class: center, middle, inverse, title-slide .title[ # Controle Estatístico de Qualidade ] .author[ ### Adriano, Beatriz, Caio, Fernanda, Thales ] .institute[ ### Universidade Federal de Ouro Preto - 2023 ] .date[ ### 2023-03-13 ] --- class: center, middle # Capítulo 6 ### Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados --- class: inverse, center, middle # Vamos lá! --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados ##6.1 INTRODUÇÃO -- - Para um gráfico de controle convencional e necessário que as observações sejam independentes e normalmente distribuídas porem se a hipótese de normalidade for violada ainda sim os gráficos de controle funcionam bem pois como exemplo as estatísticas R e S seguem distribuição diferente da normal , já a violação da hipótese independência reduz a aplicabilidade dos gráficos convencionais; -- - Quando esses valores possuem alguma interdependência ou autocorrelação a probabilidade da observação cair fora dos limites de controle aumenta e compromete a credibilidade dos dados. --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados ##6.2 COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO E FUNÇÃO DE AUTOCORRELAÇÃO - O coeficiente de correlação ρxy entre duas variáveis aleatórias X e Y e definido como: -- - `\(𝜌_{AB} = \dfrac{𝐸[(𝑋−µ_𝑋 )(𝑌−µ_𝑌 )]}{(𝜎_𝑋 𝜎_𝑌)}\)` -- - Que está sempre no intervalo [-1,1] em modulo quanto mais próximo de 1 maior o grau de dependência entre elas; -- - O coeficiente de correlação entre X e Y pode ser estimado pelo coeficiente de correlação amostral 𝑟_𝑋𝑌 obtidos entre uma amostra de n pares (xi, yi); -- - `\(r_{XY} = \dfrac{\sum_{i=1}^n(xi-\bar{X})(yi-\bar{Y})}{\sqrt{{\sum_{i=1}^n(xi-\bar{X})}}\sqrt{{\sum_{i=1}^n(yi-\bar{Y})}}}\)` --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados - Podemos observar isto por meio do gráfico de dispersão onde quanto mais “arredondada” menor o coeficiente de correlação e quanto mais “afilada”, ou seja, parecida com uma reta maior o coeficiente de correlação como exemplo temos um gráfico de dispersão com aparência afilada e `\(𝑟_{𝑋𝑌}=0,9\)` -- # --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados - Como estamos interessadas na correlação entre observações sucessivas de uma mesma característica de qualidade X e como queremos a correlação entre Xi Xi-k com k indicando a defasagem entre as observações neste caso a expressão do coeficiente de autocorrelação amostral será -- - `\(r_{k} = \dfrac{\sum_{i=k+1}^n(xi-\bar{X})(x_{i-k}-\bar{X})}{\sum_{i=1}^n(xi-\bar{X})²}\)` -- - O conjunto calculado pela expressão e chamado de função de autocorrelação amostral da serie de dados Xi. --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados ##6.3 EXEMPLO DE UM PROCESSO AUTOCORRELACIONADO - Trás um exemplo pronto onde o coeficiente de correlação e alto e indica que viria a trazer problemas para os gráficos convencionais ele mostra o gráfico de medias que indica **12 dos 20 pontos** fora dos limite; -- # --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados ##6.4 GRAFICO DE OBSERVAÇÕES INDIVIDUAIS E AMPLITUDE MOVEL - Como vimos os limites de controle quando as observações não são independentes tendem a ter muitas observações fora dos limites . uma alternativa para o controle do processos auto correlacionados consiste em **espaçar as medias por um intervalo de tempo suficientemente longo**, os gráficos de média e amplitude são substituídos pelos *gráficos de observações individuais* e *amplitude móvel* , ou *“gráfico de X e MR”*; -- - A amplitude móvel e dada por `\((MR_i)\)` -- - `\(MR_i=máx(x_i,x_{i-1})-mín(x_i,x_{i-1})\)` --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados -- - A partir de um conjunto de m amostras, podemos estimar a média e desvio-padrão do processo: -- - `\(\bar{µ}_0 =\dfrac{1}{m}\bar{𝑋}=\sum_{i=1}^mx_i\)` -- - `\(\bar{𝜎}_0 =Sd=\dfrac{\bar{MR}}{d2}\)` -- - `\(\bar{MR}=\dfrac{\sum_{i=2}^m MR_i}{m-1}\)` -- - Limites de controle- Média: # --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados - Limites de controle- Amplitude: -- # -- - Para determinar o intervalo de tempo entre as amostras para que não haja autocorrelação, basta calcular o **rk** para diversos espaçamentos de tempo e verificar o menor valor de k que satisfaça `\(𝑟𝑘<2/\sqrt{𝑁}\)`, onde **N** é o número de observações individuais usadas para o cálculo dos coeficientes de correlação amostrais rk. -- - Recomenda-se usar no mínimo 80 observações (N ≥ 80). --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados ##6.5 GRAFICOS DE CONTROLE COM LIMITES ALARGADOS - Processos discretos, em especial os total ou parcialmente automatizados, também podem exibir **autocorrelação**. É possível monitorar esses processos com gráficos de X e MR, porém não é interessante por serem baseados em observações individuais espaçadas no tempo. Uma forma de monitorar a variabilidade de curto prazo é retirar as amostras com *n > 1*, o que nos leva a gráficos de 𝑋e R. -- - Para evitar que ocorra muitos alarmes falsos, deve-se alargar adequadamente os limites de controle do gráfico de `\(\bar{X}\)`, com base na variabilidade total de `\(\bar{X}\)`.Sabendo disso, temos: --- # Gráficos de Controle para Processos Autocorrelacionados -- # -- - Com **m** sendo o número de amostras iniciais e **c4** sendo determinado pelo número m. -- - Limites de controle - Média: -- - `\(LSC= \bar{µ}_0+3\bar{𝜎}_\bar{X}\)` - `\(LM= \bar{µ}_0\)` - `\(LIC= \bar{µ}_0-3\bar{𝜎}_\bar{X}\)` -- - Limites de controle - Amplitude: é mantido na forma usual pois “flutuações” da média do processo não afetam a dispersão intra-amostral. --- class: inverse, middle, center #Exemplo 1 --- - Suponha que se realize uma medida da temperatura do banho químico a cada 60 minutos; a primeira medida realizada às 8h30. Os valores obtidos seriam as temperaturas `\(X_{11}\)`, `\(X_{31}\)` , `\(X_{51}\)`, `\(X_{71}\)`, e assim por diante, da Tabela 6.1 (que contém valores da temperatura do banho químico medidos a cada 3 minutos). Decorridas 20 horas, obter-se-iam as 20 medidas registradas na coluna X da Tabela 6.5. -- - Essa tabela fornece ainda os valores de MR de cada amostra, e as médias X e MR. -- <img src="https://i.ibb.co/r2gDqVY/imagem-11.png" width="40%" style="display: block; margin: auto;" /> --- - Aplicando as fórmulas: `\(LIC_{MR} = 0\)`; `\(LM_{MR} = 7,102\)`; `\(LSC_{MR} = 23,202\)`; -- - `\(LIC_{X} = 206,128\)`; `\(LM_X = 225,016\)`; e `\(LSC_X = 243,904\)`. -- - Os gráficos estão na Figura 6.4. Todos os pontos estão dentro dos limites, não há, portanto, indicação de descontrole do processo. (Isso reforça a evidência de que os pontos fora dos limites do gráfico de X da seção anterior são alarmes falsos.) -- <img src="https://i.ibb.co/xSpcNDm/imagem12.png" width="54%" style="display: block; margin: auto;" /> --- - Nesse exemplo, não apenas reduzimos o tamanho das amostras para n = 1, mas também adotamos um intervalo de tempo entre observações suficientemente longo para o efeito da **autocorrelação dissipar-se**. - No nosso caso, *N = 150*; portanto `\(\dfrac{2}{√𝑁} = 0,163\)` . - Como a série inicial contém observações espaçadas de 3 minutos, k = 10 corresponde a 30 minutos, k = 20 a uma hora, k = 40 a duas horas, e assim por diante. - A Tabela 6.3 mostra que r19= 0,155 é o primeiro valor de r, menor que 0,163; portanto, o espaçamento mínimo entre observações deve ser de 19 × 3 = 57 minutos. - Espaçamentos maiores garantem a independência das observações com maior margem de segurança, como foi o caso do intervalo de uma hora (k = 20) empregado. **O próximo exemplo ilustra o caso em que o intervalo de tempo adotado não é suficientemente longo para dissipar o efeito da autocorrelação.** --- class: inverse, middle, center #Exemplo 2 --- <img src="https://i.ibb.co/gV44ggY/imagem-13.png" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> --- <img src="https://i.ibb.co/Ph1pRKj/imagem-14.png" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> --- class: inverse, middle, center #Exemplo 3 --- - Vamos considerar a tabelo e o gráfico a seguir, relativos aos volumes de refrigerante em garrafas plásticas, cujo valor-alvo é 1000ml; -- <img src="https://i.ibb.co/ctrhB55/imagem-15.png" width="50%" style="display: block; margin: auto;" /> --- <img src="https://i.ibb.co/x7HKyFh/imagem-16.png" width="70%" style="display: block; margin: auto;" /> -- - A tabela 6.7 apresenta os cálculos intermediários necessários para a obtenção do coeficiente de autocorrelação amostral para k=1; r=693,509/1061,164=0,654. Esse valor representa forte autocorrelação positiva. Os coeficientes de autocorrelação `\(r_1\)` a `\(r_4\)` encontram-se na tabela 6.8. --- <img src="https://i.ibb.co/dDvggHB/imagem-17.png" width="50%" style="display: block; margin: auto;" /> --- <img src="https://i.ibb.co/hKZLPNF/imagem-18.png" width="70%" style="display: block; margin: auto;" /> --- <img src="https://i.ibb.co/5Bs1vwb/imagem-19.png" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> --- <img src="https://i.ibb.co/7NbxML1/imagem-20.png" width="50%" style="display: block; margin: auto;" /> - Note que, se o estimador para o desvio-padrão do processo usado no calculo dos limites para o gráfico de `\(\bar{X}\)` tivesse sido o estimador usual `\(\dfrac{\bar{X}}{d_2}\)`, o resultado seria `\(LIC_\bar{X} =995,769\)` e `\(LSC_\bar{X} =1003,600\)`; vários pontos do gráfico de `\(\bar{X}\)`, então, estariam fora dos limites (nas amostras 10,15,17,19). Esses pontos seriam alarmes falsos. --- class: inverse, middle, center #Vamos ver ná prática #Resolução Exercício 6.1 ---