O Risco de Não Agir

Desde que me entendo por gente, tenho uma tendência a buscar objetividade em todos os âmbitos da minha vida. Por isso, a inclinação à racionalidade sempre me guiou na hora de tomar qualquer decisão - até as mais bobas possíveis. O ato de remoer muito antes de agir já me privou de fazer centenas de coisas simplesmente por medo do que poderia acontecer. Recentemente, uma pessoa me fez refletir bastante acerca desse assunto. Ela me questionou “Como você calcula o risco de não fazer nada?”. Desse dia em diante, essa frase vem martelando na minha cabeça… como eu calculo o risco de não fazer nada?

O risco de não tentar, de ficar apenas observando enquanto a vida passa e as coisas acontecem. Poucas vezes conheci alguém que se arrependeu de ter tomado uma atitude. Mas, o contrário eu vejo o tempo inteiro. Comigo, principalmente. Não fazer nada é um risco muito grande. Talvez, o maior de todos. Porque oportunidade raramente bate duas vezes na mesma porta. Uma vez desperdiçada a chance, ela não volta atrás. Posso dizer que o questionamento dessa pessoa acendeu uma luz na minha cabeça há algumas semanas. Tenho buscado ser menos cautelosa e um pouquinho mais decidida. Quando fica mais difícil seguir essa nova filosofia de vida, costumo abrir meu livro favorito e ler minha frase preferida dele para me encorajar a permanecer por esse caminho.

“Você me perguntou antes como superar seus medos e criar uma vida para si mesma, como poderia se arriscar a amar alguém quando a morte era tudo que a esperava. Ora, o fim do dia se aproxima, e, enquanto olho nos olhos de minha própria morte, vou lhe dizer que o amor é a única coisa neste Universo pela qual vale a pena correr todos os riscos. O propósito da vida é desenvolver a sabedoria e seguir as verdades encontradas em seu próprio coração. Se fizer isso, será feliz, mas se desperdiçar sua vida sendo infeliz por causa de suas escolhas, ou da falta delas, a morte de seus pais e a do Sr. Kadam não terá tido qualquer propósito, nenhum significado. Viva cada dia como se fosse o último. Não se esqueça disso.” - Colleen Houck, O Destino do Tigre