Introdução
No início da década
de 1980, houve recrudescimento global da TB: nos países de alta
renda,esse recrudescimento se deveu principalmente à emergência da
infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e, nos países de
baixa renda, devido à ampliação da miséria e do processo de urbanização
descontrolada, além de desestruturação dos serviços de saúde e dos
programas de controle da tuberculose (BLOOM, 1992; CDC, 1993; ROOSMAN;
MACGREGOR, 1995).
Agente Etológico
A TB pode ser causada
por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo
Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M.
bovis, M. africanum, M. canetti, M.
microti, M. pinnipedi e M. caprae.
Em saúde pública, a
espécie mais importante é a M. tuberculosis, conhecida também
como bacilo de Koch (bK). o M. tuberculosis é
fino, ligeiramente curvo e mede de 0,5 a 3 μm.
Situação no Mundo
A subnotificação
diminuiu entre os anos de 2013 a 2015, principalmente devido ao aumento
de 34% das notificações da Índia (WHO, 2016). Apesar disso, globalmente
ainda persistem 4,3 milhões de casos subnotificados.
Índia, Indonésia e Nigéria são os principais responsáveis pela
subnotificação e, ao lado da China, Paquistão e África do Sul, foram
responsáveis por 60,0% dos novos casos de tuberculose no mundo.
Situação no Brasil
No Brasil são
notificados aproximadamente 70 mil casos novos e
ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da
tuberculose.O Brasil está entre os 30 países de alta carga
para TB e TB-HIV considerados prioritários pela OMS para o controle da
doença no mundo.
Em 2015, o percentual
de detecção da tuberculose no país, segundo a OMS, foi de 87,0%
(WHO, 2017).
Em 2017, o
número de casos notificados foi de 72.770 e os
coeficientes de incidência variaram de 10,0 a 74,7 casos por 100
mil habitantes entre as Unidades Federadas (UF) (Figura
2).
Figura 2 – Coeficiente de incidência de tuberculose, todas as
formas, por Unidades Federadas, 2017

Atualmente, o
Brasil representa 0,9% dos casos estimados de tuberculose no mundo e 33%
dos estimados para as Américas, ocupa a 20ª posição do grupo referente à
extensão de casos e a 19ª posição devido ao elevado número de casos com
a coinfecção HIV/tuberculose (BRASIL, 2020).
O Nordeste brasileiro
tem o segundo maior coeficiente de mortalidade por tuberculose do país
(2,6/100.000 hab.), ficando atrás apenas da região Norte
(2,7/100.000hab.). Dentre todos os Estados do Nordeste,
Bahia e Pernambuco apresentaram o maior número de casos
novos em 2018 (4.241 e 4.488 respectivamente).
Regiões de Saúde da
Bahia
O Plano Diretor de
Regionalização da Saúde do Estado da Bahia (PDR/BA) divide o território
baiano em 28 Regiões de Saúde que se juntam em nove (09) Macrorregiões
de Saúde denominadas de: Macrorregião Norte, Macrorregião
Nordeste, Macrorregião Leste, Macrorregião Sul, Macrorregião
Extremo Sul, Macrorregião Sudoeste, Macrorregião Oeste, Macrorregião
Centro Norte e Macrorregião Centro Leste.
Base Regional de
Alagoinhas