APRESENTAÇÃO DO ARTIGO: ATITUDES EM RELAÇÃO À ESTATÍSTICA E À MATEMÁTICA

2023-04-25

DADOS DO ARTIGO

Revista

DA SILVA, Cláudia Borim et al. Atitudes em relação à estatística e à matemática1. Psico-USF, v. 7, n. 2, p. 219-228, 2002.

Autores

INTRODUÇÃO

OBJETIVO

Teve por objetivo analisar as atitudes em relação à estatística de alunos, futuros usuários, de diversos cursos de graduação, que concluíram uma disciplina de estatística num nível introdutório. Além disso, buscar por correlações dessas atitudes pelas atitudes em relação à matemática.

Metodologia

Amostragem

330 alunos que de diferentes cursos de graduação de uma universidade privada que cursaram estatística em nível introdutório. A disciplina era obrigatória e com objetivo de instrumentalizar e não formar um estatístico.

Instrumentos e procedimentos

1° instrumento

2° instrumento

É uma escala do tipo Likert, com 20 proposições, sendo 10 positivas e 10 negativas, cada uma com quatro possibilidades de respostas: discordo totalmente, discordo, concordo, concordo totalmente, que recebem a pontuação de um a quatro, respectivamente, para as proposições positivas, invertendo-se os pesos para as negativas. A soma das pontuações nas 20 proposições da escala de atitudes pode variar de 20 a 80. Não foi utilizado o ponto neutro ou indeciso.

3° instrumento

Análise estatística

Para a análise dos dados foi utilizado o pacote estatístico SPSS (Statistical Package for Social Science), versão 6.0, e o nível de significância estabelecido foi de 5%.

Resultados e discussão

A equação para o cálculo do \(\alpha\) de Cronbach é dada por:

\[\alpha=\frac{k}{k-1}\left [ \frac{\sigma _{t}^{2}-\sum_{i=1}^{k}\sigma_{i}^{2}}{\sigma_{t}^{2}} \right ]\] onde:

Foi utilizada a análise fatorial exploratória para a escala de atitudes. Foi identificado que dois fatores apresentaram autovalores maiores que 1, respondendo por 63,8% da variância total. O mesmo comportamento foi observado para a escala de atitudes em relação à matemática. O autor apresentou uma tabela com a estatística descritiva, média e desvio padrão.

Foram consideradas atitudes positivas as de pontuação acima da média e negativas as de pontuação abaixo da média. A partir dessa classificação constatouse que 52,4% dos alunos apresentaram atitudes positivas em relação à estatística e 53,3% apresentaram atitudes positivas em relação à matemática.

O pesquisar realizou análise de variância seguida de teste de comparação de médias. A análise das médias das pontuações nas duas escalas de atitudes mostrou que não há diferença nas atitudes com relação ao gênero. Para as diferentes áreas do conhecimento foram identificadaw diferenças. O teste de Tukey apontou que os alunos da área de humanas apresentaram atitudes mais negativas em relação à estatística que os alunos das outras áreas.

Contudo, foi necessário identificar melhor qual o nível do usuário que se observa para tornar possível a verificação coerente das atitudes em relação à estatística. Para isso foi aplicado outro conjunto de perguntas. Como resultado (Tabela 2), havia diferença de atitudes em relação à estatística, foram mantidas as categorias de estatística, matemática e afetiva, enquanto as outras categorias foram agrupadas. A análise de variância (ANOVA) indicou uma diferença significativa entre essas categorias (F[3,322]=15,27; p<0,0001), e o teste de Tukey apontou existir diferença apenas do grupo afetiva, ou seja, os alunos que apresentaram como idéia um sentimento desfavorável para a estatística mostraram atitudes mais negativas que os alunos de todas as outras categorias. Generalizou-se em sentimento desfavorável, pois, nessa categoria, apenas um aluno apresentou uma resposta afetiva positiva.

Foi realizada uma regressão linear simples: \(y=a+bx\). O resultado obtido foi de \(y= 19,24 + 0,61x\) O coeficiente de determinação obtido foi \(r^{2}=44,6\%\). Como haviam diferenças inerentes aos estudantes da amostra, foi realizada uma análise de regressão por área de conhecimento e idéia apresentada sobre a estatística, conforme dados apresentados na Tabela 3.

CONCLUSÕES

Referências