente correlações lineares. Outras amostras e modelos de correlação podem ser utilizados para explicar variáveis.